Operadoras correm para lançar internet via satélite sem antena para celular
Por Nathan Vieira • Editado por Léo Müller | •
As gigantes das telecomunicações americanas estão em uma nova corrida tecnológica para oferecer internet via satélite direto para o celular, sem precisar de antena ou equipamentos extras. T-Mobile saiu na frente com o serviço T-Satellite, lançado no meio de 2025. Agora, Verizon e AT&T se preparam para competir nesse mercado, mas só devem estrear suas versões em 2026, um ano depois.
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A chamada conexão direta por satélite promete eliminar as zonas sem sinal de celular, permitindo enviar mensagens e até navegar na internet mesmo em locais isolados, tudo usando o próprio smartphone. Diferente da internet por satélite tradicional, não é necessário ter uma antena especial.
A T-Mobile, em parceria com a Starlink, lançou seu serviço no verão de 2025 após meses de testes. Já Verizon e AT&T firmaram acordos com a empresa AST SpaceMobile, que desenvolve satélites capazes de se conectar diretamente aos celulares comuns.
AST SpaceMobile e os novos serviços
A AST SpaceMobile está no centro dessa corrida. A empresa planeja iniciar o serviço em 2026 com uma cobertura inicial “intermitente” (ou seja, o sinal poderá falhar em alguns momentos) e ampliar para cobertura contínua ainda no mesmo ano.
Segundo o CEO Abel Avellan, o plano é começar com 25 satélites (cinco de primeira geração e 20 de segunda), suficientes para os primeiros testes comerciais.
A expectativa é ter entre 45 e 60 satélites em órbita até o fim de 2026, o que deve garantir cobertura constante nos Estados Unidos, Europa e Japão.
A empresa quer chegar a 90 satélites no total, o que permitiria oferecer o serviço globalmente. Para isso, ela aumentou a produção para seis satélites por mês, descritos como os maiores já lançados em órbita baixa da Terra.
Lançamentos e parcerias bilionárias
Os primeiros lançamentos da nova geração de satélites começam em dezembro de 2025, partindo da Índia, com o restante programado para 2026 em parceria com SpaceX e Blue Origin. A AST usará os foguetes Falcon 9, que transportam três satélites por voo, e o New Glenn, que pode levar até oito.
As operadoras estão apostando alto: a Verizon investiu US$ 100 milhões (R$ 528 milhões) na AST SpaceMobile, enquanto a empresa também firmou um contrato de US$ 175 milhões com a operadora stc, da Arábia Saudita. No total, a AST já acumula US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em compromissos comerciais.
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Fonte: Phone Arena, LightReading