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Samsung Galaxy S9+ [Análise / Review]

Por André Fogaça | 27 de Março de 2018 às 11h05

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Samsung Galaxy S9+ [Análise / Review]
Galaxy S9 Plus

No final desta análise você encontra os links para comprar o Galaxy S9+. Selecionamos as lojas mais confiáveis da internet para você garantir o seu novo smartphone.

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Depois de um ano de S8, a Samsung apresentou o Galaxy S9 com hardware melhor em poucos pontos, prometendo revolucionar a câmera. Eu passei mais de uma semana com o S9 Plus como meu único smartphone.

Depois disso, depois de viver com o aparelho até mesmo fora do Brasil, dá pra ter uma ideia se ele realmente consegue ter uma câmera revolucionária.

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Vem comigo que eu te conto minha experiência...

Começando pelo lado de fora, quase que nada muda. O S9 Plus continua com a cara sóbria que fez sucesso na geração anterior. Ele tem o mesmo formato e proporção de tela, não utiliza o notch que chamou atenção na MWC de 2018. Mudou pouco, perdendo um milímetro de altura...o que é literalmente imperceptível.

Perder altura significa que a tela ocupa ainda mais da frente do aparelho. Mas a diferença também é pequena. No S8 Plus eram 84% da frente e agora são… 84,2%.

Outra coisa que mudou é o local do leitor de impressões digitais. Ele está agora para baixo da câmera, não mais do lado. Não é mais necessário deixar o dedo mais pra cima. Assim o leitor fica mais acessível. Exatamente onde ele deveria estar desde o S8. Ainda está muito colado com a lente da câmera, mas em uma posição muito mais confortável.

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A certificação IP68 continua por aqui e duas mudanças aparecem. As bordas não são mais tão confortáveis nas mãos. A mudança do metal da lateral com o vidro está mais perceptível, lembrando bastante o que os Galaxy Note sempre fizeram. Fica quase que um degrau. A segunda é que a grelha do alto-falante não é mais uma grelha. Ela é agora uma abertura.

E ele é estéreo. Além de ser mais alto, agora os dois falantes do S9+ trabalham juntos e entregam som estéreo. E seu fone de ouvido com ponta de 3.5 milímetros e pode ser utilizado nos novos S9. Sem problemas.

E falando sobre o som que agora sai da frente do smartphone... vamos à tela. Não é de hoje que a Samsung tem a melhor tela para quem prefere display AMOLED. A melhor saturação exagerada no tom correto, o melhor ângulo de visão muito generoso, o melhor contraste quase que infinito.

O S8 Plus já tinha tudo isso e o S9 apenas continua. Ainda há o mesmo suporte para HDR e isso funciona em conteúdo de apps feito assim, como no Netflix ou Youtube.

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Se você gosta de telas AMOLED, como nós, o S9 tem a melhor do mercado. Melhor até do que o iPhone X. Agora, se você prefere o IPS LCD, então este não é seu próximo smartphone.

Tem um lado negativo, ou quase isso. O S9+ também é sensível ao toque com pressão, mas a área útil para este recurso continua apenas no fim da tela, pra baixo do celular. Só lá, nada de tela inteira como os iPhones.

Uma coisa que continua por aqui, é o botão lateral para a Bixby. Felizmente agora você pode desligar a função. Ainda não é algo tão incrível como fazer o botão abrir outro app, mas estamos chegando lá.

Por dentro

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Nas especificações, há uma grande novidade para a linha S da Samsung. O S9+ volta com a linha de Snapdragon e no Brasil você terá um Snapdragon 845, 6 GB de memória RAM e opções entre 64 GB, 128 GB e 256 GB de espaço interno. O Android vem na versão Oreo já de fábrica.

  • Snapdragon 845
  • Octa-core até 2.7 GHz
  • 6 GB de RAM
  • 64 GB / 128 GB / 256 GB
  • GPU Adreno 630
  • Dual chip

E, como vocês já estão acostumados, seguem alguns resultados promissores em benchmarks que fizemos por aqui.

Se você já viu nossa análise de qualquer topo de linha de 2017 ou 2018, sabe o que vai encontrar aqui. Há poder de sobra para qualquer coisa. Seja um app pesado, muitos apps ao mesmo tempo ou então um game mais intenso.

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Tudo roda com facilidade, independente da quantidade de apps no fundo. Em software temos basicamente a mesma coisa que já estava no S8. A Samsung Experience vem de fábrica na versão 9.0 e ainda esbarra em alguns pontos negativos.

Há, por exemplo, alguns aplicativos duplicados. Há dois navegadores (Chrome e o navegador nativo da Samsung), duas galerias de fotos (Google Fotos e galeria da Samsung), dois apps para e-mail (Gmail e cliente de e-mails da Samsung) e duas lojas de aplicativos (Play Store e Galaxy Apps).

Outros pontos são mais positivos, como a facilidade com que o software roda e a nova versão da Bixby. Agora ela consegue traduzir texto em tempo real e te mostra a quantidade de calorias de uma comida.

A unidade que recebemos para review é europeia, onde você encontra esta função de comida. No Brasil, infelizmente, a Samsung comentou que não tem previsão de liberar o recurso.

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A assistente está crescendo, mas ainda é inferior ao próprio Google Assistente, que já está instalado no S9 (e corrobora para a lista de funções duplicadas). Ele é mais inteligente, mais proativo e, sinceramente, há outros apps para algumas novidades. Por exemplo a tradução de textos pela câmera, que é feita pelo Google Tradutor faz tempo.

Por fim, a Samsung mudou a forma como reconhece o usuário. Ela continua com reconhecimento facial e de íris, mas agora consegue unir ambos para ter uma idea de qual deles é o mais veloz em certo momento. Funciona assim: quando você tenta desbloquear com ambos os reconhecimentos ativados, o smartphone entende se há luz o suficiente para o reconhecimento facial. Se não existir, ele ilumina com infravermelho e vai para o de íris.

Tudo acontece de forma clara, com ícone na tela bloqueada dizendo qual das formas você está utilizando no momento.

É claro que a forma mais segura ainda é a leitura por impressões digitais, que não depende de luz, de ambiente ou qualquer outra coisa. É desbloquear o smartphone no caminho do bolso para os olhos. Mais rápido e seguro.

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Bateria

E com tamanho poder de fogo, a bateria certamente sofreria. Certo? Errou!

A própria Qualcomm garante que o Snapdragon 845 é mais potente do que o 835, que equipava o S8, consumindo até 30% menos energia. A quantidade de carga do S9 Plus é a mesma que o S8 Plus. Mas, no cotidiano, não notei 30% mais tempo de vida com o celular em mãos. Sempre consegui mais de 6 horas de tela em um dia inteiro de uso. Chegando em casa de noite e com mais ou menos 20% de energia sobrando.

Não é ruim, pensando que o 845 realmente é mais potente e o consumo aparentemente está igual.

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Testamos então a reprodução de um vídeo do YouTube no próprio app do YouTube, com brilho no máximo e apenas via Wi-Fi. O S9 Plus registrou descarga média de algo perto de 13% por hora. Por comparação, o mesmo teste no S8 Plus marcou 12% por hora.

Câmeras

Ok, chegamos exatamente à parte maior e mais importante deste review. É onde a Samsung promete maior mudança: a câmera. Eu passei uma semana inteira em Nova York cobrindo um evento para o Canaltech e quase que todas as fotos que utilizei nesta análise foram da viagem. Foram fotos de noite, de dia, com sol, chuva e até neve. Foi o melhor cenário possível.

A maior novidade deste aparelho é a abertura variável na lente traseira, além da adição de uma segunda câmera para o Galaxy S9 Plus. O que, até então, era exclusivo do Galaxy Note 8. Isso significa que você trabalha com abertura f/2.4 ou f/1.5. O próprio smartphone determina quando é o melhor momento para cada uma das opções. E funciona.

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As imagens com boas condições de luz continuam tão impressionantes quanto o que existe no Galaxy S8. Sempre há detalhes bem representados, cores que saltam aos olhos e contraste dinâmico lidando bem com praticamente qualquer situação.

Fotos em condições mais escuras tiram proveito da abertura maior, a f/1.5 e conseguem baixar a ISO e também o tempo de exposição do obturador. Em todas as fotos noturnas, a ISO quase nunca ficou acima de 320 (com máximos registrados em ISO 500). O resultado é que há raríssimo ruído na imagem. A quantidade extra de luz permite que até mesmo a silhueta de prédios fique visível em um cenário totalmente noturno, iluminado apenas pela luz da rua.

Como disse antes, a abertura é variável e o app de foto faz o trabalho pra você. Não há meio termo entre f/1.5 e f/2.4.

A única forma de mudar manualmente a abertura é colocando no modo Pro e tocando em uma área do app. Mas, sinceramente, não encontrei qualquer motivo para uma foto descompromissada passar por lá. O resultado do modo automático me cativou tanto que não pensei em trocar em momento algum.

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As duas lentes na traseira servem para exatamente a mesma coisa que no Note 8. Há zoom óptico, e outra função é de fundo desfocado, que funciona com os mesmos resultados do Note 8.

Além deste modo retrato, a câmera frontal de ambos os S9 também pode fazer modo retrato. Os resultados tendem ao muito bom, com raros momentos onde o corte do que é focado e o que deve ficar fora de foco, fica ruim. O único porém é que este modo, que trabalha exclusivamente via software, é lento. São segundos de processamento, algo que o Pixel 2 faz de forma instantânea e o pós-processamento é feito todo em background.

Finalizando, a câmera traseira agora faz vídeos em 4K com 60 quadros por segundo. Mas a maior e mais bacana novidade está na câmera lenta em 960 quadros por segundo.

Ela funciona ao capturar 0,2 segundo e transforma este curto espaço de tempo em um clipe de seis segundos. Infelizmente a qualidade do vídeo cai bastante e a resolução máxima é de 720p. Outro ponto que precisa ser levado em conta é que, geralmente, se você faz este tipo de clipe com luz de LED por volta, acaba com um estrobo no lugar da iluminação.

O limitador de tempo tem apenas um culpado: o processamento. Mesmo sendo muito poderoso, o Snapdragon 845 não consegue lidar com tantas imagens ao mesmo tempo. Muito menos é capaz de escrever na memória interna tantas fotos por segundo. Para resolver isso a Samsung colocou memória RAM dedicada para a câmera, que supre a falta de poder de fogo.

Funciona, mas você precisa ser ninja pra capturar a cena. Ela pode ser capturada de forma manual ao tocar no ícone acima do REC da câmera. Ou então automática, colocando um quadrado onde você acredita que a cena acontecerá e o app faz o trabalho de ligar a câmera lenta exatamente quando alguma coisa rápida passar por lá.

Ah, claro, a Samsung também criou seu próprio animoji, chamado de Emoji AR. Ele é muito mais parecido com um Buddy Poke, aquele boneco virtual que existia no Orkut, do que com o Animoji que a Apple criou. Além da diferença estética, o que está longe de ser ruim, o tracking é feito de forma muito inferior ao que outros apps fazem. Há erros constantes principalmente na leitura da boca do usuário. Resultando em tremedeiras que, diferente de sua concorrente com seus Animojis, são bem irritantes e quebram a mágica.

A parte que a Samsung realmente acertou é que, depois de terminar a captura do seu Emoji AR, o app cria vários GIFs animados que podem ser enviados para qualquer lugar que suporte GIFs animados. Literalmente para qualquer messenger, whatsapp ou telegram da vida.

VALE A PENA?

O Galaxy S9 Plus, assim como o S9 normal, é um retoque de leve no que deu certo no S8. Ele resolveu o problema do leitor de impressões digitais no pior local possível, deu mais fôlego para o processamento e colocou mais memória RAM na versão Plus. A câmera dupla finalmente chegou aos aparelhos da linha S e a abertura variável vai garantir boas fotos em mais momentos do modo automático.

A Samsung deu retoques na câmera, mas ainda não é algo revolucionário, como disse a própria empresa durante o lançamento do aparelho. Ela não reinventou a câmera, apenas deixou a ótima câmera do S8 ainda melhor para fotos noturnas.

Em hardware e software, não há nada aqui que um S8 não faça muito bem.

Eu ainda não consigo recomendar um S9 Plus para quem tem um S8 Plus. Se você está em alguma geração antes do S8, vale o investimento. E vale também para quem quer sempre o melhor do Android, sem pensar no preço alto que este pensamento tem.

E ai, você concorda com os pontos? Já tem um S9 Plus? Coloque aqui na área dos comentários!

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