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iPad Pro de 11 polegadas [Análise / Review]

Por Wellington Arruda | 12 de Dezembro de 2018 às 13h56

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iPad Pro de 11 polegadas [Análise / Review]
iPad Pro 11 (2018) 4G

Eu sinceramente ainda não sei como chamar o iPad Pro, ou aonde ele se encaixaria. Quer dizer, se pensarmos no tanto de “notebook killers” que já existiram, o novo iPad se encaixa mais como um ótimo produto para consumo de mídia, e que também, por acaso, consegue te dar uma boa ajuda por ser tão móvel quanto um notebook em si.

Mas, neste caso, o iPad Pro se divide nestas duas categorias:

  1. Como tablet e um ótimo dispositivo de mídia, você pagará, pensando na compra do produto com 64 GB no Brasil, R$ 6.799.
  2. Como "substituto" para o seu notebook, acrescente mais R$ 1.199,00 do Smart Keyboard e R$ 979 da Apple Pencil. A caneta de geração anterior, aliás, não é compatível com esta geração do iPad.

Bom, depois de algumas semanas usando o iPad Pro como “substituto” ao meu “notebook", que no caso é um “substituto de notebooks", eu vou contar aqui como é o iPad Pro.

Ok, é difícil categorizar ele. Mas, se você quer um atalho, saiba que não, ele não vai substituir o seu notebook. E ainda te faz perceber como existem coisas simples, como o compartilhamento de arquivos entre apps, ainda não são totalmente funcionais.

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Mas, se você quer um dispositivo mais portátil, com ótimo display e saídas de som boas, além de uma interface já conhecida e bem fácil de ser usada com gestos, eis aqui mais um bom dispositivo da Apple. Nada barato, é claro, mas ele é bom.

Primeiro, essa nova tela, neste modelo de 11 polegadas, é bem interessante. A Apple chama a tecnologia utilizada de Liquid Retina. Ele usa um IPS LCD de 2388 x 1668 pixels e pode reproduzir conteúdo em 120 FPS, tal qual reconhece seus toques e os da Pencil em 120 Hz.

Esta tecnologia, chamada ProMotion, não significa que tudo será reproduzido em 120 FPS, porque nem todos os apps têm suporte. Mas quando você tem essa experiência, tanto no sistema quanto em jogos ou apps compatíveis, percebe como faz diferença.

O display tem alto nível de contraste e reproduz cores com bastante precisão. Seu brilho também é intenso, de 600 nits, mas quando está no mínimo ainda é utilizável, para quem curte assistir algo antes de cair no sono. Aliás: não é recomendado passar horas assistindo vídeos no seu tablet antes de dormir. Ainda em tempo, ele não tem suporte para reprodução de conteúdo em HDR ou 4K no YouTube.

Outra coisa que essa tela indica é o fato de que, com a redução de tamanho nas laterais, o Touch ID deu lugar ao Face ID, como no iPhone X e posteriores. A vantagem aqui é que ele vai funcionar de boa em qualquer orientação. Assim como nos novos iPhone, o leitor facial é usado para desbloquear o iPad Pro, para autenticar senhas, compras e mais que o sistema permite.

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Com isto, claro, o design dele também mudou. Esta versão aqui, construída com alumínio, pesa somente 468 gramas e tem 5,9 mm de espessura. Sim, ele é frágil, não tente entortá-lo “só pra ver o que acontece”. E, não, ele não traz suporte a certificação IP67/68.

No geral, o modelo de 11” tem o mesmo tamanho do último modelo de 10,5", só que com menos bordas. Esse novo iPad Pro ainda traz quatro saídas bem distribuídas de som que fazem um belo trabalho tanto nos volumes baixos quanto nos altos, e que se adaptam em qualquer orientação. Uma contradição aqui, por outro lado, foi ter retirado a entrada P2.

A experiência do iPad Pro com a capa-teclado e a caneta é bem diferente. A digitação, por exemplo, é confortável, mas nos fez sentir falta de um teclado “de verdade”. Falta, por exemplo, uma tecla de “Esc”, e como não há compatibilidade da interface com um mouse a sua tela sempre estará cheia de marcas de dedo e da caneta. Nada preocupante para quem já é acostumado.

Aqui vão dois recados bem legais para quem está pensando em colocar as mãos no iPad, na capa-teclado e na caneta: 1) a caneta só fica realmente fixa e carregando nesta posição (você vai sentir mais força de atração e um estalo mais alto; 2) o tablet não é bloqueado quando você fecha a capa nele.

A propósito, a Apple Pencil de segunda geração é menor, mais confortável e precisa. E só do fato dela não precisar ser plugada na entrada USB-C já é um grande salto!

Na Pencil, por exemplo, você pode tocar duas vezes aqui na parte “achatada” e ela pode trocar os itens que você usa no seu app de edição ou desenho. O emparelhamento também é bastante simples, necessitando apenas encostar ela na área magnética.

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Quer saber sobre todos os atalhos com o teclado? É só pressionar o botão “cmd” por alguns instantes no app ou página que estiver aberta. Já os gestos de navegação são parecidos com os do iPhone: deslize de baixo para cima para voltar ao Início; deslize e segure para ver os apps da multitarefa; deslize só um pouquinho para ver a dock. Esse último, na verdade, foi o mais complicado de se adaptar.

É preciso lembrar que, por exemplo, nos gestos para trocar de apps rapidamente ou de voltar à página Início, ou mesmo para controlar a tela dividida, só funcionam com o seu dedo. A Pencil, que funciona de modo adicional, não pode realizar esse tipo de ação.

Agora, voltando um pouquinho, a porta USB-C do iPad Pro é a primeira em um produto da Apple. Você pode usá-la para plugar um display HDMI, com hubs, teclados e até mesmo carregar outros dispositivos.

A nova porta não faz nenhum milagre, então esqueçam os HDs externos e afins. No máximo, mesmo, falando de arquivos, você consegue transferir as suas fotos e… é isso aí, até que o iOS esteja mais aberto.

O cérebro do novo iPad Pro é o chip A12X Bionic (2.5 GHz), que é ainda mais potente que o A12 do iPhone XS. Esse modelo aqui vem com 4 GB de RAM, e apenas a versão de 1 TB de memória traz 6 GB. Aqui no Brasil, este modelo tem seu valor a partir de R$ 12.799 com 11” ou R$ 14.399 com 12,9".

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Naturalmente, você não presencia atrasos na interface ou para abrir ou trocar de app, ou mesmo jogando. O game Fortnite, por exemplo, roda bem tranquilo em 60 FPS. De modo geral, esta é uma das experiências mais fluidas em um tablet, talvez a melhor.

Só que o iOS ainda é muito limitado para dezenas de pessoas que, assim como eu, precisam de mais abertura para usar apps de terceiros. Ele traz conveniência e, de fato, vai realizar todas as tarefas que você já realiza no seu iPad, caso tenha um. Se você vem do Windows pensando em substituir o seu notebook por um iPad, saiba que ele ainda continua um iPad, e o iOS continua o iOS.

Existem dezenas de melhorias, como os Atalhos da Siri e a conveniência (ainda que limitada) da USB-C, mas nós recomendamos pensar com mais calma e olhar as opções do mercado.

Algo que nos deixou empolgado foi sua bateria: neste modelo, são 7.812 mAh com tempo médio de recarga total de 3 horas usando o carregador de 18W. Este modelo tem uma bateria que segura muito bem o uso pesado, ainda considerando o lado profissional da coisa.

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É claro que, dependendo da aplicação, a bateria será esgotada mais rapidamente. No entanto, é seguro afirmar que você consegue trabalhar tranquilamente por pelo menos 8 horas com o iPad Pro em aplicações que exijam mais digitação. Com edição de fotos e vídeos… bem, ainda não temos nenhum parâmetro equiparável aos softwares para PC e Mac, quem sabe no futuro.

Antes tarde do que muito tarde, o iPad Pro também tem câmeras. E até flash LED! A de trás tem 12 MP (f/1.8) com HDR Inteligente, e a da frente tem 7 MP (f/2.2). São câmeras bem boas, na verdade, especialmente para videochamadas e para escanear documentos, ou usar apps de Realidade Aumentada. Nós não levamos o iPad Pro para as ruas para fotografar porque… ele é um iPad. De 11 polegadas. Não é tão discreto, sabe?

De qualquer maneira, nós curtimos o iPad Pro de 11 polegadas. A tela é muito boa, o chipset poderoso alimenta diversos setores do dispositivo, seu novo design é confortável e com menos bordas, além do software polido e intuitivo com gestos.

Mas ele também traz seu lado negro da força: nem todos seus acessórios são compatíveis, especialmente os que você já pode ter comprado no padrão Lightning, o iOS 12 pode não ser ideal para o seu fluxo de trabalho, eles largaram a entrada P2 para longe e, é claro, é tudo muito caro.

Tenha em mente que os R$ 6.799 são cobrados pela configuração do iPad Pro com 64 GB de memória, 11 polegadas de tamanho e somente Wi-Fi. Dentre as opções disponíveis hoje, no mercado, o ideal para quem quer manter uma rotina mais dinâmica para trabalho seria um Surface Pro, da Microsoft. Eles não são vendidos aqui no Brasil, embora sejam ferramentas bem interessantes, portáteis e bem construídas.

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Se você já é usuário do iPad e sabe muito bem o que quer usar, saiba que esse cara aqui pode cumprir muito bem estas atividades. Especialmente para quem normalmente consome ou produz conteúdo multimídia.