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Análise | HyperX Pulsefire Surge agrada com personalização e bom custo-benefício

Por| 12 de Março de 2019 às 18h06

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Sergio Oliveira
Sergio Oliveira
Tudo sobre HyperX

Quando se fala em produtos e acessórios gamers, geralmente o que vem à cabeça é um dispositivo espalhafatoso, com um design invocado e preço salgado. Poucas são as opções que conseguem equilibrar bem essas características e aliar qualidade a um bom custo-benefício.

Felizmente, a HyperX é uma das poucas marcas que consegue fazer isso com propriedade, apresentando produtos de qualidade e que não são um assalto ao bolso dos consumidores. Prova disso é o mouse gamer HyperX Pulsefire Surge, um dos topo de linha da marca.

Visual camaleão

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Não, o HyperX Pulsefire Surge não foge completamente à regra de ser espalhafatoso. Pelo contrário, ele é o mouse da linha Pulsefire que mais chama a atenção graças ao anel RGB dinâmico de 360º capaz de reproduzir mais de 16 milhões de cores. Mesmo assim, a iluminação tanto do anel quanto da logo da HyperX são totalmente personalizáveis, bastando baixar e instalar o HyperX NGenuity para configurar esse e outros aspectos do gadget.

Nele, você consegue customizar o anel RGB absolutamente do jeito que quiser, tanto para que ele fique piscando como se fosse uma rave psicodélica frenética quanto desligar toda a iluminação. E isso é muito bacana porque agrada a todos os tipos de público, desde os que prezam pela customização sob medida até os mais discretos e os que só querem dar um toque particular de leve no mouse.

Deixando a iluminação de lado, o design do HyperX Pulsefire Surge é bastante sóbrio. A marca norte-americana apostou numa textura áspera que não só favorece a pegada, mas que ainda ajuda quem sua bastante as mãos. Quem sofre disso sabe que algumas horas de gameplay exigem várias pausas para enxugar as mãos e limpar o mouse — algo que só piora quando o acessório é todo revestido por um tipo de borracha barata, que com o tempo fica imunda, grudenta e se descola do corpo do produto. Embora ainda utilize as tais borrachas, o periférico da HyperX as emprega apenas nas laterais. O material também não é ordinário como em outros modelos que vemos por aí. Espesso, quase imperceptível, ele é usado apenas nas laterais do mouse, contribuindo para uma pegada mais suave e, ao mesmo tempo, firme.

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Falando em pegada, o mouse mede 63 x 120 x 41 mm e se encaixa muito bem em mãos pequenas e médias. Quem tem uma mão maior, como eu, pode sentir um leve desconforto e se pegar "pinçando" o periférico de vez em quando, mas nada que chegue realmente a atrapalhar e que o costume não resolva. E teoricamente não importa se você é canhoto ou destro, pois o Pulsefire Surge tem formato ergonômico e qualquer um pode usá-lo. Teoricamente.

É importante ressaltar isso porque a disposição dos botões no mouse tornam dois deles praticamente inúteis aos canhotos. Ao todo, são seis botões dispostos da seguinte forma: os tradicionais cliques esquerdo e direito, o botão do meio no scroll, um botão para seleção de DPI logo abaixo e, na lateral esquerda, dois botões no polegar. Logo, se você for canhoto, ou faz um malabarismo com dedo mindinho pra usar esses botões laterais ou esquece que eles existem.

Componentes e recursos

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Sem linhas agressivas nem um visual de megazord, para quem só dá uma "olhadinha", o Pulsefire Surge pode passar tranquilamente por um mouse comum. Mas ele vai muito além disso.

A começar pela precisão, que realmente é muito boa. Graças ao sensor Pixart 3389, o mouse tem DPI nativo de até 16.000, ideal para quem gosta de jogar fazendo movimentos curtos e rápidos. Também é possível deixar o DPI mais baixo se você gostar de fazer movimentos maiores, ou ainda alternar entre configurações diferentes dentro do próprio jogo, bastando apertar o botão dedicado a isso posicionado logo abaixo do scroll. Se as opções de DPI pré-configuradas não forem suficientes, você pode usar o HyperX NGenuity para criar até cinco perfis personalizados. Isso associado à velocidade e aceleração do sensor, que chega em 450 IPS e 50G, tornam o Pulsefire Surge um dos mouses mais precisos do mercado.

Outra característica muito bacana é que este mouse da HyperX vem equipado com switches Omron, que dão mais confiabilidade aos cliques direito e esquerdo e têm duração estimada em 50 milhões de cliques. Nesse quesito, confesso que fiquei bastante surpreso com a "suavidade" do clique, exigindo pouco esforço e com uma ótima responsividade, algo muito importante para evitar os ghost e double clicks involuntários.

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Se você não está acostumado com mouses gamers ou se atém apenas às principais características, pode acabar deixando passar batido um detalhe interessante: os skates instalados na parte inferior do dispositivo. Posicionados na parte inferior e superior, os dois têm um tamanho considerável e ajudam o mouse a deslizar melhor em diferentes superfícies. O único alerta fica para superfícies mais ásperas, que podem "travar" o deslizamento e impactar na sensibilidade em alguns títulos. Para evitar esse tipo de problema, a sugestão é adquirir um mousepad adequado para o seu setup.

Finalmente, a última característica digna de nota é o cabo. Com 1,8 metros de extensão, suficiente para usar até mesmo caso o seu gabinete esteja instalado no chão, ele vem trançado em nylon, conferindo mais resistência e rendendo menos dor de cabeça que o plástico utilizado em mouses "comuns", que acabam ressecando, partindo e expondo o fio.

Desempenho

Com todas as características esmiuçadas, é hora da prova de fogo do HyperX Pulsefire Surge. O primeiro teste foi feito jogando Fortnite, onde pude testar principalmente a precisão do periférico. No Battle Royale, alternei entre 400 e 1600 DPI, dependendo do que estava fazendo no game. A sensibilidade mais alta foi usada na maior parte do gameplay, alternando para a sensibilidade menor principalmente quando me equipava com um rifle de precisão. Graças a essa alternância de sensibilidade in gaming, alguns tiros encaixaram com muito mais facilidade.

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Em títulos de tiro em primeira pessoa, como Battlefield V, a sensibilidade ficou estacionada em 3200 DPI, suficiente para dar conta da ação frenética, dinamismo e precisão que o título da Electronic Arts exige. Além disso, nesse jogo em específico configurei os botões laterais para ações como troca de arma e recarregamento da munição, deixando o teclado praticamente livre para movimentos de locomoção.

O último teste foi com Age of Empires Definitive Edition, remaster do RTS que marcou época e que reunia dezenas de pessoas em LAN houses nos bons tempos de corujão. Aqui, testei sensibilidades mais altas, beirando a casa dos 6000 DPI, na tentativa de agilizar a seleção das construções, unidades e comandos sem precisar do teclado. No fim, me dei conta que 3200 DPI também são suficientes aqui e que dificilmente alguém precisará recorrer aos 16000 DPI que o HyperX Pulsefire Surge oferece.

Em todos os casos, entretanto, é importante deixar claro que a escolha da sensibilidade fica a critério de cada um e é algo extremamente pessoal. Mas ter um acessório que oferece a configuração de vários perfis diferentes e que podem ser trocados sem acessar as configurações é um diferencial bem bacana e que traz versatilidade ao produto.

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Nem tudo são flores

Durante os testes que realizei, também pude perceber algumas deficiências do Pulsefire Surge. As que mais me incomodaram foram relacionadas, justamente, aos poucos botões extras do periférico.

Já falei aqui que ele tem um total de seis botões, mas funcionaria melhor se fossem sete. Explico: o botão para alternar o DPI é um só e acaba obrigando o jogador a percorrer todos os perfis até voltar àquele que está no início da "fila". Isso ficou muito evidente em Fortnite: embora as definições de 400 DPI e 1600 DPI estivessem um do lado da outra, eu tive de percorrer os perfis de 6400, 16000 e 200 DPI para chegar no de 400 DPI, que eu utilizava com o sniper. Perceba que são quatro cliques até chegar à configuração ideal, uma eternidade sobretudo para quem joga profissionalmente. Esse problema poderia ser resolvido com um botão a mais destinado a isso, sendo um deles para ir para frente e outro, para trás. Inclusive, é curioso perceber que há espaço para esse outro botão no mouse, mas por algum motivo ele não foi utilizado.

Também senti que os botões laterais, acessados pelo polegar, deixaram a desejar. Por algum motivo, a sensibilidade deles é diferente e exigem níveis diferentes de pressão para funcionar. O superior é bem tranquilo e condizente, projetado para você apertá-lo com a ponta do dedão. Já o superior... Ele foi pensado para você pressioná-lo com a junta do dedão, mas tem um clique muito, mas muito fundo, e diversas vezes simplesmente não respondeu ao clique, exigindo uma segunda e até mesmo terceira pressionada.

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Vale a pena?

O Pulsefire Surge é o mouse top de linha da HyperX. Com uma sensibilidade altíssima, inúmeras possibilidades de configuração e personalização, ele é versátil o suficiente para agradar praticamente todo tipo de jogador, do mais extravagante ao mais discreto. E basta alguns ajustes aqui e acolá no HyperX NGenuity para tornar este mouse único em suas mãos.

A escolha por um design mais clean e ergonômico foi certeira, servindo a praticamente todos os tamanhos de mão. A textura áspera também me chamou atenção por proporcionar uma pegada "macia", mas ao mesmo tempo firme. Também me surpreendeu a qualidade dos componentes empregados, desde os switches ao cabo trançado com nylon, o que evidencia o esmero da HyperX com seu produto.

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Os dois pequenos deslizes não chegam a ofuscar essas qualidades, sobretudo se levarmos em conta uma característica que deixei de fora ao longo de toda esta análise para abordá-la somente aqui: o custo-benefício.

No Brasil, atualmente o HyperX Pulsefire Surge está custando cerca de R$ 229. É um ótimo preço se levarmos em consideração que estamos falando de um mouse gamer de ponta e que cujos concorrentes podem chegar à casa dos R$ 1.000. Por isso, esta é uma das opções mais atrativas e de melhor custo-benefício disponíveis atualmente no mercado.