Qual é o melhor plano de internet da Starlink para cada tipo de usuário?
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller |

A Starlink é a maior operadora de internet via satélite do Brasil, com mais de 600 mil clientes em todas as regiões do país. Por isso, a empresa oferece planos voltados para perfis de consumidor distintos, e em diferentes faixas de preço.
Quais são os planos da Starlink no Brasil?
Atualmente, existem dois diferentes planos de internet Starlink no Brasil. O mais barato deles é o Residencial, voltado para o público geral que precisa de conexão em locais fixos, como em casa.
O plano promete uma instalação simples, do tipo “plugar e usar”, além de disponibilidade superior a 99,99% e resistência contra condições adversas do tempo. Entrega volume ilimitado de dados, pelo preço de R$ 236 por mês.
Portanto, é uma alternativa indicada para pessoas em regiões que a infraestrutura terrestre, como a de fibra óptica, não chega. Também é considerada ideal para quem deseja montar uma rede de “backup”, que funciona quando a conexão primária sofrer pausas temporárias.
No entanto, um dos maiores diferenciais da Starlink está na segunda modalidade de plano: o Viagem. Ele é mais indicado para pessoas que fazem muitas viagens, além do público que pretende trabalhar de qualquer lugar.
Ele também promete instalação fácil e rápida, e oferece suporte para uso em movimento. Tem funcionamento em mais de 150 países e territórios, e permite pausar o serviço a qualquer momento com o “modo de espera”.
O plano Viagem da Starlink é subdividido em duas opções:
- 50 GB: tem plano de dados limitado a 50 GB, embora seja possível comprar dados adicionais por GB caso o limite seja alcançado. Custa R$ 315 por mês;
- Ilimitado: não tem limite de dados, e custa R$ 576 por mês.
Novo plano da Starlink nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a Starlink ainda lançou um novo plano mais acessível, chamado de Residential 100 Mbps. Como o nome sugere, ele se diferencia por ter velocidades de download limitadas a 100 Mbps, enquanto o upload não tem restrições artificiais e pode chegar a 35 Mbps.
A SpaceX, responsável pela Starlink, apontou que o plano é ideal para “casas com duas a três pessoas com uso cotidiano, incluindo navegação, chamadas de vídeo e streaming em HD”.
No entanto, o serviço não é recomendado para usuários mais intensivos ou grandes lares com múltiplas atividades simultâneas de alta largura de banda, como streaming em 4K ou download de jogos.
O novo plano mais acessível da Starlink não está disponível no Brasil no momento.
O que a Starlink tem de diferente?
Em relação às redes tradicionais de internet via cabo, a Starlink funciona por meio de um conjunto de satélites de baixa órbita (LEO).
Essas estruturas estão a aproximadamente 550 km de distância da Terra, em um posicionamento que reduz drasticamente o trajeto que os dados precisam percorrer durante a transmissão, em comparação com os satélites tradicionais que ficam a mais de 35 mil km.
Na prática, isso significa que o modelo elimina a necessidade de grandes infraestruturas terrestres em áreas remotas. No entanto, o acesso ao serviço requer um terminal de usuário (antena) e um roteador, com um custo inicial de hardware que não existe na maioria das conexões a cabo.
A Starlink promete entregar cobertura total, incluindo áreas rurais, remotas ou locais onde a infraestrutura de telecomunicações é limitada ou inexistente.
Além disso, esse tipo de conexão permite portabilidade, incluindo equipamento voltado para uso em movimento ou em locais sem rede elétrica fixa.
Qual é a desvantagem da Starlink?
Além do custo inicial potencialmente maior, a internet via satélite ainda tem preços mensais mais altos em comparação com os planos tradicionais oferecidos no Brasil.
Outra questão importante é que a antena requer uma linha de visão desobstruída para os satélites. Por isso, a presença de árvores, edifícios ou outras obstruções, mesmo que de pequeno porte, pode ocasionar interrupções frequentes no serviço, dependendo das condições de utilização.
A tecnologia também está sujeita a interferências climáticas. Embora demonstre maior resiliência em comparação a antenas de TV via satélite, a Starlink pode registrar degradação de sinal durante episódios de chuvas fortes, tempestades ou neve densa.
Também é preciso considerar a latência: embora melhor que a internet via rede geoestacionária tradicional (dos satélites mais altos), ela ainda é menos estável do que uma conexão de fibra terrestre. Portanto, essa característica pode impactar a execução de jogos competitivos online, entre outras tarefas pesadas.
Quais são as principais rivais da Starlink?
A Starlink possui grande parcela de mercado no Brasil, com 78,80% de participação entre pessoas físicas. Os dados são referentes ao mês de abril de 2025, segundo pesquisa realizada pelo portal Teletime.
Mesmo assim, existem outras empresas com participação relevante no Brasil. Veja as principais alternativas no país:
Ranking entre pessoas físicas:
| Posição | Empresa | Acessos | Participação de mercado |
| 1º | Starlink | 362.786 | 78,80% |
| 2º | Hughes | 78.526 | 17,10% |
| 3º | ViaSat | 17.437 | 3,80% |
| 4º | Geração Real Banda Larga | 1.180 | 0,30% |
Ranking entre pessoas jurídicas:
| Posição | Empresa | Acessos | Participação de mercado |
| 1º | Hughes | 86.830 | 59,20% |
| 2º | Claro | 15.217 | 10,40% |
| 3º | Telebras | 15.077 | 10,30% |
| 4º | Starlink | 9.628 | 6,60% |
| 5º | Oi | 5.296 | 3,60% |
| 6º | Sencinet | 4.142 | 2,80% |
| 7º | Hispamar | 2.633 | 1,80% |
| 8º | Telefónica | 1.981 | 1,30% |
| 9º | SES | 1.638 | 1,10% |
| 10º | Virtua-Net | 1.314 | 0,90% |