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Temas que escutaremos em 2019

Por| 08 de Janeiro de 2019 às 13h30

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Temas que escutaremos em 2019
Temas que escutaremos em 2019

Conforme o andar do calendário, o ano de 2018 encerrou-se cheio de múltiplas perspectivas. Alguns, por motivos pessoais, poderão dizer que preferem esquecer que este ano existiu. Doze meses cheios de punhais inesperados e mais uma decepção. Já contrastando, existem aqueles cujo ano lhes proporcionou uma nova vida, uma nova visão, mais uma alegria.

Também existem aqueles que hesitaram em suas caminhadas, andando lado a lado com a felicidade ou nostalgia, à medida que cada passo progride. Estes são normais, aqueles que sabem que cada ano novo é uma coleção de sentimentos onde o sorriso precisa que a lágrima seja apreciada.

No entanto, andar pra frente implica entrar neste mundo de desejos e imprecisões que permeia todo começo. É desta maneira que 2019 chega carregado de expectativas para todos os atores desse meio ambiente chamado telecomunicações.

Uma das principais incógnitas é ver como a nova administração presidencial se aproxima de um setor tão neurálgico para o crescimento econômico do país, como são as Tecnologias da Informação e da comunicação (TIC). Acaso continuará dando ênfase simplesmente à infraestrutura — elemento essencial de qualquer rede de telecomunicações — no momento de contemplar iniciativas de desenvolvimento e inovação social? Também é preciso recordar aqueles atores que têm tatuada a palavra convergência em seu rosto e vendem cada dia com mais afinco a importância de que uma operadora possa oferecer todos os serviços que lhe permite sua arquitetura de rede. Nesta linha, me parece que continuaremos a observar como a promoção de tais objetivos ignora a estrutura de custos para a prestação de um novo serviço, especialmente em tudo o que se refere à conquista de um novo cliente.

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Seria interessante escutar os diversos especialistas do mercado começarem a falar de telecomunicações como o que é, uma indústria que encontra-se em uma difícil evolução de deixar de ser identificada simplesmente com o acesso para transformar-se em um provedor de serviços digitais, um segmento do mercado onde das TIC e os grandes provedores que protagonizaram esta nova economia, nem sempre colaborativa, carecem de infraestrutura de telecomunicações. Como esperar que as operadoras tradicionais, aparte da conectividade, também ofereçam ao usuário o serviço de valor agregado? Como frear esse declive de simplesmente ser um gasoduto que transporta dados de terceiros?

Regressando ao aspecto humano, desafortunadamente não vejo que os primeiros meses de 2019 se portem de forma diferente aos últimos deste moribundo 2018. Em outras palavras, continuaremos com esse desdém geral por todas as mulheres que se forjaram como verdadeiras especialistas no mundo das TIC. Até vermos mais diversidade de gêneros, todos perderemos. O Brasil tem a riqueza de contar com inúmeras mulheres que diariamente enriquecem o setor de telecomunicações com sua perspectiva e conhecimento. Descubra neste estágio que os eventos em que os membros do painel ou finalistas não incluem uma mulher é simplesmente tão surpreendente quanto anacrônico.

Finalmente, no próximo ano veremos na América Latina diversos anúncios do lançamento da tecnologia 5G por parte de algumas das principais operadoras da região. O padrão desta tecnologia em aumentar a eficiência e produtividade de diversos segmentos da economia atua como ente de pressão para que o Brasil inicie seus desenvolvimentos, sobretudo nos esforços do mercado por atores não tradicionais de potencializar a utilização da Internet das Coisas como parte integral de seu modelo de negócios.