Internet fantasma? Polêmica da Starlink na Índia se agrava; entenda
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller | •

A Starlink teve seu nome envolvido em conflitos armados na Índia após o governo apreender com supostos criminosos o segundo kit de internet via satélite da empresa. Em resposta a um usuário no X (Twitter), o CEO Elon Musk se defendeu e disse que os satélites sobre o país estão desativados e nunca estiveram ligados.
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A Starlink ainda não tem permissão para operar legalmente na Índia, o que levanta a suspeita de que grupos armados tenham encontrado alguma forma de fazer os equipamentos da operadora funcionarem em algum esquema de "internet fantasma" ou "pirata".
Reincidente
Essa foi a primeira vez que Musk se pronunciou sobre o assunto, mas já é a segunda que as forças policiais indianas apreendem antenas ou equipamentos da Starlink. A primeira foi em uma zona de conflito armado, enquanto a segunda ocorreu durante uma operação contra o contrabando de drogas.
Segundo as informações da Reuters, os criminosos estariam usando a rede de internet via satélites da Starlink para comunicação, apesar de o serviço nunca ter sido ativado oficialmente no país.
De acordo com a polícia, eles teriam conseguido os kits — que incluem antenas e receptores com o logo da Starlink — de contrabandistas de Myanmar, outro país que passa por conflitos armados e que também não tem operação legal da empresa de Musk.
Após as alegações de que a Starlink estaria operando na Índia mesmo sem autorização, Musk respondeu em seu X que “os satélites sobre a Índia estão desativados” e que "eles nunca estiveram ligados".
Na publicação original, feita pelo perfil oficial do Exército da Índia, são exibidos diversos equipamentos apreendidos em zonas de conflitos, que estariam em posse de criminosos. Nas imagens, é possível ver diversos armamentos, além de uma antena e um conversor com logo da empresa.
De acordo com a Reuters, a Starlink ainda busca aprovação para operar legalmente na Índia, enquanto luta para resolver possíveis problemas de segurança com a rede, de modo a garantir o serviço oficial na região.
Fonte: Reuters