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Starlink x Amazon Leo: qual internet via satélite será melhor?

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Danilo Berti/Canaltech
Danilo Berti/Canaltech

A corrida pela dominação da internet via satélite em órbita baixa (LEO, na sigla em inlgês) atingiu um novo patamar de rivalidade. De um lado, a Starlink, de Elon Musk, consolidada, que oferece conectividade de alta velocidade em áreas remotas. Do outro, a Amazon, liderada por Jeff Bezos, entra no jogo com força total através do Amazon LEO, confira as diferenças entre os dois modelos.

Essa competição não é apenas sobre quem coloca mais objetos em órbita, mas sobre quem oferece a melhor experiência ao usuário final, focando em baixa latência, velocidade e custo-benefício.

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Com promessas de velocidades de até 1 Gbps pela Amazon e rede massiva da Starlink, a disputa remodelará a conectividade global, forçando inovações em hardware e pressionando os preços ao consumidor.

O que são e principais diferenças

Ambos Starlink e Amazon LEO (Low Earth Orbit) utilizam satélites que orbitam a Terra em altitudes muito menores (na faixa dos 550 km) do que os satélites geoestacionários tradicionais.

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Essa proximidade é a chave para a principal vantagem técnica: a baixa latência, que reduz o tempo de resposta da rede, sendo crucial para atividades em tempo real como jogos online e videoconferências.

O Amazon LEO, após anos em desenvolvimento sob o codinome Projeto Kuiper, foi renomeado para refletir sua entrada operacional iminente, buscando desafiar a liderança da SpaceX.

Vantagem de escala

A maior diferença técnica e operacional entre os dois projetos é o nível de implantação. A Starlink detém uma liderança massiva em escala, com mais de 6.000 satélites já ativos e servindo clientes globalmente.

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O tamanho de sua constelação garante ampla cobertura e redundância, embora comece a enfrentar desafios de congestionamento em algumas áreas de alta demanda.

Por outro lado, o Amazon LEO está em fase inicial, tendo pouco mais de 100 satélites em órbita de sua constelação planejada de 3.236 unidades.

Embora o número final de satélites da Amazon seja menor que o total já lançado pela Starlink, a empresa tem um cronograma regulatório rigoroso para cumprir sua meta.

Diferenças entre antenas e velocidades

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No quesito antenas (terminais), ambas as empresas adotaram uma estratégia de mercado semelhante, oferecendo três categorias de hardware para diferentes perfis de usuários.

A Starlink já comprovou a eficácia de sua tecnologia de antena phased array (matriz faseada) em condições reais.

A Amazon LEO, embora ainda em testes, projeta velocidades de pico potencialmente mais altas com seus terminais Pro (até 400 Mbps) e Ultra (com potencial de atingir até 1 Gbps).

Categoria Starlink Amazon LEO Velocidade
Portátil/MiniMiniNanoAté 100 Mbps
ResidencialPadrãoProAté 400 Mbps
EmpresarialBusinessUltraAté 1 Gbps
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Ciclo de vida e custos futuros

A escolha da órbita LEO impacta diretamente a qualidade e o custo dos serviços a longo prazo. Satélites em altitudes baixas oferecem baixa latência e velocidades superiores. Contudo, eles estão sujeitos a maior arrasto atmosférico.

Isso significa que os satélites LEO têm um ciclo de vida operacional menor. A necessidade de constantes lançamentos para substituição de unidades desgastadas impõe um alto custo logístico e operacional.

Essa logística pesada pode influenciar os preços finais das mensalidades. A empresa que conseguir otimizar a fabricação, o ciclo de vida e a taxa de substituição dos satélites terá uma vantagem decisiva na manutenção de preços competitivos e na sustentação da qualidade do serviço no futuro.

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Preços e disponibilidade

A disponibilidade é o fator decisivo hoje: a Starlink já está totalmente operacional no Brasil e no mundo.

Os preços no mercado brasileiro, por exemplo, giram em torno de R$ 236/mês no plano residencial padrão, com o custo do equipamento em cerca de R$ 2.400.

Os planos e preços do Amazon LEO ainda não foram totalmente divulgados, mas espera-se que a gigante do e-commerce utilize sua escala para oferecer preços altamente competitivos.

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A expectativa é que a Amazon pressione a Starlink, especialmente no custo inicial do hardware, tornando o acesso à internet via satélite mais acessível.

No Brasil, a operação da Amazon LEO já está confirmada e será liderada pela SKY, enquanto a DIRECTV Latin America ficará responsável pelo restante da região em uma implementação gradual.

A disponibilidade será liberada de forma progressiva, segundo a Amazon. O serviço começa a operar primeiro no sul do continente, com expansão para outras regiões conforme novos satélites forem ativados. Não há data específica para o início das vendas no Brasil, mas a empresa já confirmou que o serviço entra em ação no país em breve.

Qual tecnologicamente é superior?

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Atualmente, a superioridade é da Starlink devido à sua constelação operacional massiva, que garante um serviço de baixa latência comprovado e amplamente disponível.

Contudo, o Amazon LEO surge como um concorrente que pode dar trabalho e tomar uma fatia do mercado. Caso cumpra a promessa de velocidades mais altas (1 Gbps) e preços competitivos, o LEO tem o potencial de se tornar o serviço tecnicamente superior.

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