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Quantum Sky [Análise / Review]

Por Redação | 21 de Setembro de 2017 às 11h00

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Quantum Sky [Análise / Review]
Quantum Sky

A Quantum é uma das raras empresas brasileiras que conseguem alguma atenção no mundo de smartphones. O Quantum Sky é seu mais recente intermediário simples, entrando no time que já conta com GO2, MUV UP, YOU e tantos outros. Ele tem cara mais requintada e abusa de bons números nas especificações.

Algo que lembra smartphones chineses baratos. Até que ponto? É o que eu te explico nesta análise!

INTERMEDIÁRIO COM CARA DE GENTE GRANDE

Quando você olha para o Quantum Sky pela primeira vez, nota de cara que ele não lembra um smartphone tradicional mais simples, um intermediário de baixo custo. O corpo é feito em metal no meio e plástico nas pontas da traseira - afinal de contas, ele precisa disso para que as antenas funcionem. Para esconder a parte plástica, a mesma cor do metal está nela e há ainda duas linhas de metal e que brilham com facilidade.

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No lado estético, o Sky é um misto de outros visuais que você já viu por ai. A frente lembra bastante o topo de um iPhone e o leitor de impressões digitais dos novos Moto Z e Moto G. A parte inferior, onde está o alto-falante, lembra muito um iPhone e segue até mesmo este design na entrada Micro-USB. Que lembra bastante a moldura mais arredondada de um USB-C, não é? Mas….não, ele não vem com este tipo de cabo.

A traseira lembra muito os HTC One e...todo o conjunto tem semelhança incrível com o BLU Vivo 8 e o Gionee A1.

Deixando as proximidades de design de lado, o Quantum Sky tem pegada confortável, pesa pouca coisa além de 180 gramas e é fino o suficiente para ficar em um bolso sem marcar muito. Um detalhe que chamou bastante atenção está no botão de liga/desliga.

O visual chanfrado das bordas dele é em um tom que lembra algo entre ouro rosé e cobre. Um detalhe pequeno, mas que dá um pouco de identidade visual que apenas este modelo tem.

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TELA DENTRO DO ESPERADO

A maioria dos intermediários de hoje já sabe como lidar com boas imagens. O Quantum Sky não escapa desta boa lista e seu painel IPS de 5.5 polegadas, com resolução Full HD, lida muito bem com cores, sem exagerar muito na saturação e exibe até mesmo grandes ângulos sem aberração cromática visível.

Como parte do que existe nos processadores MediaTek, o Sky permite alterar as configurações de temperatura de cor na tela, em uma tecnologia chamada de MiraVision. Encaixa bem em quem preferir tonalidades mais intensas de telas AMOLED ou até aumentar o contraste dinâmico, simulando o HDR que está apenas em celulares mais caros. Mas que estaria travado no que entrega o LCD tradicional. É só ajustar, com liberdade até mesmo as cores manualmente e deixar ao seu gosto.

ESPECIFICAÇÕES

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Intermediário pomposo, com bons números. Coisa que lembra chineses baratos, mas que está no Quantum Sky. Ele vem com processador Helio P10 octa-core, 64 GB de memória interna, 4 GB de memória RAM e Android Nougat controlando tudo.

  • Processador Helio P10
  • Octa-core de até 2 GHz
  • 64 GB (~54 GB livre) / 6 GB RAM
  • GPU Mali-T860
  • Android 7.0

Para vocês, amantes de testes frios e benchmarks, seguem resultados que conseguimos por aqui.

ACERTOS E ERROS NO DESEMPENHO

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A Quantum acertou ao trazer bastante memória RAM e interna, dando mais fôlego para que o processador possa trabalhar mais livre. Principalmente por ser um modelo lançado no final de 2015, dois anos antes do lançamento do Quantum Sky. O Helio P10 é já não é o processador mais recente dentro da linha de intermediários mais simples, com o P25 com menos tempo de vida e melhor desempenho, junto de melhorias na eficiência energética.

Ok, parece desesperador, mas não é tanto assim. Nos testes que fizemos, o Sky manteve fluidez do sistema mesmo com muitos apps abertos no fundo.

Trunfo, como já disse antes, da memória RAM pomposa e que, nesta quantidade, aparece apenas lá nos aparelhos mais caros.

Em jogos o Sky também não faz feio, mas perde para concorrentes próximos. Testamos o Asphalt Xtreme, que rodou bem até mesmo com os gráficos no máximo. Passamos para o pesado Breakneck e ele engasgou. A taxa de quadros por segundo cai e não fica acima de 30 fps em momento algum.

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Ok, passando para um game menos intenso, o Mario Run rodou com tanta facilidade quanto o Asphalt Xtreme. Gráficos intensos, detalhes para todos os lados e nenhuma queda na qualidade.

Olhando agora para o sistema operacional, temos ótimo ponto positivo. A Quantum manteve o visual mais próximo possível do Android puro, ao não alterar a posição dos ícones, cores dos menus e nem mesmo a área de notificações. As mudanças ficam apenas no visual de alguns ícones, como o de câmera e telefone, que foram alterados.

Junte isso com a baixíssima quantidade de bloatwares, com apenas um ponto que pode ser pouco aproveitado por muitos: DashCam. Este app é feito para que você filme o que acontece na frente do carro, com o celular preso no para-brisa. Se você não tem carro ou se usa o Waze, quando o smartphone está no para-brisa, este app ficará no limbo de soluções não utilizadas.

Há também outro, chamado de Quantum+. Ele dá acesso ao site da comunidade de usuários e da empresa, local onde a marca faz anúncios e libera novidades que vão direto para quem tem um Quantum. De resto, temos o pacote do Google com aplicativos como Chrome, YouTube, Gmail, Google Maps e Google Fotos.

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Bastante limpo, ótimo para aproveitar bem os 64 GB de memória.

CÂMERAS

O Quantum Sky vem com câmera traseira de 13 megapixels, com abertura de f/2.0. Ela é exatamente o que você espera de um aparelho que não é dos mais caros. O sensor é capaz de registrar boas imagens em condições de luz favoráveis. Cores aparecem sem problemas e o contraste dinâmico trabalha bem. O problema é quando você liga o HDR. O resultado tende a deixar imagens apenas com mais brilho e te faz segurar o smartphone, com respiração travada, por algo entre dois e três segundos.

O que, em alguns momentos, vai resultar em fotos tremidas ou borradas.

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Para fotos noturnas, bem, há granulado. Muito. Granulado. Não fosse o suficiente, o Sky tem problemas em manter o foco de noite. Algumas fotos que testei, lá na paulista, pareciam focadas. Tirei do celular e….deu nisso.

Finalizando, a câmera para selfies tem 16 megapixels e a mesma abertura da traseira. Há um modo de embelezamento que a Quantum jura ter refinado para rostos brasileiros. O resultado é bem….asiático. Olhos grandes, rosto liso e meio corado. Pouco ou nada brasileiro.

BATERIA

Se a Quantum economizou no processador ao escolher um modelo lançado em 2015, na bateria a empresa curitibana abusou e entrega 4.010mAh de capacidade. Infelizmente o Helio P10 não sabe lidar com mAh e gasta bastante toda a carga extra que tem. No nosso teste de reprodução de vídeo do YouTube em Full HD e com o brilho no máximo, o Quantum Sky registrou descarga média de 18,5% por hora. Média superior ao registrado em outros smartphones semelhantes, como o Moto G5S

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Além disso, o Sky gosta de esquentar bastante o corpo do aparelho. Durante a reprodução de vídeo, longe de fontes de calor, não foi difícil passar dos 34 graus. E nós bem sabemos o risco que é ter um smartphone esquentando e a bateria tão ali. Perto.

VALE A PENA?

O Sky é a aposta mais recente da Quantum em um mercado quase que morto de smartphones criados por aqui mesmo. Ele tem semelhança incrível com dois aparelhos chineses, mas faz bem o papel de entregar bastante memória interna e RAM, que ajudam no desempenho geral.

Peca ao escolher um processador lançado dois anos antes do próprio Sky, peca por não ter aquele prometido tempero tupiniquim na câmera frontal e peca no preço. Por R$ 1.349, você encontra no mercado opções como Moto G5S Plus custando menos, ou o Galaxy J5 Pro, também custando menos e entregando mais. Ou mesmo o LG Q6 Plus, com sua tela enorme.

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Levando em conta estes pontos, é bacana ver que a Quantum está crescendo e criando bons lançamentos no Brasil. Mas é triste ver que ainda não é o momento para olhar melhor para o mercado nacional. O Fly fez maior sucesso, o Go também. Infelizmente o Sky é apenas mediano e mais perde para concorrentes, do que ganha.

Mas, e aí? Concordam? Discordam? Coloquem aqui na parte dos comentários.

Até a próxima.