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Por que o sinal de celular oscila tanto dentro do metrô?

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

Quem já usou o celular dentro do metrô sabe que a conexão de internet e até mesmo o sinal do telefone nem sempre são estáveis. Em alguns trechos, ligações caem, mensagens demoram para chegar e a internet simplesmente não funciona

Afinal, por que isso acontece com tanta frequência nos sistemas subterrâneos? O Canaltech responde:

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Barreiras físicas e estrutura subterrânea

O primeiro ponto é a própria infraestrutura do metrô. Os túneis são construídos com concreto espesso, metais e outros materiais que dificultam a propagação das ondas de rádio usadas pela telefonia celular. 

Esses sinais precisam percorrer longas distâncias entre as antenas externas e os dispositivos móveis; essas barreiras físicas acabam bloqueando ou enfraquecendo a transmissão. Por isso, quanto mais fundo o trem estiver, maior a chance da rede oscilar.

Dependência de antenas específicas

Diferente do que acontece na superfície, onde torres de celular estão espalhadas em diversos pontos, dentro do metrô é necessário instalar antenas próprias conhecidas como DAS (Distributed Antenna System). 

Esse sistema leva a cobertura de sinal para áreas subterrâneas, distribuindo repetidores ao longo dos túneis e estações. No entanto, a implementação desse tipo de rede exige altos investimentos e manutenção constante. Por isso, nem todas as linhas contam com cobertura completa.

Interferência e capacidade da rede

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Outro fator que causa oscilação é a quantidade de usuários conectados ao mesmo tempo. Nos horários de pico, milhares de passageiros tentam acessar redes móveis simultaneamente, sobrecarregando as antenas instaladas no metrô

Essa demanda excessiva pode gerar lentidão, instabilidade e quedas no sinal. Além disso, a presença de outros equipamentos eletrônicos e sistemas de comunicação usados pela própria operação metroviária também pode gerar interferência.

Diferença entre operadoras

A experiência dentro do metrô pode variar bastante de uma operadora para outra. Isso porque cada empresa negocia separadamente com o consórcio metroviário a instalação e uso de antenas

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Assim, é comum que uma operadora tenha cobertura em determinado trecho e outra não. Além disso, nem todas as faixas de frequência podem ser suportadas, o que influencia diretamente na qualidade da internet móvel – especialmente no 4G e 5G.

Esforços para melhorar a conectividade

Nos últimos anos, várias capitais brasileiras têm investido em parcerias com operadoras para ampliar a cobertura dentro do metrô. Alguns projetos de modernização preveem a instalação de sistemas capazes de suportar redes 5G, para oferecer maior velocidade e menor latência mesmo em ambientes subterrâneos. Entretanto, a complexidade da obra e o alto custo fazem com que a expansão seja gradual, ocorrendo linha por linha.

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Embora soluções como o DAS e a chegada do 5G tragam melhorias, ainda há um longo caminho para que a conectividade subterrânea seja tão estável quanto na superfície. Até lá, é preciso ter paciência — e, quem sabe, aproveitar o tempo de trajeto para se desconectar um pouco do mundo digital.

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