Microsoft abandona HoloLens de vez mesmo tendo contrato de US$ 21 bi
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •
A Microsoft não fará mais novas unidades de seu headset HoloLens, mesmo que tenha um contrato de US$ 21 bilhões com o exército dos Estados Unidos. Em resposta ao portal The Verge, o diretor de realidade mista da empresa, Robin Seiler, confirmou a informação.
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Segundo ele, a companhia está encerrando o desenvolvimento na parte de hardware, mas continuará com suporte de software e hardware até o ano de 2027, como já está previsto em contrato.
Seiler ainda reforçou o comprometimento com programa de Sistema Integrado de Visualização Aumentada (IVAS, da sigla em inglês), que representa a parceria da Microsoft com as Forças Armadas:
“Nós continuamos comprometidos com o programa IVAS, e mudaremos nosso foco para tecnologias de nuvem e inteligência artificial (IA), que servirão como uma fundação para o IVAS como uma plataforma de percepção situacional”
O contrato de US$ 21 bilhões, assinado em 2021, será repassado para a Anduril, uma empresa especializada em equipamentos militares robóticos. A companhia é guiada por Palmer Luckey, criador do Oculus VR e Oculus Rift.
HoloLens já não estava disponível para o público
A Microsoft já tem reduzido significativamente seus esforços relacionados ao HoloLens há anos. O HoloLens 2 para o público geral teve suas vendas finalizadas em outubro de 2024.
Em 2023, a companhia encerrou oficialmente sua divisão de VR, e demitiu cerca de 10 mil funcionários.
O setor também viu seu ex-diretor, o brasileiro Alex Kipman, renunciar após alegações de assédio sexual em 2022. Antes disso, em 2019, funcionários assinaram uma carta solicitando o fim do envolvimento da Microsoft com o IVAS, já que seus contratos não citavam o desenvolvimento de equipamentos de caráter bélico.
Rumores chegaram a apontar que a Microsoft estaria desenvolvendo um novo headset para rivalizar com o Apple Vision Pro, algo que não deve mais ocorrer.
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