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OnePlus 6T ainda é uma ótima opção em 2019 [Análise / Review]

Por Wellington Arruda | 09 de Abril de 2019 às 12h13

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OnePlus 6T ainda é uma ótima opção em 2019 [Análise / Review]

A OnePlus já deixou bastante claro que o principal mote dos seus smartphones é a velocidade. Tanto que o OnePlus 6T ganhou uma versão McLaren com 10 GB de RAM e carregador de 30W. Mas, além disso, a companhia também tenta manter preços mais acessíveis em relação aos tops de linha do mercado.

Neste modelo aqui do OnePlus 6T, nós encontramos hardware forte com Snapdragon 845 (até 2.8GHz - 10nm), 8 GB de RAM e 128 GB de memória. Mas, mesmo sendo uma evolução do OP6, ele deixou várias coisas de fora, como a entrada P2 para fones ou o LED de notificações, já que o notch foi reduzido – comparando-o com o do modelo anterior.

E, claro, o OP6T também não traz características extras de smartphones mais caros exatamente por esse motivo: se houvesse certificação IP68 ou carregamento por indução, seu preço seria impactado. Isso não tem nada a ver com o consumidor, embora tenha sido uma das escolhas da companhia para que os valores começassem em US$ 549.

Como já falamos, o notch dele ficou menor e em forma de “gota”, abrigando apenas a câmera frontal. Ele é um smartphone grande, com vidro nos dois lados (Gorilla Glass 5 na traseira e 6 na frontal) e metal na moldura. Seu visual é minimalista, existem cores em degradê e todo o acabamento é muito bem feito. A sensação de segurá-lo nas mãos é relativamente desconfortável pelo tamanho, mas remete facilmente a um dispositivo premium.

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O leitor biométrico também saiu da traseira e passou para a tela. Ele vai ficando “melhor” de acordo com o uso e as informações ficam armazenadas em uma “Área Segura” no chipset do aparelho. Ele está numa área limitada e tende a ser rápido, mas nada como na geração anterior.

Mas, bem, o OP6T ainda traz display AMOLED de 6,41” (6.24”, considerando os cantos arredondados e o notch) com resolução de 2430 x 1080p, com suporte aos padrões sRGB e DCI-P3. Ele também conta com modos adaptativo, de leitura (super útil) e noturno. Nós optamos pelo padrão DCI-P3 na maior parte do tempo por ser o menos saturado da lista.

E sobre o notch/entalhe: novamente não há como fingir que ele não está ali. Você até pode escondê-lo nas ‘Configurações’, mas ainda assim a proporção das partes superior e inferior fica diferente.

Mas, claro, a tela do OnePlus 6T é muito boa e vai proporcionar experiência confortável. A resolução 1080p não é um problema, tendo em vista o consumo frequente de conteúdo, logo você se vê atrelado a uma tela bacana, mas que não é a melhor, é claro.

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O ponto menos empolgante em termos de multimídia seria a saída de som que é mono e pode ser facilmente abafada. Ela é barulhenta, mas ainda no mesmo nível do OP6, onde níveis altos causam distorções claras e não há compensação notável.

Na data de fechamento desta análise, o OnePlus 6T roda o Android 9 Pie com a OxygenOS 9.0 instalada. Essa interface é bacana para quem prefere o Android com menos alterações, tendo em vista que o volume aqui é menor:

  • Existem gestos para navegação, algo ainda não padronizado no Android;
  • Também temos gestos rápidos bem úteis;
  • O “Deslizador de alerta” continua sendo muito, muito funcional.

E, claro, esse smartphone é bem rápido. Na análise do OnePlus 6 nós já falamos algo semelhante: a navegação no sistema é muito rápida, os aplicativos abrem e fecham rapidamente, a multitarefa segura um bom número de aplicativos abertos e, claro, os joguinhos (pesados, também) funcionam de modo muito satisfatório.

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Neste caso, espere por desempenho veloz, uso confortável e animações fluidas e rápidas. Em conjunto, temos 3.700 mAh de bateria, ou 400 mAh a mais comparando-o com o OP6. O seu carregador (Dash Charge, 20W) também tem um belo desempenho, carregando cerca de 50% em 30 minutos. A carga completa acontece em aprox. 1h30.

Sobre o desempenho com conteúdo multimídia online, a descarga média em nossos testes de estresse foi de -7% por hora. No OP6, ela foi de -10% nos mesmos testes. Na autonomia, aí sim o aparelho se destaca em relação a geração anterior, oferecendo ainda mais conforto na hora de passar um dia inteiro com ele funcionando. Usuários mais ativos certamente podem se beneficiar disto.

Por outro lado, a qualidade de câmera do OnePlus 6T não ficou muito acima do OnePlus 6. O sensor principal tem 16 MP (f/1.7) com PDAF, OIS, EIS; o secundário tem 20 MP (f/1.7) com zoom óptico de 2X; e por fim a frontal tem 16 MP (f/2.0) com EIS. Todos os três sensores são da Sony.

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A OnePlus melhorou bastante a qualidade de imagem nos últimos anos dos seus celulares, como no OnePlus 6. No 6T, notamos mais solidez no controle de exposição, cores equilibradas e um bom nível de nitidez. Tanto no sensor principal quanto no telefoto, os cliques podem ser muito bons, até mesmo quando a câmera está contra a luz.

As principais mudanças em relação ao OP6 ficam no software. Há também um novo modo noturno que aumenta o tempo de exposição para capturar mais luz em condições onde ela não está tão presente, mas isto pode resultar em imagens com alto nível de ruído e menos nitidez.

Mas, durante o dia, ou em locais bem iluminados, o OP6T ainda registra imagens com bons detalhes, cores precisas e um modo retrato “mais realista”, sem exagerar nas cores ou no desfoque de fundo. Entenda, porém, que assim como em qualquer outro dispositivo atual, esse modo ainda apresenta imperfeições.

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Nós também curtimos as selfies capturadas por ele. A exposição é balanceada, os fundos super iluminados não ficam “estourados” e o HDR funciona bem, mas não tão bem quanto acontece nas câmeras traseiras.

A propósito, nós também curtimos fazer vídeos com o OnePlus 6T. Ele pode gravar em 4K com 30/60fps, traz OIS, tem um controle de exposição e coloração muito legal e o foco é muito rápido. Você pode acabar perdendo alguns detalhes nas composições, mas certamente conseguirá registrar bons vídeos com este aparelho.

Sendo assim, considerando todo o conjunto, o OP6T pode sim ser um bom smartphone também em 2019, tendo em vista que outras fabricantes ainda adotarão um entalhe de formato similar e que o seu hardware segue de ponta. Ele traz, inclusive, Bluetooth 5.0, NFC e suporte ao LTE Cat.16.

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Por outro lado, essa versão aqui de US$ 579 ainda peca em alguns detalhes, e nós separamos algumas coisas legais e outras nem tão legais assim para ilustrar melhor:

O que tem de legal?

  • Tela grande;
  • Bateria duradoura;
  • Preço mais legal em 2019 e desempenho suave;
  • Visual premium e ergonômico.

O que tem de não tão legal assim?

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  • Sem entrada P2;
  • Câmeras boas, mas não evoluíram em relação ao OP6;
  • Leitor biométrico no display as vezes faz a gente sofrer;
  • Alto-falantes medianos.