Samsung GALAXY M20 e seus 5.000 mAh de bateria [Análise / Review]
Por Wellington Arruda | 02 de Maio de 2019 às 13h10
O “novo padrão” são smartphones com telas grandes e corpo menor, certo? A Samsung tem feito isso com os seus celulares, e a linha Galaxy M, focada no público jovem, traz isso no seu DNA.
Ele é o irmão do meio, também com corpo em plástico e tela de 6,3” de bordas menores – mas, claro, um pouquinho maiores na parte inferior. São 186g* com acabamento arredondado e com leitor biométrico numa posição menos prática. Mas ele é rápido e eficaz, e pode ser usado para rolar a Central de Notificações.
Ele ainda conta com a entrada P2 para fones, porta USB-C, saída de som e microfone principal na parte inferior, além das entradas individuais para dois chips nano e um microSD (até 512 GB).
A parte frontal talvez chame mais atenção do que o acabamento liso da traseira. Ele tem uma tela de 6,3” PLS (IPS LCD) Full HD+*, o que talvez tenha resultado nisto: ela é um pouquinho mais saltada do que a tela do M30, que é Super AMOLED.
Assim como no M30, o M20 usa o “Virtual Light Sensing”, que traduzindo significa “não há nenhum sensor de luz de verdade”. Assim, a função de brilho automático leva mais alguns segundos para funcionar, além de se confundir na troca de ambiente.
A tela do M20 traz o novo formato Infinity-V para o notch e reflete cores vibrantes e níveis altos de brilho, mas abaixo do M30. O contraste também é forte, logo você enxerga cores intensas e tons escuros profundos. É claro que isto não é nada como um AMOLED.
Essa tela grande pode ser bem aproveitada por quem consome muito conteúdo pelo celular. Inclusive, o aparelho conta com suporte ao Dolby Atmos, que deixa o som mais imersivo e numa faixa agradável de reprodução.
Ela também mantém bons ângulos de visão, concordamos, embora a tonalidade normalmente seja jogada para níveis azulados, o que fica mais notável exatamente com ele angulado. Ah, e não há como compensar ou calibrar as cores manualmente.
O M20 tem desempenho próximo do M30. A navegação, por exemplo, na maior parte do tempo é bem fluida e os aplicativos são iniciados rapidamente. Para quem usa mais redes sociais, apps de streaming de música ou vídeo e outros mais casuais, o celular definitivamente não desaponta.
Por outro lado, ele apresentou atrasos e lags com dois apps rodando ao mesmo tempo, ou então para alternar entre eles. Outros dois pontos de lag estão ao ligar a tela do aparelho ou iniciando a câmera depois de um tempo de repouso. Esses fenômenos são bem menos frequentes no M30.
Com jogos como Injustice 2 ou PUBG, o celular consegue ter uma performance mediana e, em determinados momentos, apresenta lags e redução na taxa de de quadros. O ideal é apostar em títulos menos intensos, mas ele tem potência suficiente para aguentar jogatinas.
O hardware é alimentado pelo chip Exynos 7904 octa-core com 3 GB de RAM e 32 GB de memória (neste modelo). Ele foi lançado com Android 8.1 Oreo (Samsung Experience 9.5), o que certamente não é tão agradável, já que o Android 9 traz a nova One UI.
Ok, câmeras, agora. O sensor principal tem 13 MP (f/1.9 - 31mm - PDAF) e o secundário 5 MP (f/2.2), com campo de visão de 120 graus. As imagens têm detalhes preservados e nitidez, mas tudo num padrão intermediário. Assim, você ainda presencia ruídos nas cenas e, claro, nos contornos com a lente de ângulo aberto.
Com o HDR você sente tonalidades mais realçadas, já que as cores no modo automático são mais suaves – o que, dependendo da cena, é o ideal. Por outro lado, o HDR dá uma boa ajuda em fotos contra a luz.
O sensor secundário é legal especialmente em locais bem iluminados e abertos. Então, no geral, o principal sensor do M20 está numa média muito boa para sua faixa de preço, enquanto que o secundário ainda peca em baixa luz.
As selfies ficam nas mãos do sensor de 8 MP, que faz imagens detalhadas e com cores preservadas. O modo Live Focus também está num padrão regular, embora o software faça aquela “suavização” de pele, perdendo pequenos detalhes. Se você estiver em locais iluminados, as fotos ficarão boas e com menos áreas granuladas.
Já nos vídeos, o celular tem uma boa preservação de detalhes e o alcance dinâmico não deixa que, por exemplo, os fundos dos cenários fiquem sempre estourados. Mesmo limitado a 1080p com 30fps, gostamos dos resultados, ainda que mais básicos, mesmo sem OIS ou EIS.
O M20 vem com os mesmos 5.000 mAh do M30, garantindo um uso confortável. A nossa média foi de cerca de 16 horas em uso com cerca de 7 horas de tela ligada. Em testes de estresse, o celular marcou -14% por hora, que pode ser resultado da tela LCD. No M30, que traz painel Super AMOLED, a descarga média foi de -7%/hora.
Ele também traz o Carregamento Rápido Adaptativo, que finaliza a carga em cerca de 2h20. Desses 5.000 mAh, 50% são preenchidos em cerca de 1 hora na tomada.
Sendo assim, Galaxy M20 chega como uma boa opção de entrada em relação ao M30. O dispositivo pode agradar o público que quer um smartphone atual e com recursos legais, embora se mantenha nessa categoria.
Ele traz, no conjunto, a câmera de ângulo aberto, bateria duradoura e expansão via microSD; no outro lado da moeda, ele pode ficar para trás de competidores no quesito desempenho e foi lançado com Android Oreo.
Especificações
- Corpo, dimensões e peso: traseira e laterais em plástico unibody; 156.4x74.5x8.8mm, 186g
- Tela: 6,3” PLS TFT (IPS) - 19.5:9 - 2340 x 1080p (409ppi)
- Chipset: Exynos 7904 octa-core (7884, na verdade, porém com clock reduzido) de até 1,77 GHz (14nm)
- Memória/RAM: 32 GB (~24 GB livres) + 3 GB de RAM
- Software: Android 8.1 Oreo - Samsung Experience 9.5
- Sensores: acelerômetro, impressão digital, giroscópio, geo magnético, proximidade e… “Virtual Light Sensing”... que não é um sensor de luminosidade, mas sim um TRUQUE
*A VERSÃO QUE TESTAMOS DO GALAXY M20 É A INTERNACIONAL. A BRASILEIRA TEM DIFERENÇAS EM ALGUMAS ESPECIFICAÇÕES
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