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Análise | Motorola Moto G7 Plus

Por Adriano Ponte Abreu | 14 de Fevereiro de 2019 às 10h00

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Análise | Motorola Moto G7 Plus
Moto G7 Plus

Moto G7 Plus (leia-se “plãs”), o modelo mais avançado dos Moto G de 2019. A subcategoria que significava “tela maior” agora quer dizer “nesse aparelho aqui tem tudo melhorado que os outros G da mesma linha”; essa é uma das transformações de realidade que marcam os G7 em 2019.

CONSTRUÇÃO, DISPLAY e MULTIMÍDIA

O Moto G7 Plus sem dúvida une-se aos outros Moto G de 2019 pela sua estética harmônica com o que está presente nos outros aparelhos, diretamente inferiores ao G7 Plus (porém) esteticamente similares.

Sendo mais específico, o Moto G7 Plus é praticamente impossível de ser diferenciado lado-a-lado de um Moto G7 normal, sendo sua câmera secundária ligeiramente maior praticamente a única pista para “num olhar” conseguir distinguir o Plus.

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Seguindo esse mimetismo temos no Plus também a construção baseada em vidro na frente e na traseira, porém deixando o entorno do aparelho reservado para o plástico de acabamento brilhante; se duvida disso, coloque no freezer por dez minutos e sinta a diferença térmica em suas mãos.

Depois da expansão de telas para uma proporção mais comprida com os G6, chegamos aos G7 com aspecto de 19:9, praticamente entregando já no G7 normal uma tela muito grande (tanto por conta do aproveitamento de espaço na frente do aparelho quanto pela “esticada” do display); assim sendo, temos também no G7 PLus uma tela IPS LCD de 6.2” cobrindo mais de 80% da frente do aparelho, rodando em resolução Full HD com ~403 ppi de densidade (com proteção Gorilla Glass).

Também temos no Plus a “gota” no topo do aparelho para abrigar a câmera frontal.

Exatamente como o modelo “normal” do G7 vemos no G7 Plus a tendência da Motorola para 2019 ao “economizar com qualidade” de suas telas, entregando mesmo no melhor modelo da linha um painel LCD com problemas no contraste e cores um ligeiramente lavadas, sendo decepcionante consumir conteúdo que exija algum tipo de capacidade da tela em lidar com “HDR”.

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Cenas totalmente escuras denunciam que não existe “preto” no G7 Plus, apenas “cinza” com uma névoa de retroiluminação branca. Para nós fica visível que o Plus não recebeu diferença alguma em seu display quando comparado ao G7 comum, compartilhando todas suas fraquezas.

Porém nem tudo é apenas uma cópia do G7 normal: o som do Plus conta com duas saídas de áudio, entregando uma experiência em estéreo interessante, exatamente como esperamos para aparelhos intermediários, colocando o áudio integrado do modelo acima do básico para smartphones pequenos, um pequeno degrau acima do que é entregue pela linha Moto G deste ano em música e sons em geral.

Infelizmente um erro do G7 foi mantido no Plus: o alto-falante inferior fica posicionado no apoio horizontal das mãos, logo espere ao jogar que mantenha o local coberto continuamente.

ESPECIFICAÇÕES, USABILIDADE e DESEMPENHO

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Dentro do Moto G7 Plus temos um Chipset Snapdragon 636 que conta com:

  • CPU Octa-core (1.8 GHz Kryo 260)
  • GPU Adreno 509
  • 4 GB RAM
  • microSD + 64 GB ROM

Durante nossos testes a versão do Android era a 9 (pie) com o aplicativo “Moto” pré-instalado para controles por gestos e movimentos do celular, além da ativação da tela para hora/notificações.

Assim como no G7, o “moto voz” está disponível para ler mensagens e anunciar chamadas.

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E como dissemos na análise do Moto G7 normal (e na do G7 Power) temos uma distribuição irregular de recursos pela linha Moto G, deixando o modelo mais potente e mais caro de toda linha (este, o moto G7 Plus) sem todos os recursos que poderia ter, mantendo o suporte à TV digital presente apenas no G7 Power (R$ 500 mais barato que o Plus, se levarmos em conta os valores do lançamento).

Ao menos uma coisa está correta: o G7 Plus é mais poderoso que seus irmãos Power, Play e G7 normal. O Plus está equipado com um conjunto ligeiramente superior em processamento quando comparado a todos os demais G7, e (ainda mais superior) quando comparamos a capacidade de processamento gráfico do G7 Plus para jogos, deixando claro que o aparelho é uma alternativa intermediária ainda mais atualizada que os irmãos menores.

Para usuários avançados que pensam no Snapdragon 660, pensem no Moto G7 Plus como uma versão um pouco menos empolgante do 660, com toda a economia de bateria que esse Snapdragon 636 pode oferecer (sendo talvez o novo “Snapdragon 625” para 2018/2019).

Com o G7 Plus você notará que o PUBG roda com um pouco mais de folga, por exemplo, mas não na qualidade máxima do jogo. Se você busca um intermediário para não passar raiva, o G7 Plus entrega desempenho bem respeitável dentro dessa categoria.

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ENERGIA

O que o modelo “Plus”, o mais poderoso Moto G7 de 2019 tem como diferencial em energia quando comparado a todos seus irmãos?

O carregador incluso na caixa. Pronto, essa é a grande diferença entre o G7 Plus e os demais aparelhos da linha; se não acredita, vamos passar por todos os itens que compõem o Plus em termos de bateria e recarga.

Começando pelo quantidade de energia: temos 3000 mAh, distribuídos pelo chipset da linha 600 que ainda traz como foco o equilíbrio entre potência intermediária e economia de energia. O resultado desse Snapdragon 636 foi superior aos G7 em desempenho, porém sem aumentar consideravelmente a sede por energia (algo raro de acontecer).

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Em nosso teste padrão de descarga por streaming conseguimos consumir 15% da energia do G7 Plus por hora de teste, uma marca que deixa o aparelho exatamente ao lado dos resultados do G7 normal.

Já em nosso teste irreal de descarga forçada o Moto G7 Plus consumiu 30% de sua energia por hora de esforço; em uso mais equilibrado (ativo) que o streaming padrão dos nossos testes, consumimos 16% da bateria por hora em games otimizados como Brawl Stars e afins.

FOTOGRAFIA

Não pense que essa parte da análise do G7 Plus é similar ao que foi apontado nos outros Moto G7. O Plus é diferente e produz fotos muito superiores aos G7 Play, G7 Power e G7 normal.

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Temos nesse aparelho uma câmera principal de 16 MP (f/1.7) com estabilização óptica de imagem, combinada com um sensor secundário de (5 MP) f/2.2 para medição de profundidade. As capturas de vídeo vão até 4k@30fps.

Tudo é diferente no desempenho do G7 Plus em comparação aos outros G7; a entrada de luz maior combinada com a estabilização de imagem produzem fotos com menos iluminação muito melhores, sem ajustes irreais de luminosidade (registrando ambientes internos sem a forte granulação e exposição irreal que acontece nos Moto G7’s inferiores).

O registro de cores também é melhor no G7 Plus, deixando as fotos mais próximas do realismo com bom registro de detalhes, deixando sob controles situações onde o HDR é necessário.

Se você busca fotografia num Moto G7, sem dúvidas procura o desempenho do Plus, perfeitamente capaz de entregar fotos intermediárias equilibradas e sem os problemas dos outros aparelhos da linha.

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Naturalmente temos que citar um detalhe: a câmera secundária do Plus, operando exatamente como o G7 normal. Caso não tenha entendido, significa “uma porcaria”.

Esse sensor para medição de profundidade erra bastante nos recortes para separar alguém de um fundo distante, dando efeitos bizarros de desfoque mal aplicados (além de permitir que você faça montagens hediondas). Não use esse recurso, ignore a presença dele ali.

Indo para a frente do aparelho temos uma câmera de 8 MP (f/2.2), com captura de vídeos em 1080p@30fps. A qualidade das imagens é boa em luz ideal, porém fica consideravelmente pobre em detalhes em qualquer cenário com menos iluminação.

VALE A PENA?

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Caso você tenha pensado em comprar o “melhor Moto G7” de 2019 e imaginou que o G7 Plus seria essa opção, acertou. Com sua câmera competente para um intermediário e processador acima dos outros G7, temos um aparelho que consegue manter o ritmo para esse ano sem engasgos com tarefas intermediárias.

Se ele custasse entre R$ 1200 e R$ 1300, o Moto G7 Plus quase mostra desempenho de câmera acima do normal para o valor pago, além de ser exatamente o desejável para jogos normais e muitas tarefas do dia a dia.

Agora se ele custasse acima de R$ 1500, o Plus deixa de ser uma boa compra e passa a ter um preço “ok”, algo tolerável para suas entregas. Como não possui problemas (apenas conta com as limitações normais de um intermediário), fica à critério do usuário pagar ou não pelo que esse aparelho oferece.

Acima dos R$ 1800, o Moto G7 Plus deixa de ser uma opção. Como intermediário simples esse custo de compra deixa de valer a pena tanto pelo desempenho que não entrega “mais” do que um intermediário pode fazer quanto pela possibilidade do usuário poder pagar este valor em aparelhos com câmeras já superiores ao que o G7 Plus entrega.

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Infelizmente era nessa faixa de preço que o G7 Plus se encaixava em seu lançamento, logo promoções e muita pesquisa por parte do usuário eram (ou são) obrigatoriedade para os interessados no modelo.