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Ministro acredita que 5G no Brasil pode ficar até mais barato que 4G

Por| Editado por Claudio Yuge | 25 de Novembro de 2021 às 16h00

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O Leilão do 5G, realizado no início do mês, permitiu que cinco novas operadoras de telefonia móvel entrassem no mercado brasileiro para oferecer o serviço. As novatas são Brisanet, Consórcio 5G Sul, Cloud2u, Winity II Telecom e Neko Serviços de Comunicações. A FlyLink também obteve um lote, mas desistiu dele dias depois.

Com a chegada de mais empresas ao mercado, Fábio Faria, ministro das Comunicações, avalia que o serviço 5G pode ser até mais barato que o 4G. Ele destaca que em 1.174 municípios com mais de 30 mil habitantes haverá pelo menos três prestadoras.

Um dos exemplos é o Rio Grande do Norte, que já tem Vivo, Claro e Tim. “Com o leilão, a Brisanet virou operadora por lá, então vai ter mais disputa de preço", afirma. Faria lembra, ainda, que algumas faixas de frequência não receberam propostas e isso deve permitir uma nova licitação em seis meses ou um ano. No leilão, foram oferecidos 120 lotes: 45 deles foram adquiridos e 63, desabilitados (em razão da venda ou não de outros lotes).

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5G nas escolas

Faria ressalta, ainda, o projeto de conectividade das escolas — compromisso assumido pelas empresas que compraram lotes na faixa de 26 GHz. Segundo ele, R$ 3,1 bilhões serão direcionados para levar internet a esses ambientes. Com isso, 72 mil de 85 mil escolas urbanas receberão o 5G standalone (que funciona de forma autossuficiente) enquanto as demais serão atendidas pelo 5G não-standalone ou pelo 4G.

Atualmente, 7 mil unidades escolares urbanas não têm internet. Já as que recebem conexão são atendidas com opções de "péssima qualidade", de acordo com Faria. Além disso, a conectividade nas escolas pode vir de parcerias com empresas de satélite de baixa órbita, como a Starlink, de Elon Musk, e a OneWeb.

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O ministério se reuniu com ambas as empresas nas últimas semanas. "Tanto Oneweb como Starlink estão interessadas na conexão de escolas e na proteção da Amazônia", diz Faria.

Ele ressalta que há interesse de usar tecnologia para monitorar o desmatamento na Amazônia. "A Starlink tem satélites com laser, que conseguem detectar barulho de serra elétrica. O governo pode, então, checar se aquela serra funciona legal ou ilegalmente", explica ele.

Segundo Faria, as empresas já pediram licença à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para operar no Brasil. "Tive reunião com os conselheiros da Anatel. Acredito que eles estão tratando desse assunto."

Fonte: Época Negócios