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Google Meet terá recursos semelhantes ao do Zoom para encarar rival. Veja quais

Por| 16 de Abril de 2020 às 13h45

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E eis que o Google começa a navegar no sucesso dos aplicativos de videochamada. Nesta quinta-feira, a empresa permitirá que usuários corporativos e de educação do Gmail passem a fazer chamadas e videoconferências a partir do Google Meet. Mas com a vantagem extra de tentar capitalizar sobre as vantagens de segurança e privacidade da sua ferramenta, fatores que vêm bombardeando rivais como o emergente Zoom. As informações são da agência de notícias Reuters.

Em entrevista à publicação, Javier Soltero, vice-presidente do Google, afirmou que a integração do Meet com o Gmail é o primeiro de vários recursos que serão lançados antes do previsto, devido ao aumento de demanda de sua plataforma de videoconferências.

O Meet foi desenvolvido para ser uma ferramenta de videoconferências focada em empresas, governos e escolas, enquanto o Hangout foi desenhado pensando no consumidor. Desde janeiro, com o início da crise da COVID-19, a plataforma teve um crescimento no número de usuários muito maior que do que qualquer outro serviço do Google. Mesmo sem divulgar números, o executivo da gigante de buscas afirmou que em um dos picos recentes, a plataforma apresentou 60% mais usuários em comparação ao dia anterior.

Na última quinta-feira (9), Google afirmou que as versões mobile e para navegadores em desktops do Meet adicionava dois milhões de novos usuários por dia e tinha mais de 100 milhões de utilizadores educacionais em 150 países.

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Enfrentando o Zoom

Soltero afirmou a Reuters que outros recursos serão implementados no Meet. A plataforma terá um layout que suporta até 16 participantes simultâneamente, em algo muito semelhante ao que já é feito no Zoom. Além disso, a ferramenta promete um aperfeiçoamento na qualidade do vídeo, mesmo em ambientes com pouca iluminação, e filtragem de ruído de fundo, como cliques no teclado e portas batendo.

Além disso, no esforço para ampliar a sua base a longo prazo, o Google não está cobrará durante seis meses (com término previsto em setembro) por atualizações em recursos relacionados ao Meet, como videochamadas de longa duração. A estratégia pode aumentar a pressão sobre os lucros do Google, em um momento em que seus negócios de publicidade online sofrem para crescer.

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Segurança e privacidade

Entre as diversas ferramentas de videoconferência que registraram grande aumento de usuários desde o início da quarentena causada pela COVID-19, Zoom e Houseparty foram as que mais se destacaram nesse quesito. No entanto, ambas sofreram com vulnerabilidades que expunham seus usuários.

O Zoom, por exemplo, foi banido de escolas, empresas e governos por questões de segurança que seus desenvolvedores tentam corrigir. No entanto, ele tem uma vantagem que cresce muito aos olhos do usuário final, principalmente os mais leigos: seu manuseio é muito mais intuitivo do que ferramentas de companhias como Cisco e Microsoft.

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Mas Soltero disse que o Google se beneficiou por conseguir desenvolver novos recursos para o Meet de forma rápida. "Eu sempre vi clientes e potenciais clientes que não conseguiram manusear ou tinham preocupações com segurança e confiabilidade com outras soluções", afirmou o executivo.

No mês passado, o Google permitiu aos profissionais da educação ter maior controle sobre quem poderia participar das videochamadas. O recurso foi implementado semanas antes do Zoom fazer o mesmo para restringir uma prática chamada "Zoombombing", quando estranhos invadem reuniões e aulas em vídeo para bagunça-las.

Soltero afirmou ainda que um futuro recurso do Meet permitirá que os usuários exibam uma aba específica no Google Chrome, com uma opção de compartilhamento de tela mais granular do que o Zoom e outros fornecem.

Além do anúncio de novos recursos, Soltero aproveitou para espetar o seu atual maior concorrente. Quando o Zoom culpou alguns de seus problemas de segurança pelo uso inesperadamente amplo de sua versão gratuita, o executivo afirmou que não desenvolver salvaguardas para ferramentas gratuitas era algo "inerentemente errado".

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Ainda assim, ele fez um mea-culpa, reconhecendo que o o Hangouts, serviço gratuito de videoconferência do Google para usuários não comerciais, precisa de melhores recursos segurança e controle de reuniões, que já estão disponíveis no Meet. Soltero disse que o Google está trabalhando na otimização de recursos entre os serviços do gênero, "para que os produtos que eles usam no trabalho possam ser utilizados também em casa".

Fonte: Reuters