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Comprou uma InX Plus ou TouroBox? Saiba os perigos de usar essas TV Box

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

Em entrevista realizada no último dia 12 de agosto, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alertou para os perigos de usar dois modelos de TV Box: o InX Plus e o TouroBox. Afinal, esses dois aparelhos estão sujeitos a ataques de uma rede global de malware.

A Anatel chegou a essa conclusão após ter feito um estudo em laboratório com esses dois modelos. Nessa análise, a agência analisou o tráfego de dados realizado pelas TV Box, influenciado por uma rede maliciosa chamada de BadBox 2.0.

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Os resultados são considerados preocupantes. As caixas de TV podem estar vulneráveis mesmo quando estão em modo stand-by, ou seja, sem estarem em uso, mas ainda ligadas na tomada.

Foi descoberto que as caixas enviam dados para servidores internacionais, sem que ninguém por perto perceba. Esses agentes externos passam a ter acesso a diferentes sites, incluindo domínios suspeitos e associados a práticas de:

  • Movimentação de dados roubados
  • Distribuição de outros malwares
  • Fraude publicitária
  • Acesso a sites de conteúdo adulto

O sistema é capaz de rodar dentro da InX Plus e TouroBox, com privilégios totais. Além disso, permanece mesmo após desligar e reiniciar os dispositivos.

Pior: muitas vezes, dispositivos antes “limpos” foram infectados por meio de atualizações via internet.

Segundo informações da organização internacional Shadowserver, o número de endereços IP brasileiros conectados à rede maliciosa aumentou drasticamente. De 345 mil dispositivos infectados entre janeiro e junho, o número saltou para 1,8 milhões em agosto.

“Esse crescimento acentuado mostra não apenas a rápida disseminação da infecção, mas também a capacidade de essa rede se difundir silenciosamente, explorando conexões residenciais para atividades ilícitas”, aponta Gesiléia Teles, superintendente de Fiscalização da Anatel.

A especialista ainda ressaltou que os modelos InX Plus e TouroBox foram escolhidos para o levantamento por serem considerados populares, mas existem diversas outras opções de TV Box que têm características de vulnerabilidade:

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“É difícil de a gente [a Anatel] ter uma lista fidedigna [de modelos vulneráveis], pois só poderíamos saber se fossemos na casa de cada usuário. Mas temos uma lista do que a gente considera mais perigoso e o que monitoramos no nosso laboratório. Conforme vamos identificando outras marcas e modelos, ampliamos nosso campo de atuação”.

Rede BadBox 2.0 tem grande influência no Brasil

Como ressaltado pela Anatel, o Brasil é o país que tem mais dispositivos infectados pela BadBox 2.0. Contudo, é um problema de alcance global.

De acordo com o Google, o malware já comprometeu mais de 10 milhões de equipamentos no mundo. O FBI, nos Estados Unidos, chegou a divulgar um alerta nacional em relação ao tema, em 2025.

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Levantamentos apontam que mais de 37% dos equipamentos infectados estão no Brasil. Isso é mais que o dobro da proporção percebida nos Estados Unidos, que tem 18,2% dos casos.

Segundo Teles, é um problema que também possui relações com aspectos econômicos e sociais:

“As classes com menor poder aquisitivo desejam consumir produtos audiovisuais que eventualmente devem ser pagos. Os consumidores brasileiros precisam estar atentos em relação à conscientização sobre os perigos da pirataria. Não acredito que seja por maldade, mas sim por desconhecimento do produto”
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“Tenho uma dessas TV Box. O que fazer?”

A agência também apontou que a tentativa de remoção do malware das TV Box costuma ser um processo muito difícil, e até inviável para quem não tem experiência e conhecimento técnico para tal.

Por isso, Teles é categórica ao dizer o que pessoas com produtos potencialmente infectados devem fazer: “Desligue, tire da tomada e substitua por um modelo homologado. Não vale o risco”.

Além disso, ações de prevenção também são essenciais para evitar a ação de malware com TV Box:

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  1. Não compre TV Box não homologada pela Anatel
  2. Antes de comprar, consulte a lista de homologados no site da Anatel
  3. Não baixe aplicativos suspeitos ou de fontes não oficiais, mesmo em aparelhos homologados
  4. Use a própria Smart TV para usufruir do conteúdo com segurança

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