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Sony Xperia XA1 Ultra [Análise / Review]

Por Redação | 13 de Julho de 2017 às 13h52

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Sony Xperia XA1 Ultra [Análise / Review]
Xperia XA1 Ultra

A Sony atualizou a sua linha de smartphones na MWC, apresentando o Xperia XA1 e XA1 Ultra, versão maior do intermediário. Mas, apesar de ser maior, ele traz também algumas outras melhorias, câmeras de melhor desempenho e o visual padrão da Sony.

Se você estava com dúvidas sobre qual phablet comprar em 2017, confira agora a nossa análise do Sony Xperia XA1 Ultra.

A cara da Sony


Se você esperava por grandes mudanças visuais por parte da Sony em 2017, saiba que elas não chegaram de um jeito tão explícito. Com algumas melhorias e refinamentos aqui e ali, o XA1 Ultra segue com linhas retas no topo e cantos arredondados, com adição da tela 2.5D.

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Não é nada confortável segurar este aparelho enorme, e utilizá-lo com somente uma mão é incrivelmente difícil em suma pelo peso de 188 gramas. Esse é um dos maiores phablets que já passaram pelas nossas mãos, sendo maior até mesmo que o iPhone 7 Plus. E a reclamação das bordas maiores se fazem aqui, com exceção das laterais que são praticamente todas ocupadas pela tela.


Mas o XA1 Ultra é bem bonitão, mesmo. Ele tem acabamento em alumínio e tampa traseira em plástico, com todos os botões, incluindo o para disparar o obturador da câmera, na lateral direita. A esquerda equipa somente os slots dedicados para dois chips no formato nano e um para cartões microSD.


Mas algumas coisas ainda incomodam na estética adotada pela Sony. Ele aparenta ter um sistema estéreo de som, mas na realidade você encontra o speaker para chamadas e o microfone principal na parte frontal. A saída de som é única e fica na parte inferior, ao lado da porta USB-C.


Outra coisa: o espaço ocupado pela câmera frontal chega a ser exagerado, mas aí você lembra que ele tem as bordas bem grandinhas e fica tudo bem. E por último, ele também não tem nenhuma certificação contra água, sendo que você pode encontrar modelos até mesmo mais baratos com este recurso.

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Um display enorme


O painel IPS LCD de 6 polegadas não decepciona, tendo brilho máximo respeitável o suficiente para você usá-lo durante o dia com aquele solzão batendo forte. Em contrapartida, o brilho mínimo não é tão baixo, sendo um tanto quanto incômodo com o uso durante a noite.


A Sony adotou a resolução Full HD para este modelo, que fecha em ~367ppi de densidade. Em comparação com o seu irmão menor, e até mesmo contra o XZ Premium, a relação de contraste aparenta ser maior. Isso faz com que as cores reproduzidas pelo XA1 Ultra sejam belas, e se você achar que não está tudo ok é só calibrar o branco da tela nos ajustes do smartphone. Lá, inclusive, você também pode escolher os modos de imagem, definidos em “aprimoramento” e “super-vívido”.


Ah, e se essa tela enorme for um problema, você pode ativar o modo de navegação com uma mão. Basta deslizar o dedo do canto da tela para cima que ele exibe uma interface reduzida. Nos ajustes você também encontra algumas opções legais para manusear o aparelho, com ações rápidas para deslizar a central de notificações sem levar o dedo até o topo e outros mais acessíveis.

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Agora, tratando-se do alto-falante dele, saiba que os níveis de volume são maiores que os do XA1 comum, porém aparentam ser menores que os do XA Ultra de 2016. Ele, ainda assim, tende a reduzir o ruído quanto você escuta músicas com o alto-falante no máximo, permitindo que um som mais limpo e agradável seja reproduzido.


Especificações


Por dentro do Xperia XA1 Ultra você encontra o chipset Helio P20, da MediaTek, que oferece uma melhor eficiência energética e é fabricado no processo de 16 nm. Com isto, ele consegue fornecer, entre outros, mais potência ao smartphone. No mais, confira agora algumas das outras principais specs dele.

  • CPU octa-core (quad-core de 2,3 GHzx + quad-core de 1,6 GHz);
  • GPU Mali-T880MP2;
  • 4 GB de RAM;
  • 64 GB de armazenamento (~51 GB livres);
  • Bluetooth v.4.2;
  • NFC
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Pois é, o XA1 Ultra realmente é um aparelho parrudo. Ele vem com Android 7.0 Nougat já instalado de fábrica, aliás, e se você quer saber como ele se saiu nos testes de benchmark, aqui vão alguns resultados.

Hardware e desempenho


O legal do XA1 Ultra é que, mesmo sendo intermediário, ele mostra um desempenho muito bom. Aplicativos pesados não são reiniciados constantemente quando são passados para a multitarefa, e você realmente consegue trabalhar bem com esse aparelho, ou mesmo se divertir sem engasgos.

Outra coisa que chamou atenção é a sua performance em games, mas não para um lado totalmente positivo. A GPU utilizada neste modelo parece lidar melhor com títulos enquanto na resolução HD, e alguns até rodam melhor no XA1 normal do que nele, que é FHD. Ainda assim, você vai ter uma experiência satisfatória nos títulos mais pesados. Os que são graficamente mais leves você nem precisa se preocupar, pois eles funcionam perfeitamente bem.


Ainda em tempo, a interface da Sony funciona bem e sem animações pesadas. O que incomoda, no entanto, são os aplicativos pré-instalados. Digo isso não é nem pela quantidade, mas sim pelos títulos. Alguns deles parecem simplesmente ter sido instalados somente pela tradição, sem adicionar nenhuma funcionalidade tão bacana ao aparelho. A parte boa é que você pode desativar esses apps, mas a parte ruim é que alguns deles não podem ser removidos.

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Dá pra rodar dois aplicativos ao mesmo tempo, graças ao recurso de dividir a tela do Nougat. Isso funciona bem por aqui e fica bem bonito nessa tela gigante. Mas um recurso bacana, mesmo, é o de “Limpeza inteligente”. O que ele faz, basicamente, é limpar o cache dos aplicativos de acordo com a frequência de uso, liberando mais espaço sempre que necessário. Mas, é claro, você pode desativar sempre que quiser esse recurso.

Ok, o XA1 Ultra não é o tipo de smartphone que deixa os usuários na mão. No entanto, a Sony parece que vai seguir incluindo sensores biométricos apenas nos smartphones topo de linha, deixando os intermediários sem o cujo dito. Isso é ruim, considerando que, novamente, temos opções no mercado com esse tipo de autenticação.


Diga "olá" para as selfies


Para falarmos de câmeras, vamos começar pelo frontal. Estamos falando de um sensor de 16 MP (Exmor RS™ de 1/2,6") com lente grande angular de 23 mm e abertura f/2.0. Um dos destaques, porém, vai para a estabilização óptica desta câmera, que ironicamente não está presente na traseira. No mais, ele também tem flash frontal de um lado e um pequeno LED para notificações do outro, ao lado desse sensor.

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Para a traseira, a câmera de 23 MP (f/2.0) tem lente de 24 mm e traz o autofoco híbrido, que dependendo da situação nós recomendamos deixá-lo desativado. Geralmente ele ajuda na hora de fazer fotos rápidas de objetos em movimento, mas na hora de fazer aquele fotão do por-do-sol ele geralmente atrapalha um pouquinho. Ah, para contornar a falta de estabilização, o Sony SteadyShot ainda faz um trabalho satisfatório.


O que nos deixou animado com a câmera traseira do XA1 Ultra é o fato dele se comportar muito bem em ambientes favoráveis, considerando o nível de luminosidade. Em locais abertos, você facilmente conseguirá registrar imagens com boa nitidez, contraste e muitos detalhes.


Em cenários noturnos os granulados sempre aparecem, mas o pós-processamento consegue contornar boa parte dessas “falhas”.


O grande destaque, porém, fica mesmo com a frontal. Suas selfies, de fato, terão qualidade superior com este modelo. Claramente você não terá aquela qualidade absurda, no entanto, a câmera frontal do XA1 Ultra, diferente do seu irmão menor, fica acima da média para smartphones na sua faixa de preço.

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Bateria


O chipset Helio P20 com consumo reduzido de energia deu muito certo por aqui. Os 2.700 mAh são suficientes para um dia inteiro de uso sem muita moderação, sem precisar economizar tempo de uso em redes sociais ou em joguinhos. No entanto, não espere chegar a um segundo dia utilizando o smartphone da Sony sem os modos de economia de energia.


Definidos em Stamina e Ultra Stamina, eles desativam as atualizações em segundo plano e, entre outros, conexões do aparelho. No caso do segundo, ele é ideal para quando você realmente não tem mais quase nenhuma carga. Deste modo, você terá somente as funções mais básicas do seu aparelho, com um fundo preto para economizar ainda mais bateria.


Em nosso teste padrão, reproduzindo conteúdo por streaming via Wi-Fi e com brilho máximo, ele atingiu uma descarga média de 10-11% por hora. Isso significa, basicamente, que você vai conseguir assistir uma maratonazinha da sua série predileta sem dor na consciência.

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A parte negativa aqui, porém, é ter que recarregá-lo. O carregador padrão que vem na caixa tem 1,5 A de saída, e por aqui nós levamos mais de 2h40 para devolver a carga total ao aparelho. É um chá de cadeira nada agradável.


Vale a pena?


Smartphones intermediários com telas de 6 polegadas não são os mais famosos aqui no Brasil, mas o XA1 Ultra pode ser um belo competidor para modelos como o Moto Z2 Play e Galaxy A7 2017, que respectivamente têm telas de 5.5” e 5.7”.


O Helio P20 não te dá uma folga para utilizar apps e games mais pesados, embora faça um trabalho satisfatório no desempenho e na autonomia de bateria dele. O que fica de positivo é a sua câmera de selfie, que realmente se destaca. No mais, a falta de um leitor biométrico é algo questionável para um aparelho que custa mais de dois mil reais.