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Mais de 140 mil berçários estelares são mapeados na Via Láctea

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Março de 2023 às 12h28

ESO
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Uma equipe de pesquisadores liderada por Shinji Fujita, da Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão, identificou cerca de 140 mil nuvens moleculares na Via Láctea. Depois, com a ajuda de uma inteligência artificial, eles realizaram o mapeamento mais detalhado já obtido destas nuvens, que funcionam como "berçários de estrelas".

De forma resumida, podemos dizer que as estrelas nascem do gás molecular e poeira no espaço, que colapsam sobre si devido à gravidade. Estes gases são tão diluídos e frios que não podem ser observados pelos olhos humanos, mas emitem ondas de rádio detectáveis por radiotelescópios.

O pesquisadores descobriram as 140 mil nuvens moleculares em nossa galáxia com o radiotelescópio Nobeyama. Depois, com a inteligência artificial, eles estimaram a distância destas nuvens, determinaram o tamanho e massa delas e mapearam sua distribuição.

O painel superior mostra a distribuição das nuvens moleculares da Via Láctea com dados do radiotelescópio Nobeyama; já o inferior traz observações em infravermelho, realizadas pelo telescópio Spitzer (Imagem: Reprodução/National Astronomical Observatory of Japan, Nobeyama Radio Observatory)
O painel superior mostra a distribuição das nuvens moleculares da Via Láctea com dados do radiotelescópio Nobeyama; já o inferior traz observações em infravermelho, realizadas pelo telescópio Spitzer (Imagem: Reprodução/National Astronomical Observatory of Japan, Nobeyama Radio Observatory)

Embora a Via Láctea seja a única galáxia próxima o suficiente para observações destas nuvens, é difícil estudar as propriedades delas devido à matéria que se sobrepõe às observações, afetando medidas de distância e outras características delas. Mesmo assim, eles conseguiram obter os dados mais detalhados das nuvens no primeiro quadrante do plano galáctico.

Fujita, pesquisador que liderou o estudo, explica que os resultados oferecem uma “visão aérea” da galáxia e podem ajudar em diferentes estudos de formação estelar. “No futuro, queremos expandir o escopo das observações com o radiotelescópio e incorporar dados de radiotelescópios do céu do hemisfério sul, que não pode ser observado do Japão, para um mapa completo da distribuição em toda a Via Láctea”, finalizou.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Publications of the Astronomical Society of Japan.

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Fonte: Publications of the Astronomical Society of Japan; Via: OMU