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Guia de compras: mitos e verdades sobre os cabos HDMI

Por| 27 de Novembro de 2012 às 15h09

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Guia de compras: mitos e verdades sobre os cabos HDMI
Guia de compras: mitos e verdades sobre os cabos HDMI

Existem muitos mitos por trás dos cabos HDMI. Na busca pela melhor qualidade possível para as novíssimas televisões de alta resolução, muitos consumidores acabam sendo convencidos (para não dizer coagidos) a comprar cabos muito caros, e essa corrida espacial começa a ficar no mínimo estranha quando nos deparamos com alguns modelos que passam facilmente dos R$ 1.500,00. Afinal, o que será que eles têm de tão especial para serem mais caros do que a própria televisão em alguns casos?

Bom, a verdade é que esse preço não se justifica. Trata-se basicamente da combinação de um marketing muito bem feito e o desejo de lucros astronômicos por parte do vendedor. Abaixo listamos os principais mitos por trás dos cabos HDMI.

"Somente cabos profissionais podem fornecer o nível máximo de qualidade de imagem."

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Esse argumento é falso por vários motivos. Em primeiro lugar, o HDMI é um sinal digital, enviado para a televisão por uma série de 0s e 1s. Diferentemente do analógico, o digital funciona através do tudo ou nada: ou chega ou não chega, não existindo um meio termo. Se o televisor não consegue exibir a imagem ou é por algum defeito do cabo ou por bloqueio de copyright da mídia (algumas mídias funcionam por região, por exemplo), então esse é um sinal que deve ser substituído por defeito, não por falta de qualidade.

Outro ponto importante é que não existe processamento de sinal nos cabos. Eles não são capazes de "melhorar a imagem" alterando contraste, brilho, cores e assim por diante. A imagem que aparece na TV é exatamente a mesma reproduzida pelo Blu-Ray ou PC, e o mesmo vale para o áudio. Naturalmente não estamos nos referindo aos modelos xing-ling que custam R$ 5, mas sim aos vendidos em lojas de informática em geral.

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"Este cabo é necessário para assitir conteúdos em 3D ou em 240 Hz."

Aqui entra a conversa de vendedor que é necessário um "cabo HDMI 1.4" para assistir conteúdos em 3D ou em alta frequência. Os padrões HDMI (1.3, 1.4, 1.4a e assim por diante) se referem ao reprodutor (no caso, um Blu-Ray ou PC), e não existem "cabos HDMI 1.3" ou "cabos HDMI 1.4" e sim dispositivos que suportam esses padrões.

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O cabo com suporte a 3D é uma outra falácia. Com a popularização de televisores 3D no Brasil, muitos consumidores acabam investindo caro em cabos que o vendedor garante que dão suporte. Mas vamos aos fatos: não existe sinal de 120 Hz, ou mesmo 240 Hz. Mesmo os vídeos em Blu-Ray são codificados em 1080p a 24 frames por segundo, ou seja, 24 Hz (mesma frequência do olho humano).

O que acontece é que o tocador de Blu-Ray converte os 24 Hz para 60 Hz (processo conhecido como upscaling), e algumas televisões pegam o sinal e fazem um novo upscaling para 120 ou 240 Hz, mas de qualquer forma o que é transportado para a televisão é o vídeo em 1080p a 60 Hz, algo que qualquer cabo convencional é capaz de lidar. Então, o vendedor que diz que um cabo é mais caro por ser "específico para 3D" está mentindo para você.

"Para esse comprimento é necessário um cabo profissional"

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Embora não seja tecnicamente uma mentira, os vendedores tendem a exagerar em relação ao comprimento. Até 3 metros, mesmo os modelos mais básicos são capazes de lidar com o sinal com facilidade. Até 10 metros é necessário um pouco mais de cuidado e um pouco de pesquisa de preços, mas nada que ultrapasse R$ 100 na maioria dos casos. A partir dessa distância é importante pesquisar por modelos que incluem um regenerador de sinal para garantir que cada bit da informação chegue à televisão, e geralmente os fabricantes que disponibilizam modelos que não cumprem essa promessa não permanecem muito tempo no mercado.

"Este modelo é mais caro por ser 1080p"

Em nosso artigo Qual é a diferença entre 1080p e 1080i? exploramos as diferenças entre um padrão e outro com mais detalhes mas, basicamente, 1080p é a resolução Full HD (1920x1080) a 60 frames por segundo e o 1080i é a mesma resolução a 30 frames por segundo. Essa diferença no mundo dos cabos gera 4 variações:

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  • Cabo "padrão" (standard) sem internet
  • Cabo "padrão" (standard) com internet
  • Cabo de alta velocidade (High-Speed) sem internet
  • Cabo de alta velocidade (High-Speed) com internet

Em teoria, os modelos "padrão" são capazes de enviar sinais em 1080i e os de alta velocidade em 1080p. Na prática, o fato de um deles ser "padrão" não significa que ele não seja capaz de enviar sinal em 1080p, mas como a diferença de preço entre um e outro é muito pequena (em alguns casos não chegando nem a R$ 10), o ideal é escolher sempre modelos de alta velocidade.

Quanto ao envio de sinal de internet, é importante checar se tanto o reprodutor quanto a televisão possuem suporte para receber esse sinal pelo HDMI, o que vale a pena para quem deseja eliminar um cabo extra da estante da sala ou do quarto, não sendo tão significativamente mais caros que os modelos sem internet.

"É necessário comprar um novo cabo que seja específico para os novos televisores 4K"

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Os televisores 4K estão começando a chegar no mercado. Embora comprar um novo cabo não seja um problema tão grande para consumidores que podem investir mais de R$ 40.000 nesses modelos, a verdade é que realmente não há nenhuma necessidade. Dos 4 tipos que citamos no item anterior, os dois que são projetados para alta velocidade podem perfeitamente lidar com sinais 4K (3840x2160).

Em primeiro lugar, esse formato ainda é extremamente raro de se encontrar. No Brasil, nem mesmo o 1080p dos Blu-Rays se tornou popular, e é exatamente por isso que essas TVs são projetadas para fazer upscaling do sinal 1080p para 4K. Ou seja, de qualquer forma, o sinal enviado pelo cabo continua sendo Full HD.

Em segundo lugar, mesmo sinais 4K reais são suportados, pois o projeto original do padrão HDMI é capaz de lidar com essa resolução a 30 frames por segundo, lembrando que um Blu-Ray de qualidade é codificado a 24 frames por segundo.