Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Nova tecnologia é capaz de gerar eletricidade a partir da umidade do ar

Por| 19 de Fevereiro de 2020 às 15h20

Freepic
Freepic
Continua após a publicidade

Cientistas conseguiram gerar energia a partir da umidade do ar. Pesquisadores da University of Massachusetts Amherst descobriram propriedades elétricas de uma proteína natural que precisa somente de pouca água para produzir eletricidade. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira (17) na revista Nature

Segundo os pesquisadores Jun Yao e Derek Lovley, eles conseguiram criar um equipamento batizado de Air-gen, redução de "gerador movido a ar". O aparelho conta com nanofios de uma proteína eletricamente condutora, produzida por um micróbio chamado Geobacter, e eletrodos conectados aos nanofios permitem a geração de corrente elétrica a partir do vapor de água presente na atmosfera.

Com este dispositivo, os pesquisadores fizeram uma película de apenas 10 mícrons de espessura, o qual funciona como transmissor de elétrons. Tal filme é colocado sobre um eletrodo de um lado e espremido pela metade por outro eletrodo na face oposta. A combinação química do nanofio criado pela Geobacter e os poros entre eles, que absorvem a umidade, cria o ambiente para transmissão dos elétrons entre os dois eletrodos, permitindo a corrente. 

Segundo os pesquisadores, o sistema é completamente limpo. “Estamos criando eletricidade literalmente do ar. O Air-gen produz energia limpa 24/7”, diz Lovley. A vantagem deste sistema em relação a outros modelos sustentáveis é que ele depende de uma fonte que está presente em qualquer lugar. O aparelho precisa de tão pouca umidade que seria possível produzir energia até mesmo no deserto do Saara. Ainda, diferente das fontes eólica e solar, não é preciso uma condição ambiental específica para funcionamento. 

Atualmente, o sistema permite apenas a alimentação de aparelhos pequenos, sendo que o próximo passo é o desenvolvimento de uma atualização para alimentar relógios inteligentes e vestíveis relacionados à saúde. A equipe espera, ainda, que sua tecnologia evolua ao ponto de carregar a bateria de smartphones. No fim, o objetivo é permitir que tais dispositivos estejam em constante carregamento sem precisar de baterias tradicionais. 

“O objetivo final, na verdade, são sistemas em larga escala. Por exemplo, a tecnologia pode ser incorporada em uma pintura de parede que ajuda a alimentar sua casa. Ou podemos desenvolver geradores que fornecem eletricidade independente”, explica Yao.

Fonte: Phys.org