OLED ou Mini LED RGB: qual tecnologia é melhor na tela de uma TV?
Por André Leonardo • Editado por Léo Müller |

O mercado das televisões está sempre em movimento. Se você estava acostumado com as tecnologias atuais, se prepare para mais uma: Mini LED RGB. Essa nova tecnologia chega com a promessa de desafiar o reinado do OLED. Veja as diferenças e saiba qual é o melhor formato.
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Atualmente, a tecnologia OLED é conhecida por apresentar o “preto absoluto” ou “preto profundo”, que ajuda a exibir melhor contraste de cores. No entanto, o Mini LED RGB chega para tentar brigar pelo posto de tecnologia com as melhores imagens.
Antes de definir qual é a melhor tecnologia, é importante entender como cada uma funciona.
O que é o Mini LED RGB?
Pense na tecnologia Mini LED como uma evolução da iluminação das TVs de LCD, porém, em vez de usar LEDs grandes de luz branca, usa LEDs pequenos e com luz colorida.
A tecnologia Mini LED RGB, em vez de usar uma luz de fundo branca com filtros para gerar as cores, utiliza milhares de minúsculos LEDs que já emitem as cores primárias — vermelho (R), verde (G) e azul (B).
Na frente dessa camada de emissores de luz, temos ainda a matriz de pixels principal, que fica encarregada de gerar a imagem propriamente dita. O Mini LED RGB gera a luz de uma cor que combina com o pixel da matriz da frente e, com isso, você consegue enxergar a imagem.
Essa característica permite gerar a cor diretamente na fonte de luz. A tecnologia, que está caminhando no mercado, promete brilho altíssimo, cores extremamente puras e um volume de cor capaz de atingir padrões muito acima da média.
Tecnologia OLED?
A magia do OLED (Organic Light Emitting Diode) está na sua simplicidade: cada pixel gera imagem e produz a própria luz, dispensando camadas extras de luz ou filtros. Para exibir a cor preta, o pixel se apaga por completo.
O resultado é o famoso "preto absoluto", que cria um contraste infinito e faz com que as outras cores saltem da tela com muito mais profundidade, especialmente em ambientes escuros.
Diferenças entre Mini LED RGB e OLED
Contraste e Nível de Preto: neste quesito, o OLED é imbatível. Com pixels que se apagam, o preto é perfeito e o contraste é infinito. O Mini LED RGB, embora excelente, é uma tecnologia de iluminação e ainda pode apresentar um mínimo vazamento de luz.
Brilho: ponto para o Mini LED RGB. Sua tecnologia de luz de fundo permite atingir picos de brilho muito mais altos, o que a torna a escolha ideal para ambientes bem iluminados.
Cores: ambos mandam muito bem: o OLED é aclamado por sua precisão de cor. O Mini LED RGB promete um volume de cor superior, ou seja, a capacidade de exibir cores vibrantes mesmo nos níveis mais altos de brilho.
Risco de Burn-in: essa é uma preocupação histórica. O burn-in acontece quando uma imagem estática fica tempo demais na tela e gera uma marca em determinados locais.
O Mini LED RGB não sofre com esse problema. Já o OLED, por usar componentes orgânicos, possui um risco baixo de retenção de imagens estáticas, embora as TVs modernas tenham muitas proteções contra isso.
OLED ou Mini LED RGB: qual é a mais cara?
Aqui a diferença é grande. A tecnologia OLED já está madura no mercado, com modelos em diversas faixas de preço no segmento premium, enquanto o Mini LED RGB estreou em 2025 no topo do mercado de luxo, com a Hisense 116UX, que apresenta imagens impressionantes, mas com o também impressionante preço de R$ 150.000, em seu lançamento.
Atualmente, o OLED é uma opção muito mais acessível para a maioria dos consumidores.
Devido ao tempo de mercado e conhecimento dos fabricantes sobre a tecnologia, modelos OLED estão mais acessíveis ao público.
Usos específicos
Cinéfilos: se você valoriza uma sessão de cinema em casa com as luzes apagadas, o contraste perfeito do OLED oferece uma experiência incomparável. Para quem assiste TV em salas muito claras, o brilho extra do Mini LED RGB pode ser um grande diferencial.
Gamers: ambos suportam altas taxas de atualização (120Hz ou mais) para um jogo fluido. Contudo, o OLED tem uma vantagem técnica em relação aos modelos de Mini LED convencionais, devido às zonas de escurecimento que adicionam latência de entrada ocasionada por causa da retroiluminação. Contudo, isso pode mudar conforme houver mais desenvolvimento e popularização do Mini LED RGB.
Qual é o melhor formato?
A escolha não é sobre qual tecnologia é "melhor", mas qual se encaixa nas suas prioridades.
O OLED continua levando vantagem em contraste e tempo de resposta, importante para quem adora assistir a filmes com imagens de qualidade e alto contraste em ambientes escuros, e para gamers que buscam a máxima nitidez em movimento.
O Mini LED RGB surge com muita qualidade de brilho e pureza de cor, excelente para ambientes claros e para quem teme o burn-in, mas ainda tem preços altos.
Ter mais um formato de tecnologia aumenta a competição entre fabricantes e pode ser positivo para o consumidor, que tem mais opções de escolha, o que pode baratear os preços no decorrer do tempo.