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Empresa-mãe do Google vai conectar regiões da África com internet via laser

Por| Editado por Claudio Yuge | 16 de Setembro de 2021 às 17h20

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Reprodução/ Space in Africa
Reprodução/ Space in Africa

A Alphabet, empresa proprietária do Google, está usando parte da tecnologia anteriormente desenvolvida para o Projeto Loon para levar internet banda larga de alta velocidade para pessoas da África.

O Loon, descontinuado em janeiro, buscava usar balões de hélio para distribuir internet sem fio pelo mundo. Agora, parte da tecnologia desenvolvida no estudo, mais especificamente a Comunicações em Espaço Óptico Livre (na sigla em inglês, FSOC), foi renomeada, e está sendo chamada de Projeto Taara.

O Taara funciona como cabos de fibra óptica, porém com lasers em vez de conexões físicas. A tecnologia consegue criar uma transmissão banda larga de mais de 20 GB entre dois pontos que tenham um campo de visão limpo entre si.

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As unidades de conexão do Taara são instaladas em ambientes altos, para que possam enxergar uma a outra. Os dispositivos contam com a capacidade de ajustar seus espelhos automaticamente em intervalos de 5 graus, e, caso em algum momento o sistema falhe, existe a opção de ajusta-los manualmente. O estudo, antes já testado na Índia, agora foi para África, com a tecnologia conectando o Rio do Congo em Brazaville na República do Congo com Quinxassa na República Democrática do Congo.

Nos testes realizados no continente africano, o projeto conseguiu transmitir quase 700 TB de dados no decorrer de 20 dias, melhorando a qualidade das conexões de provedores locais, como a Econet. Mesmo sem a proteção de uma fibra fisica no envio de informações, o relatório do projeto Taara comenta que, durante o período de teste, as conexões estavam estáveis em 99.9% do tempo. A equipe responsável pelo estudo disse ao site The Verge que eles não conseguiam diferenciar quando estavam fazendo uso da conexão a laser ou da conexão com fibra óptica.

Ainda em declaração para o The Verge, os pesquisadores comentaram que não tiveram nenhuma experiência onde condições climáticas atrapalharam a conexão. Para eles, o motivo para essa estabilidade é a transmissão via laser, que se ajusta dependendo das condições do percurso, além de sistemas de apontamento e rastreamento melhorados.

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A razão do local de teste

A escolha pelo local de testes foi realizada não só pelas condições climáticas do Rio do Congo, consideradas mais aptas do que um clima nevoeiro como o de São Franciso, mas também pela dificuldade e alto custo de instalar fibra óptica em Quinxassa. O cabo mais próximo tem que percorrer 400 quilômetros para chegar na cidade, o que aumenta o valor do processo em 5 vezes, segundo os pesquisadores.

Fonte: The Verge