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Samsung The Frame TV: uma obra de arte na sua sala

Por Redação | 28 de Novembro de 2017 às 15h30

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Samsung The Frame TV: uma obra de arte na sua sala
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Não é todo dia que temos um produto diferente como esse aqui no Canaltech. Este televisor, o "The Frame", era uma peça que talvez não chegasse ao Brasil. O Canaltech foi à França acompanhar o lançamento deste produto na época, e esse video está aqui no canal para você conferir.

A Samsung, na época, ainda escolhia quais mercados selecionados na Europa receberiam o The Frame, uma TV "obra de arte", voltada para apreciadores de... arte; pessoas com a casa planejada, impecavelmente decorada e de exigência alta.

Acho que ficou claro que a The Frame não é uma TV focada em ser "aquela TVzona 4K" para o seu cinema particular; ela é projetada e vendida como "obra de arte".

Por isso, vamos fazer diferente. O público-alvo dela (colecionadores de obras de arte) provavelmente é menos de 0,5% da população brasileira. Vamos dar o preço logo de cara: R$ 8.000 apenas pela TV.

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Ela está longe do poder aquisitivo onde se encontra eu, você e o zoboomafoo. Por isso fizemos o contrário, e demos o preço logo de cara. A partir de agora do vídeo, você aí do outro lado irá julgar: Ela realmente entrega uma "obra de arte"? Afinal, obras de arte da vida real também custam milhares de reais... e até mesmo milhões.

UMA OBRA DE ARTE NA SUA SALA

O público-alvo de alto poder aquisitivo que possui uma casa com ambientes planejados... certo, isso é o oposto da maioria dos lares brasileiros, porém a "solução" (para quem busca num ambiente devidamente planejado e decorado colocar uma TV de forma invisível), existe. É isso que a The Frame faz: se transforma num quadro. "The Frame", "A Moldura". É literal.

Se você não entendeu, é o seguinte: aquela TV está desligada. Ela entrou no "modo quadro". Isso é automático, e ela se disfarçou como uma obra de arte. Se eu remover ela da tomada, o que acontece é isso. remove a TV da tomada

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Ela se transforma num retângulo de vidro transparente gigante no meio dos seus quadros/obras de arte, destoando de ambientes planejados. É para esse tipo específico de situação que a The Frame foi criada.

Quando dizemos que ela se disfarçou não é exagero. Olhe atentamente. Podemos notar DE VERDADE que ela mudou seu modo de imagem, e se parece muito com um quadro agora.

O truque é complexo. Através de sensores, a The Frame monitora a luz do ambiente e ajusta as configurações de brilho e cor; o objetivo é produzir na tela a condição em tempo real do ambiente, fazendo as obras de arte parecerem de fato um quadro emoldurado. Ou seja, dependendo se a luz do ambiente é solar ou artificial, forte ou fraca, se suas paredes são claras ou escuras... tudo isso conta, e as medições são ao vivo; os ajustes invisíveis deixam a TV oculta na sua parede. 

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Mantivemos a The Frame no modo quadro vários dias sem avisar o resto da equipe que havíamos montado ela, e notamos que o efeito é mais do que convincente. A Samsung atingiu uma tecnologia eficaz com o televisor, mantendo uma imagem com a luminosidade "neutra" que um quadro tem. Parabéns Samsung, nisso você acertou de verdade.

Uma nota: a marca "Samsung" não é visível no corpo da The Frame. Se você pensou nisso em algum momento, pensou certo. Essa indicação iria "quebrar a magia".

Nem tudo é perfeito. A The Frame claramente foi projetada para ambientes controlados, de luz constante e mediana. Indo contra qualquer recomendação para salas de TV, abrimos nossas janelas e deixamos a TV contra a luz solar. O resultado é desastroso, tanto pelo óbvio forte reflexo da The Frame, quanto pelo sensor de luminosidade surtado com a luz aleatória, oscilando o quadro virtual entre brilhos e contrastes bizarros a cada alguns minutos, perdendo sua camuflagem de quadro.

Sabemos que ninguém que minimamente planeja a posição de uma TV na sala colocaria ela contra a janela, mas o teste ajuda a entender como a The Frame se comporta em ambientes com abundante luz natural. Quanto mais forte a incidência solar na sua sala, menos ela se parecerá com um quadro.

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Ambientes à meia luz e/ou com cortinas são ideais para o efeito desejado da The Frame.

Isso volta para aquilo que falamos no começo: ambiente planejado, decoração planejada. Isso não só descreve o público-alvo da The Frame, como mostra o melhor cenário possível para o efeito quadro dela funcionar.

Caso você esteja se perguntando, a TV sabe quando tem pessoas no ambiente. Se o sensor de luz e o sensor de movimento julgarem o ambiente vazio, a The Frame se desliga por completo para economizar energia. Ao notar que o ambiente novamente tem pessoas, ela se ativa no modo quadro.

Na tentativa de prever o tema da sua sala, a Samsung inclui 100 obras na The Frame, e para trocar basta utilizar o controle remoto no modo quadro. Você escolhe também a cor da moldura interna.

Se você não gostar das obras inclusas (e não quiser usar fotos próprias na TV), pode optar pela loja embarcada na TV, a "The Frame Store". Ela vende versões digitais de pinturas renomadas (como as obras de Monet ou Kandisnky), além de trabalho de inúmeros fotógrafos.

Segundo a Samsung, as peças à la carte saem por R$66,00 e pode-se assinar um "Netflix dos quadros e fotos", por R$16,00 mensais. É um pouco engraçado dizer "ei, assinei um serviço de streaming de obras de arte para minha TV", mas isso existe sim.

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IMAGEM E SOM

Por mais que pareça que uma TV com truques de quadro use AMOLED alienígena, não temos nada de diferente do LCD com backlight LED, tecnologia que dá vida às imagens da The Frame.

Falamos de boas imagens, com uma saturação de cores uma pitada acima do normal, com bons tons em geral para o usuário em suas sessões de TV. 4K e HDR são suportados, obviamente.

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Tons escuros da TV são OK, mas não se comparam aos televisores com Quantum DOT introduzidos pela Samsung recentemente. A The Frame é tecnologia de alta qualidade, mas não é o que a Samsung tem de tecnologia de ponta para televisores. Novamente, ela não é "aquela TV-zona" 4K "mega blaster" para seu cinema. Apenas é uma excelente TV.

"Apenas excelente", mas fica nossa anotação que LCD não atinge cenas escuras tão perfeitas assim como as série Q da empresa.

O som da The Frame é interessante. Como esperado para quase qualquer televisor moderno, temos um KIT inicial que entrega um som capaz de provocar o pensamento: "acredito que será mais interessante ter um home-teather em casa para combinar com a imagem".

Os graves são simples, e a distorção sonora deixa claro que "é uma TV" aleatória passando um filme, dando aquela sensação de sessão da tarde. Se você tem a sala planejada que a The Frame representa, seus alto-falantes de boa qualidade estarão nos cantos da sala, fazendo seu papel complementar de conforto sonoro.

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SISTEMA

A Samsung odeia o Android TV, e embarca nos seus televisores em 2017 o Tizen (ver. 3.0), que não interfere no sistema "quadro" da TV, que roda separadamente do sistema. Quando desligada, a TV assume a sub-rotina "quadro" independente das configurações que você fez de brilho e sensores para a TV em seu modo "normal", ligada. Há um atalho dentro do sistema para o "modo quadro", porém apenas isso.

Olhando para o Tizen em si (mesmo sem você conseguir esse nome escrito deliberadamente), você notará uma interface de SmartTV com aquele padrão de "ícones flutuantes" sobre o que você estiver fazendo, permitindo facilmente trocar entre apps e fazer configurações. Lembra o WebOS da LG, porém mais minimalista e comportado.

Infelizmente, como o WebOS, o finado FirefoxOS, "ZoboomafooOS" e quaisquer outros OS genéricos, o Tizen peca em sua biblioteca. O Android TV, solução real do Google para TVs já é algo que peca por falta de vários APPs e de funções mais sólidas, portanto imaginem um sub-sistema proprietário de uma fabricante isolada. Isso é o Tizen.

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Um exemplo fácil: Crunchyroll. Presente na Apple TV e Android TV, segue ausente há alguns anos nas TVs da Samsung. Esse exemplo nosso é bem antigo inclusive.

A usabilidade é excelente, rápida, fluída e confortável. Não julgamos nada disso motivos para que você queira usar o Tizen no lugar da soluções Apple TV e Android TV. Não se iluda.

ACESSÓRIOS, CONTROLES E CONECTIVIDADE

Como outros televisores da Samsung, a The Frame está atrelada a um acessório incluso para que você conecte USB, HDMI e outras coisas na sua TV. Falamos do One-Connect.

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A idéia é que haja uma estante aqui embaixo para você muquifar, socar, enfiar, ocultar essa porcaria de cabos que normalmente se conecta numa TV.

O One-Connect, peça obrigatória para que você use praticamente qualquer Smart TV Samsung que tem sido lançada, faz a idéia de acumular tudo isso num local longe da The Frame. Você acumula aqui os cabos e tudo mais, e manda para a The Frame apenas um cabo, discreto e fino.

Instale a The Frame sobre uma tomada, e pronto. Ela não tem cabos expostos, e o único cabo que vem do One-Connect é transparente, um cabo óptico invisível. O problema é que esse cabo fantasma é um acessório adicional de R$ 899; se você não quiser o cabo óptico, pode usar o cabo comum que acompanha o One-Connect na caixa da The Frame.

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Você pôde notar que a parte mais questionável do televisor é seu KIT de acessórios. Essa moldura aqui, fundamental para o efeito quadro da The Frame, é opcional. Ela acompanha alguns bundles promocionais com a The Frame, mas fora disso custa R$ 899,00 (tanto faz a cor escura, branca ou clara).

Olhem ela sem a moldura. remove a moldura da TV Não faz sentido algum existir a venda da The Frame sem isso.

Como TV-quadro, faz sentido que você instale a The Frame na parede; caso você não queira, pequenos pés tradicionais de TV acompanham na embalagem.

Porém você pode colocá-la num cavalete (como quadros em ateliês), e ter o resultado que você viu aqui em nossa sala de testes do Canaltech. Essa peça oculta os fios na perna traseira do cavalete, e deixa ela "exposta" como obra.

Problema: esse cavalete se chama "base Studio" e custa R$ 2.749,00 no Brasil (e abusivos US$ 599 no exterior). Não é o custo Brasil apenas, é a loucura da Samsung de cobrar caríssimo em todos os locais do mundo por um tripé de metal. R$ 2.749,00 pelo raio de um TRIPÉ.

Deve ser porquê quem compra o tripé de quase 3 mil reais não vai precisar do cabo óptico invisível opcional.

Infelizmente, a TV "obra de arte" traz um controle comum para fazer par com ela. Nada demais: direcionais e comandos básicos, sem direito a touch e/ou acabamento em metal. Os botões tem aspecto metalizado, mas o controle tem aquele toque plástico mesmo. Imaginamos que o controle deveria seguir o "naipe" da TV, não é mesmo? Afinal, a Samsung inclui em outras TVs da sua linha controles bem mais premium que esse.

FAZ SENTIDO?

Essa TV não é para qualquer ambiente. Essa TV não é para qualquer bolso. Ela tem uma proposta única, e a cumpre muito bem. Se você tem grana para comprar um objeto que une arte e tecnologia e procura requinte em sua sala ou escritório, aí sim vale o investimento.