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iPhone X: vale a pena pagar R$ 7.000? [Análise completa / Review]

Por Redação | 09 de Novembro de 2017 às 10h00

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iPhone X: vale a pena pagar R$ 7.000? [Análise completa / Review]

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Os 10 anos de lançamento do primeiro iPhone foram marcados com a chegada do iPhone X, que a Apple enxerga como o futuro. Ele realmente é diferente de todos os outros iPhones que a marca lançou, fazendo jus à repetição “este é o melhor iPhone já criado” que é reforçada pela marca.

E como em todo grande lançamento, por aqui nós encontramos uma série de mudanças bem grandes - especialmente para quem já usa smartphones da marca há anos.

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Nós estivemos usando o iPhone X nos últimos dias e, agora, contamos o que achamos dele.

JÁ SE PASSARAM DEZ ANOS

A Apple não criou todo esse hype no iPhone X à toa. O aparelho foi lançado dez anos depois do primeiro iPhone, e com recursos importantes para o ano em que a tela passou a ser mais predominante no corpo dos celulares. Isso é bom, e faz com que ele lembre até mesmo o Apple Watch com os cantos arredondados e pouquíssimas bordas.

Não há como negar que o iPhone X é incrivelmente bonito. Ele se encaixa perfeitamente bem ao modo em que as 5,8” são utilizáveis com apenas uma das mãos. O corpo em vidro com 174 gramas de peso e 7,7 mm de espessura dá uma sensação de firmeza, ao modo em que ele ainda assim é menor que uma versão “Plus” do iPhone. Ainda em tempo, a certificação IP67 garante que ele não morra se entrar em contato moderado com a água.

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A moldura em aço inoxidável mantém os mesmos componentes, mas com listras mais finas para as antenas e um botão lateral maior. Agora, ele serve para bloquear/desbloquear o celular ou chamar a Siri, e para desligar o aparelho você precisará apertá-lo junto com o de volume (+). Ah, e para tirar uma screenshot é só apertar esses mesmos botões bem rapidinho.

A Apple já havia matado o “deslize para desbloquear” em prol de algumas mudanças de interface, ao mesmo passo em que diz que “sempre quis criar um iPhone que fosse apenas tela”. Esse é só um exemplo básico de que o botão “Início” não parece uma perda inesperada pela companhia, e acredite: usar o iPhone X somente com gestos é realmente muito fácil.

Em partes, todas essas modificações podem levar algum tempo para que os usuários se acostumem, mas elas são legais. Para sair de um app, por exemplo, você precisa deslizar de baixo para cima. Para ver todos os apps, basta deslizar de qualquer um dos cantos (inferiores) para o meio e então soltar, e aí a lista é carregada.

A troca de aplicativos é muito, mas muito mais prática, por exemplo. Se você estiver combinando de sair com alguém no WhatsApp mas precisa checar o endereço no Maps, é só deslizar o dedo na parte inferior da tela que os apps se sobrepõem.

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O mais legal, além da animação elegante e do modo como isso acontece, é que isso agiliza bastante para trabalhar com o aparelho.

Deslizar a Central de Notificações requer o de sempre, que é deslizar o dedo de cima para baixo na tela. Só que aqui há um limite, e é o canto superior direito: deslizando especificamente ali, você abre apenas a Central de Controle.

E, não, nós não esquecemos da câmera que fica saltada, ou mesmo da falta de entrada para fones de ouvido. Mas o que realmente merece atenção aqui é o “notch”, que faz uma estranha divisão na tela do dispositivo.

Pois é ali que ficam a saída de som e os novos sensores da Apple, que dão vida a um novo brinquedo chamado Face ID. A proposta é a mesma do Touch ID, mas que para funcionar, precisa: 1) usar um projetor de (mais de 30 mil) pontos para mapear o seu rosto; 2) um emissor de luz infravermelho para que ele funcione também no escuro; 3) uma câmera infravermelho para analisar os dados. A Apple chama o conjunto de TrueDepth.

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Sendo bem direto, o Face ID é muito mais cômodo do que o Touch ID, mas sua praticidade bate de frente com o recurso anterior. Ele é muito funcional, mas quando “falha”, ainda assim faz a leitura do seu rosto para estudar as mudanças. E ele falha, sim, algumas vezes.

Se você quiser desbloquear o celular discretamente da altura do bolso também não tem nenhum problema, mas nem todo ângulo vai fazer ele funcionar. E também não precisa encostar ele no rosto e nem mesmo deixá-lo muito longe, beleza?

Mas aqui vai um adendo: o Face ID vem configurado para não funcionar se você estiver de olhos fechados, tampouco desbloqueia o celular se você não estiver olhando para ele. Se por um acaso você precisar, nos ajustes do sistema é possível desabilitar isso clicando em “Exigir Atenção para o Face ID”.

O iPhone X é um dos celulares mais bonitos que a Apple já criou, mas acredite: ele foi criado para ser usado no modo retrato. De pé. E não, não dá para simplesmente ignorar esse recorte no topo. Dá para conviver com ele, mas sempre em uma página clara você perceberá ainda mais a sua existência.

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A CHEGADA DO OLED

Se você, assim como eu, tem usado o iPhone nos últimos anos, sabe que existe um consenso sobre o uso de IPS LCD nos aparelhos da Apple, e ele não é muito positivo. Isso muda no iPhone X, que traz um painel de 5,85” com tecnologia OLED.

A Apple chama ela de Tela Super Retina HD, com resolução de 2436 x 1125 pixels (458 ppp). Alterar o padrão também gerou uma ação em quem usa o iPhone, tendo em vista que se você inclinar ele pode perceber uma certa distorção nas cores. Não é nada como no Pixel 2 XL, porém, ao mesmo tempo, é algo natural da tecnologia utilizada no aparelho.

Ele usa o layout Diamond Pixel PenTile, que faz com que cada pixel compartilhe subpixels vermelho, verde e azul com os pixels ao redor. A Apple não faz tudo ser mais saturado, de modo que a tela do iPhone X é nítida, vibrante e extremamente confortável de ser utilizada em longos períodos, com uma ótima precisão de cores.

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Ainda em tempo, a Apple segue com a aposta no 3D Touch e traz, também, a tecnologia True Tone, que adapta as cores de acordo com a luz ambiente. A Apple já citou, também, que fez mudanças para que essa tela tivesse cores mais naturais, e trouxe também suporte ao HDR10 e Dolby Vision.

No fim do dia, usar o iPhone X me fez perceber o quão melhores poderiam ter sido as telas de todos os iPhones anteriores. E quando nós falamos sobre “usá-lo de pé”, é porque o notch fica muito mais notável quando você está vendo um vídeo ou filme.

Não há como escapar: ou você assiste com bordas pretas bem grandes e uma proporção menor, ou estica a tela, enxerga o notch nas cenas claras e também perde espaço das cenas. É como nós falamos anteriormente: usando ele de pé, dá para “engolir” essa quebra no design porque você sempre está olhando para o centro do display.

Mas também não é o fim do mundo, ok? Dá para assistir filminhos sim - só não dá para acessar a tela inicial no modo paisagem, por exemplo.

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A nossa principal queixa é com os aplicativos ainda não otimizados, mesmo. Os da Apple já estão remodelados para a nova interface, mas dezenas de outros, e boa parte do seu dia-a-dia, não estão. A solução aqui é usar faixas pretas até que os desenvolvedores façam as adaptações necessárias, pois a Maçã não estica os apps como acontece no S8.

Ah, e nós temos também o sistema estéreo de som, que a Apple garante ser 25% mais alto que do iPhone 7. Sinceramente, nós não notamos um ganho massivo, mas é possível notar a boa qualidade. O som é limpo e com batidas fortes, mas ainda não dá para aceitar a falta da entrada para fones de ouvido.

ESPECIFICAÇÕES

O coração do iPhone X é um chip A11 Bionic, da própria Apple. Ele usa um processador Neural de seis núcleos, onde quatro se encarregam pela eficiência e outros dois pela performance.

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  • 3 GB de RAM;
  • Apple GPU (três núcleos);
  • Coprocessador de movimento M11;
  • Bluetooth 5.0.
  • NFC.

Por dentro, na realidade, o iPhone X é o mesmo do iPhone 8 Plus. Os resultados de benchmark dele, inclusive, podem ser conferidos agora.

UM NOVO JEITO DE USAR O IPHONE

O iPhone X e seu processador Neural já é considerado um dos celulares mais rápidos da atualidade. Ele aprende com o seu uso e também é utilizado em recursos da câmera TrueDepth, por exemplo.

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Mas é no iOS 11 que o iPhone X se destaca. Você vai ver dezenas de animações novas, por exemplo. Para despertar a tela, basta tocar nela ou levantar o aparelho. As notificações aparecerão lá, mas simplesmente como “Notificação”. O conteúdo só será exibido se você olhar para a tela, o que é muito mais seguro e discreto.

O iPhone X tem uma mudança legal para as ligações, e não é esse toque novo. A câmera TrueDepth, por exemplo, detecta quando você está olhando para a tela para reduzir o volume das notificações e alertas, ou para silenciar o celular quando você pega ele para atender uma chamada.

O modo como você fecha os apps também mudou. Agora, você tem que tocar e segurar neles na multitarefa e depois tocar no botão vermelho. É menos prático, confessamos, mas foi uma mudança necessária por causa de todos os novos gestos do sistema.

Por causa da fluidez na interface, entretanto, não fica complicado se acostumar com todos eles. Vez ou outra você vai se pegar deslizando de baixo para cima para abrir a Central de Controle, mas esses hábitos vão se perdendo e você se acostuma a usar o iPhone sem aquele botão característico que sempre marcou a cara dos aparelhos da Apple.

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Mas se esse ainda é um hábito cruel, vá em Ajustes > Geral > Acessibilidade e ative o AssistiveTouch, que deixa um botão Início virtual na sua tela. Ainda em tempo, se você tem mãos pequenas, no mesmo menu dá para ativar a “Alcançabilidade”, que permite deslizar o dedo de cima para baixo naquela barrinha para reduzir a tela.

Ah, e tem os animojis, também. A Apple usa a câmera infravermelho para mapear os músculos do seu rosto e, usando 12 emojis diferentes, cria novas expressões de acordo com a sua. O tracking é bom, mas não mostra a língua e nem detecta olhos fechados ou literalmente piscando, sendo uma limitação já conhecida pela Apple.

O legal é que, além de usar no iMessage, você pode salvar todos eles como vídeo para publicar no Instagram ou mesmo mandar no WhatsApp.

O iOS 11 também traz o ARKit, que é a plataforma da Apple para realidade virtual. Ele funciona bem, mas ainda traz apps em quantidade limitada, o que mais uma vez nos faz esperar pelo seu futuro.

O desempenho geral do iPhone X é ótimo, fazendo com que ele seja duradouro pelos próximos anos com muita, mas muita facilidade. Games pesados como Bully, Street Fighter e outros rodam perfeitamente bem por aqui, mas tenha em mente que os desenvolvedores também precisam atualizar os jogos para aproveitar toda a tela do aparelho.

E isso é bem chato, na realidade. Os espaços que sobram por causa do recorte superior são suficientes para poucas informações. Para ver a porcentagem da bateria, só deslizando alguma das centrais, por exemplo.

Quando você abre o teclado, nota também que ele ocupa um espaço bem considerável. Isso vai ficar aí até que a Apple mude, pois nem baixando outro teclado esse layout muda.

BATERIA

A Apple vive explanando que o iPhone é um dos principais dispositivos para fotografia da atualidade. De fato, o smartphone tem ganhado espaço, com câmeras mais avançadas e novos recursos. E, como ele é um produto também voltado para as fotinhas, o que nós fizemos foi testar isso mais afundo.

Nós separamos um dos dias de testes do iPhone X apenas para fazer fotos - e literalmente foi o que aconteceu. O celular saiu da tomada às 7h da manhã e rodou a cidade da garoa comigo, que eventualmente acabou esquecendo o carregador portátil em casa. Graças, talvez, aos 2.716 mAh da bateria dele, isso não foi necessário.

Depois de passar um dia inteiro fazendo fotos, mas usando poucas vezes o WhatsApp, assistindo algo no YouTube e sempre vendo o Instagram, ainda sobrou carga para ouvir música por streaming no caminho de volta. O resultado é que às 20h30, o iPhone X ainda tinha 14% de bateria.

Só para efeito de comparação: um amigo foi comigo durante esse dia de fotos, e usando o iPhone 7 Plus dele nas mesmas condições, a autonomia foi de (+)13 horas no iPhone X contra 11 horas da geração passada.

Usar o iPhone X é uma experiência agradável. Quem precisa do celular o dia todo e se considera um usuário mais ativo, ou algo relativamente próximo do avançado, ele vai ter força para um dia bem longo. Tirando ele às 7h da manhã, conseguimos retornar às 23h para as tomadas com 4% de energia sobrando.

Como o iPhone X acaba tendo autonomia menor para ver filmes, o ideal seria ter pelo menos um cabo extra na mochila para viagens e afins. E aproveitando, a dica da gente é o Cabo Lightning Canaltech, que deixa você ficar mais longe das tomadas e é muito resistente.

Recarregar o iPhone X totalmente requer pouco mais de 2h20 do seu tempo, e assistir vídeos por streaming com brilho máximo tende a descarregar 19% por hora de sua energia. Para efeito de comparação, o iPhone 8 Plus registrou uma descarga de 16%/hora no mesmo teste. A decepção, porém, é que o carregamento sem fio ainda é muito lento e precisou de 40 minutos para devolver somente 22% da carga.

CÂMERAS

Não estranhe se as fotos do iPhone X tiverem exatamente a mesma qualidade dos cliques do iPhone 8/8 Plus com o sensor tradicional. São 12 MP para as duas lentes, com f/1.8 em uma e f/2.4 em outra. Essa é uma atualização bacana, pois o 8 Plus tem lente f/2.8, logos suas fotos em cenários noturnos terão um ar mais bacana.

Mas também existe uma segunda vantagem nisso aqui. Com a OIS nas duas lentes, você consegue se aproximar muito mais dos objetos para fazer fotos macro, por exemplo. Então não tenha medo: sempre que puder, dê o zoom de 2x e faça as fotos. O modo HDR também está ajudando muito mais nessa geração, com cliques mais nítidos, com cores intensas e um bom nível de contraste.

As Live Photos continuam aqui, e claro, você pode escolher entre até três efeitos: loop, vai e volta e longa exposição. Esse último é muito legal pois cria um dos efeitos mais bacanas e rápidos do tipo, sem precisar reduzir a velocidade do obturador ou mexer em outras configurações manuais - e que não estão disponíveis no app nativo de câmera. O resultado, claro, não fica profissional.

Só que a grande novidade das câmeras está no modo Retrato, disponível até mesmo para a câmera frontal. O que nós percebemos é que o contorno da câmera está muito mais sutil e não deixa tantos recortes esquisitos nos cantos dos objetos.

Vale lembrar que temos também o Iluminação de Retrato disponível. Esse recurso combina hardware e software para criar a profundidade de campo e, assim, permitir efeitos bem legais, como a luz de palco ou a luz de palco mono. É um recurso que também pode ser explorado com mais carinho pelos usuários, além do Retrato convencional, que cria o efeito com uma boa suavidade.

No sensor frontal, que tem 7 MP (f/2.2) pode gravar em FHD@1080p ou 720p@240fps, e em suma tem a mesma qualidade do iPhone 8 - o que é positivo. A diferença é que o iPhone X usa os sensores de mapeamento para “sentir” onde o usuário ou objeto está para criar o efeito de desfoque. Talvez ele não seja o mais rico da atualidade, mas já cria um efeito muito bom nas selfies.

As câmeras do iPhone X estão bem e ele consegue fazer fotos ótimas. Ele não tem cores tão saturadas quanto um Galaxy S8, e nem mesmo apresenta HDR melhor que o do Pixel 2 XL. Mas, ainda assim, as fotos da câmera traseira com modo retrato definitivamente são algumas das melhores do mercado. Em baixa luz, por exemplo, ele ainda consegue manter um alto nível de detalhes.

De modo geral, ele traz ótimas câmeras. A Apple ainda pode trazer melhorias no futuro, visto que o Retrato ainda está em fase beta.

VALE A PENA?

Hipocrisia seria não dizer que o iPhone X é um celular que já é item de desejo de muitos. E a Apple consegue criar isso. Além do Watch, esse aparelho tem a identidade de uma joia, sendo literalmente um acessório muito bonito e cheio de recursos legais.

Fazer grandes mudanças no aniversário de lançamento do seu primeiro smartphone rendeu um bom trabalho, com melhorias em pontos onde a empresa sempre ficou para trás. O resultado é uma peça elegante, com câmeras de alta qualidade e uma ótima tela.

Há também um novo jeito de usar o iPhone, com dezenas de novos gestos, animações e a ausência do botão Início clássico. A Apple já vinha trabalhando nisso há anos, e mostra mais uma vez que não tem medo de “matar” algum recurso em prol de outras mudanças maiores.