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Zenfone Max Pro (M1) deixa ZenUI de lado e foca na bateria [Análise / Review]

Por Wellington Arruda | 17 de Outubro de 2018 às 12h44

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Zenfone Max Pro (M1) deixa ZenUI de lado e foca na bateria [Análise / Review]
Zenfone Max Pro (M1)

A Asus trouxe o Zenfone Max Pro M1 na metade de agosto, com duas variantes disponíveis: uma com 4 GB de RAM e 64 GB de memória, e essa daqui que nós testamos, com 3 GB de RAM e 32 GB de espaço interno.

Esse dispositivo traz diferenciais interessantes para a linha Zenfone, como uma bateria de maior capacidade e experiência de "Android Puro", como a própria marca prega. Nós já vemos esse mesmo fenômeno, por exemplo, com dispositivos da Motorola, o que pode ter feito com que a Asus corresse atrás também dessa parte do mercado.

Confira agora o que achamos do smartphone da Asus sem a ZenUI, interface proprietária da fabricante.

Design, display e multimídia

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O Zenfone Max Pro M1 (ZB602KL) tem muito do que os smartphones recentes trazem: design em metal, mas com cantos em plástico para facilitar a vida das antenas. Essa parte do smartphone se mostrou um pouco mais frágil, sendo riscada levemente só na tentativa de encaixar o cabo.

Outra novidade é o display grande, de 6 polegadas, mas com menos bordas do que vemos no Zenfone 4 Max Plus, para efeito de comparação. Ainda assim, você verá bordas nas partes superior e inferior, o que não deixa o smartphone “feio”, de fato, mas também não traz um notch como no Zenfone 5, que tem display de 6.2”.

Ainda usando o seu irmão mais refinado como ponto de comparação, o Max Pro M1 pesa 180 gramas e tem 8,5mm de espessura, contra as 155 g e 7,9mm do Zenfone 5. Por outro lado, esse design diferente também trouxe algo positivo, que no caso é uma bateria bem interessante.

Ele também herda a câmera dupla na vertical e o leitor de impressão digital na traseira, um pouco acima do logo da companhia. O Max Pro M1, no entanto, permite que você use dois chips de operadora e um cartão microSD (até 2 TB).

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Mas, bem, voltando ao display, a Asus também usa um painel IPS LCD, mas com resolução de 2160 x 1080p para o painel esticado (18:9). O que se espera para um uso satisfatório, também, ele pode cumprir.

O brilho tem média relativamente boa, tanto no máximo quanto no mínimo, e as cores são intensas. Do mesmo modo, temos ainda tons escuros que se aproximam do cinza, mas a experiência é agradável.

Na parte sonora, a Asus destaca a tecnologia amplificadora NXP, e ela não está errada: o som do Max Pro M1 é alto e nítido, embora apresente ruídos e pequenas distorções quando nos volumes mais altos. Ah, e vale o aviso de que a saída não é estéreo.

Um Asus “Android Puro”?

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A Asus já havia declarado por meio de seus representantes que “não existe Android puro”, embora este não seja o nosso ponto de discussão. O que importa, mesmo, é que esse smartphone tem “experiência de Android Puro” e não carrega a ZenUI, dando mais espaço para o básico que vem instalado pela Google em seus próprios aparelhos.

Há um total de 30 aplicativos disponíveis de fábrica no smartphone. Os da Asus são o de Calculadora, Gravador de Som e Rádio FM, além do My Asus que é do suporte da companhia.

A suíte da Google, no caso, incorpora os apps de Mensagens, Contatos, Fotos e outros. A propósito, uma das vantagens do aparelho é ter armazenamento ilimitado gratuito no serviço da Google.

Além desses apps, o Max Pro M1 traz instalado o Facebook, Messenger e Instagram. Mas, é preciso ter algo em mente: todos aqueles ajustes manuais e recursos extras disponíveis na ZenUI não estão por aqui, o que para muitos pode ser uma grande vantagem ou, por outro lado, pode fazer falta.

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A propósito, o Zenfone Max Pro M1 vem com Android 8.1 instalado e com promessas de atualizações mais rápidas. Mas, tenha em mente que ele não faz parte do programa Android One, e isso já depende de um esforço maior da Asus para fazer com que ele acompanhe estes updates.

Assim como no Zenfone 5, o Max Pro M1 traz uma configuração boa para um intermediário:

  • Chip Snapdragon 636 octa-core de 1.8 GHz;
  • GPU Adreno 509;
  • 3 GB de RAM;
  • 32 GB de espaço interno (XX GB livres);
  • Bluetooth 5.0.

Neste caso, o desempenho do Max Pro M1 é bastante satisfatório. O aparelho consegue rodar, por exemplo, jogos e apps como o próprio Zenfone 5, e a interface mais limpa permite que ele tenha um pouco mais de fluidez durante a navegação.

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Por outro lado, esbarrar em uma ou outra travadinha na troca de apps pode ser algo comum. Este não chega a ser um grande incômodo para atrapalhar sua experiência, já que o dispositivo se sai bem na grande maioria das outras atividades.

O dispositivo também não faz feio com jogos: rodamos alguns mais leves, porém com gráficos legais, e o dispositivo se comportou bem. Com títulos exigentes, porém, os gráficos ficam serrilhados e detalhes, sombras e outros normalmente são desativados para não impactar demais no fluidez. É só entender que o seu porte é de um intermediário e manter as expectativas dentro do esperado.

Câmeras

Essa versão do Zenfone Max Pro M1 vem com dois sensores na traseira: um de 13 MP (f/2.2) e outro de 5 MP (f/2.4). Ele pode fazer imagens com resolução 4K a 30fps ou 1080p com 30/60fps, além de trazer um modo manual "escondido" e outros ajustes interessantes para os curiosos.

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A comunidade de usuários do Zenfone ainda descobriu um ajuste para usar o modo desenvolvedor na câmera do smartphone. Ele permite escolher o formato de áudio e vídeo, mas também o TNR (Temporal Noise Reduction, ou redução de ruído temporal). Esse ajuste também deixa que o usuário ative ou desative a estabilização eletrônica de imagem nele (1, 2).

Tenham em mente, porém, que se o modo está escondido para desenvolvedores é porque há um motivo. Se você não quiser arriscar a integridade do seu Zenfone, deixe-os de lado.

Ativar a opção de estabilização pode render, sim, imagens menos tremidas, o que é bem legal, mas não funciona na resolução 4K. Outra coisa: o TNR, por sua vez, faz um ajuste básico, o que vai depender muito da situação do local quando você for gravar. O foco também tende a se perder um pouco no modo de gravação, então é recomendado monitorar isso durante as filmagens.

Outro ajuste legal para os amantes do Google Camera é que o aplicativo também pode ser instalado no Max Pro M1. Infelizmente ele não pode ser baixado direto da Play Store, logo isso só funciona recorrendo a algum APK misterioso.

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É preciso tomar cuidado também com essa configuração, já que o app não foi desenvolvido especificamente para o smartphone. Logo, é bastante comum se deparar com delays na hora de alternar a rotação do aparelho e afins. Neste caso, crianças, fiquem com o app de câmera da própria Asus.

Se você procura câmeras melhores, a opção, neste caso, ficaria para o Zenfone 5, e não para o Max Pro M1. Entenda que ele pode, sim, fazer boas fotos e vídeos, mas sem tanta versatilidade. A sua segunda câmera, diferente da aplicação de uma lente grande angular ou telefoto, é utilizada para auxiliar no Modo Retrato.

Essa também é uma aplicação válida, mas aqui no Max Pro M1 fica nítido que o modo precisa de aprimoramento. Os recortes não são tão certeiros, de fato, mas você ainda pode escolher a intensidade do desfoque na hora dos cliques.

As selfies, inclusive ficam por conta de um sensor de 8 MP (f/2.2). Notamos pouca participação do software para "reduzir as imperfeições da pele" no modo automático, mas aqui uma outra nota sobre o modo retrato: ele foca sempre no seu rosto, ignorando os objetos ao redor (ou acessórios) e não permite ajustar o desfoque de fundo.

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5.000 mAh!

A promessa do Zenfone Max Pro M1 é de funcionar por dois dias com sua bateria de 5.000 mAh totalmente carregada. Essa afirmação, porém, seria válida para um usuário que pretende economizar sua carga para tarefas simples, sem usar tanto a internet ou aplicativos que consomem mais energia.

Mas, por outro lado, o smartphone tem carga para, por exemplo, você tirá-lo da tomada pela manhã e só precisar de um novo gás na metade do dia seguinte. Isso é muito confortável, principalmente para quem usa o smartphone para trabalhar. No entanto, a métrica dos “dois dias de uso” seria exagerada, mas não equivocada.

O aparelho da Asus pôde, por exemplo, cumprir esse período com pelo menos 10 horas de tela ligada. Já reproduzindo vídeos online e com brilho máximo, conseguimos uma média de descarga de 8.5% por hora.

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Por outro lado, o “Carregador Rápido” da Asus tem 10W de potência, o que vai fazê-lo esperar por pelo menos 2h40 para carregar tudo isso de novo.

Vale a pena?

A Asus, com o Max Pro M1, agora tenta abocanhar a parcela de consumidores brasileiros que preferem um software mais limpo. O aparelho vem com interface mais limpa, mas sem os recursos extras, poucos apps pré-instalados e software atual, considerando a presente data.

Seu hardware, no entanto, chega a ser bem similar ao do próprio Zenfone 5, o que de certa forma é bom, mas não funciona de maneira igualitária. Atualmente, o Max Pro M1 tem valor estipulado em R$ 1.499, o que pode ser uma grande vantagem dele em relação aos concorrentes, também considerando a bateria grande incorporada.

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Como opção no mercado nacional, você encontra aparelhos como o Galaxy J8, por R$ 1.649, o Moto One, por R$ 1.499, e até mesmo modelos como o BLU Vivo XI com valor também nessa mesma faixa.

Mas, e vocês, curtiram o Max Pro M1 com "Android Puro", preferem a ZenUI ou escolheriam outro modelo no lugar dele? Conta aqui pra gente!