Crise sem fim: Oi perde comando e interventor define novo time
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

Após ter sido afastado pela Justiça em setembro, Marcelo Milliet renunciou aos cargos de CEO, diretor de Relações com Investidores e conselheiro da Oi. A saída é mais um capítulo no processo de reestruturação da empresa, que não está em condições de cumprir suas dívidas.
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Além de Milliet, o diretor financeiro Rodrigo Aguiar e mais cinco conselheiros também deixaram seus cargos: Paul Murray Keglevic, Scott David Vogel, Paul Stewart Aronzon, Francisco Roman Lamas Mendez-Villamil e Renato Carvalho Franco.
As renúncias têm efeito retroativo a 30 de setembro, data que marca a antecipação da liquidação parcial decretada pela 7ª Vara Empresarial do RJ.
Nessa data, a Justiça afastou a diretoria e o conselho da Oi, e nomeou o advogado Bruno Rezende como interventor judicial.
Milliet e outros executivos eram ligados à consultoria Íntegra, contratada pela Oi para gestão de transição.
No entanto, a Justiça suspendeu os contratos da Íntegra com a empresa no processo de intervenção, e foi formado um Comitê de Transição por indicação do interventor.
O grupo é formado por Fábio Wagner, diretor jurídico da Oi, e André Tavares Paradizi, além de Gustavo Roberto Brambila e Marcelo Augusto Leite de Moraes.
Intervenção da Oi pretende migrar serviços e atender clientes públicos
O foco imediato do interventor é a migração de serviços essenciais para outros fornecedores. Outra prioridade é a continuidade de atendimento a clientes críticos de grande interesse público, como o Cindacta e Caixa Econômica Federal.
Portanto, no momento, não estão sendo priorizadas renegociações de contratos ou dívidas. O objetivo atual é garantir uma transição operacional rápida, como determinado pela 7ª Vara Empresarial.