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TV dura menos tempo na praia? Saiba o que é mito e o que é real

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

Quem tem casa no litoral já pode ter se perguntado se as TVs realmente duram menos na praia. A resposta não é tão simples quanto parece, pois envolve entender como a maresia, a umidade e a variação de temperatura afetam os aparelhos eletrônicos.

Embora muita gente acredite que qualquer TV “estraga rápido” no litoral, nem tudo é mito — mas também não é verdade que todo televisor está condenado. O que realmente determina a durabilidade é a combinação entre condições ambientais e cuidados de uso.

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Deixar guardado não é a solução

A maresia é uma mistura de ar úmido com micropartículas de sal que se depositam nos componentes metálicos. Com o tempo, isso acelera processos de oxidação, especialmente em contatos elétricos, parafusos e placas internas. Essa corrosão não ocorre da noite para o dia, mas é cumulativa: quanto mais tempo exposta ao ambiente litorâneo, maior o risco de desgaste prematuro.

No entanto, isso não significa que uma TV comum não possa ser usada na praia. Muitas pessoas acreditam que apenas o sal é o vilão, mas a umidade alta é um fator tão relevante quanto. Em ambientes litorâneos fechados, como apartamentos vazios fora da temporada, a umidade pode ficar acima de 80%, favorecendo o acúmulo de mofo e a oxidação de circuitos.

Por isso, um erro comum é deixar a TV desconectada e guardada por meses, imaginando que isso preserva o aparelho. Na verdade, esse hábito pode ser prejudicial: o eletrodoméstico parado absorve mais umidade do ar, o que aumenta o risco de danos internos.

Ar-condicionado não é milagroso

Outro mito frequente é a ideia de que televisores de marcas específicas aguentam melhor a maresia. Na prática, nenhuma TV convencional é projetada exclusivamente para ambientes com alta salinidade.

O que existe são modelos profissionais (usados em quiosques, fachadas e decks) que vêm com proteção reforçada, vedação contra poeira e certificações IP, mas esses produtos são caros e raros de ver no varejo comum. As TVs domésticas tradicionais têm bom desempenho, mas não são resistentes à corrosão salina.

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Também há quem diga que o ar-condicionado resolve o problema sozinho. Embora o equipamento ajude a controlar umidade e temperatura, ele não elimina o sal do ar.

Além disso, muitos usuários deixam o aparelho desligado quando não estão no imóvel, justamente quando a maresia age com mais intensidade. Portanto, o ar-condicionado é um aliado, mas não uma solução definitiva.

Cuidados básicos são suficientes

Se é verdade que a maresia contribui para a redução da vida útil, também é verdade que muitos danos podem ser prevenidos com medidas simples. Manter o ambiente ventilado regularmente, usar desumidificadores (elétricos ou de sílica) e limpar a parte externa da TV com pano seco ajudam a retardar a corrosão.

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Outra dica útil é ligar a TV periodicamente, mesmo quando o imóvel fica fechado por longos períodos. O calor gerado pelos componentes internos ajuda a expulsar parte da umidade acumulada.

A instalação também faz diferença. Evitar posicionar a TV próxima a janelas, portas e locais com incidência direta de vento marinho reduz a exposição ao sal. Suportes e painéis de madeira podem criar um microambiente mais protegido, desde que haja circulação mínima de ar.

Para quem passa longos períodos longe do litoral, uma boa prática é guardar o televisor em capas protetoras antiumidade, preferencialmente combinadas com produtos absorventes de umidade dentro do móvel. No fim das contas, é real que uma TV pode durar menos tempo na praia se não houver cuidados específicos — mas é mito que ela vai quebrar rapidamente ou que isso dependa apenas da proximidade do mar.

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Com boas práticas de conservação, muitos aparelhos funcionam por anos no litoral sem apresentar falhas prematuras. A durabilidade está menos ligada ao local e mais ao uso consciente e à prevenção.

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