Starlink pede autorização para lançar 7,5 mil novos satélites no Brasil
Por Murilo Tunholi |
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu uma consulta pública para analisar uma possível expansão da rede de satélites da Starlink, no Brasil. Recentemente, operadora de internet do bilionário Elon Musk pediu à agência para não só controlar mais 7,5 mil satélites de baixa órbita no país, como também incluir novas faixas de radiofrequências.
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Por meio da consulta pública, a Anatel quer receber comentários e sugestões sobre a solicitação da Starlink. Segundo a agência, a ação é necessária, pois a solicitação altera as características técnicas do Direito de Exploração do sistema de Satélites Starlink.
Em resumo, a Starlink quer:
- ampliação do número total de satélites autorizados no Brasil;
- adição das faixas de radiofrequências de 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida).
Os pedidos da Starlink em detalhes
De acordo com o documento enviado à Anatel, a Starlink solicitou a autorização de 7.500 novos satélites não geoestacionários, correspondente à segunda geração do sistema da empresa (GEN2). Esses satélites teriam capacidade para operar nas faixas de radiofrequências de:
- Banda Ku:
- 10,7 GHz a 12,7 GHz (enlace de descida) e 14 GHz a 14,5 GHz (enlace de subida)
- Banda Ka:
- 17,8 GHz a 18,6 GHz e 18,8 GHz a 19,3 GHz (enlaces de descida) e 27,5 GHz a 28,6 GHz e 28,8 GHz a 30 GHz (enlaces de subida)
- Banda E:
- 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida)
Vale ressaltar que a SpaceX já possui Direito de Exploração para operação do sistema Starlink no Brasil, até março de 2027. A autorização foi inicialmente conferida por meio do ato nº 2174, de 8 de fevereiro de 2022.
O atual Direito de Exploração de Satélites prevê a operação de até 4.408 satélites nas faixas das bandas Ku e Ka citadas acima. A Starlink solicitou a ampliação porque já atingiu o número máximo de satélites em órbita no Brasil.
Nos EUA, a Starlink conseguiu autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC) para lançar e operar até 7.500 novos satélites de segunda geração. Agora, falta a Anatel dar um veredito sobre o pedido da empresa.
Fonte: Anatel.