Destaque da NASA: galáxias interagem na foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita | Editado por Luciana Zaramela | 23 de Maio de 2024 às 17h09
![Christophe Vergnes, Aziz Kaeouach](https://t.ctcdn.com.br/kOJmU5yP5Ls9BSdVvRMck3lO0Hk=/640x360/smart/i897963.png)
A galáxia NGC 3169 está na foto destacada pela NASA em seu site Astronomy Picture of the Day nesta quinta (23). A bela galáxia pode ser encontrada a 70 milhões de anos-luz a sul de Regulus, a estrela mais brilhante da constelação do Leão.
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Na foto, os braços espirais da galáxia foram distorcidos e se tornaram estruturas conhecidas como caudas de maré. Elas foram formadas devido às interações entre a NGC 3169 e sua vizinha NGC 3166.
O processo deixa vestígios, como arcos estelares e plumas visíveis em meio às estruturas das galáxias.
Pode até parecer que esta cena cósmica é tranquila. No entanto, os astrônomos já sabem que NGC 3169 é uma galáxia bastante brilhante no espectro eletromagnético indo das ondas de rádio aos raios X.
![Galáxias NGC 3169 (esquerda) e NGC 3166 (direita) (Imagem: Reprodução/Christophe Vergnes, Aziz Kaeouach)](https://t.ctcdn.com.br/8VE2rlBfhsgdwRg0_4qC4c19jdI=/1024x0/smart/i897963.png)
Isso acontece porque ela tem um núcleo galáctico ativo que abriga um buraco negro supermassivo.
Interações entre galáxias
Interações galácticas, como aquela acontecendo entre NGC 3169 e NGC 3166, são fenômenos comuns. Os astrônomos estimam que cerca de 25% das galáxias conhecidas estão se fundindo com outras, e deve haver ainda mais delas interagindo com suas vizinhas.
Estes processos causam trocas de estrelas e alteram as estruturas de todas as galáxias envolvidas no processo. Por isso, os pesquisadores estudam as fusões e interações entre as galáxias para entender como elas se formam e evoluem.
Aliás, algo do tipo vai acontecer com a Via Láctea. Em alguns bilhões de anos, nossa galáxia vai colidir e se fundir com Andrômeda, formando uma galáxia única e vasta. E não se preocupe em esperar até lá: no momento, nossa galáxia está interagindo gravitacionalmente com seus satélites, trocando estrelas em longos fluxos.
Fonte: APOD