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Afinal, qual a diferença entre programa, app, app universal e app Windows?

Por| 09 de Março de 2016 às 12h00

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Afinal, qual a diferença entre programa, app, app universal e app Windows?
Afinal, qual a diferença entre programa, app, app universal e app Windows?

Houve um tempo em que falar dos softwares instalados no computador era algo bastante simples e bastava utilizar o termo "programa" para resolver qualquer mal-entendido. Não importava qual era o software do momento - script do IRC, mensageiros instantâneos ou os famosos simuladores futebolísticos dos anos 1990 -, todos podiam ser chamados simplesmente de "programas".

O tempo passou e o surgimento de dispositivos eletrônicos diversos e lojas de aplicativos associado à modernização dos sistemas operacionais trouxeram novas e diferentes terminologias para se referir ao que antes eram simplesmente "programas". E foi com a chegada do Windows 8 aos computadores de mesa que a bagunça se generalizou.

Agora os tempos são outros: antigamente, qualquer software instalado no computador era classificado como "programa" ou simplesmente "aplicativo" (Imagem: Captura de tela / Sergio Oliveira)

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A partir daquele momento os mesmos programas de antigamente passaram a ser chamados de "apps da Windows Store", "apps universais" ou, o mais comum na atualidade, simplesmente "apps". Mas será que todos eles são iguais? Ou será que há diferença entre esses termos? Você saberia explicar cada um deles ou se sente tão perdido quanto a maioria do público?

Programa x App

Antes do advento dos dispositivos móveis, raramente se ouvia o termo "app" nas rodas de conversas geeks e, como falamos, comumente o que você tinha instalado no computador eram programas ou aplicativos. Em ambos os casos, o termo é uma abreviação de "aplicativo de programa", o termo correto para se referir a qualquer software computacional que desempenha um grupo de funções coordenadas.

Após a chegada sobretudo dos smartphones, o termo "programa" foi rapidamente substituído por "app" graças à popularização das lojas de aplicativos do Android e iOS. Há quem acredite que os termos são correlatos, mas também há quem afirme que há diferenças substanciais entre eles.

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O Skype é um bom exemplo de app desktop disponível atualmente para as várias versões do Windows e funciona essencialmente a partir da área de trabalho (Imagem: Captura de tela / Sergio Oliveira)

A divergência, como você deve imaginar, é técnica e pode ser delineada pelos seguintes argumentos:

  • Um programa é um conjunto de instruções que podem ser executadas em um computador, enquanto um app é uma porção de software que permite alguém desempenhar uma tarefa específica;
  • Um programa pode ser definido por uma porção de código que implementa uma lógica computacional e pode ser parte de um app, um componente, serviço ou outro programa;
  • Um app, por sua vez, depende de um sistema operacional para funcionar, que por sua vez interage diretamente com o hardware de uma máquina em conjunto com um BIOS.
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Por fim, é bom ter atenção redobrada quando utilizar o termo "app" e compreender que apps desktop e apps para smartphones/tablets são diferentes e não compatíveis entre si.

Exemplos de apps desktop

Basicamente, tudo com que interagimos no dia a dia é um app desktop, desde o Microsoft Office, um cliente de e-mail como o Firebird, até um jogo para o PC. É importante perceber que apps desktop geralmente funcionam em sistemas operacionais legados, o que não ocorre no caso de Apps Windows (calma que falaremos deles logo mais).

Agora que essa confusão foi esclarecida, vamos conferir outras nomenclaturas com as quais você pode esbarrar no dia-a-dia.

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App portátil

Resumidamente, um app portátil é aquele que você pode carregar consigo num pendrive ou HD externo. Ele não precisa ser instalado no computador e pode ser executado diretamente do dispositivo em que está armazenado. Dessa forma, esses aplicativos podem rodar em qualquer computador já que não exigem permissões especiais para serem instalados ou executados. Além disso, eles podem ser carregados em serviços de armazenamento na nuvem como OneDrive, Google Drive e Dropbox para serem utilizados em outras máquinas.

Apps portáteis não exigem instalação, tampouco adição de dados no registro do sistema ou permissão de administrador para funcionar. Por isso podem ser executados diretamente de dispositivos de armazenamento portáteis (Imagem: Captura de tela / Sergio Oliveira)

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Exemplos de apps portáteis

Há uma infinidade de apps portáteis legais e ilegais circulando pela internet, mas vamos nos ater apenas aos que estão dentro da legalidade. É o caso, por exemplo, do Musicbee, uTorrent, GIMP e Skype, cujas versões portáteis foram disponibilizadas oficialmente pelas empresas que os desenvolveram.

App da Windows Store

Diferente do app portátil, a definição de um app da Windows Store é bem mais direta: resumidamente, trata-se de um app baixado diretamente da Windows Store da Microsoft.

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Esse é um tipo de app bastante recente, cujo advento ocorreu concomitante ao lançamento do famigerado Windows 8. O que deveria ser uma revolução na computação pessoal acabou despertando a desconfiança dos usuários e a Microsoft teve de reinventar toda a ideia por trás do conceito. Atualmente, os apps da Windows Store são mais uma alternativa aos apps desktop que estamos acostumados e não uma imposição da gigante de Redmond, que inicialmente planejava substituir esses por aqueles.

Há um app da Netflix disponível para Windows 8, 8.1 e 10, mas ele não funciona da mesma forma na variante mobile do sistema. Por essa característica, ele é classificado apenas como App da Windows Store (Imagem: Captura de tela / Sergio Oliveira)

Contribuiu para a confusão de terminologias o fato desses apps terem sido chamados por muito tempo de Apps Metro, Modern Apps e Apps Universais - o que, nesse último caso, significa algo completamente diferente na atualidade.

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Exemplos de Apps da Windows Store

Normalmente, esses apps funcionam tanto no Windows 8, quanto Windows 8.1 e Windows 10. Eles também podem funcionar em outras plataformas Windows, como tablets, smartphones e videogames, mas isso não é garantido.

Sendo assim, os principais exemplos desse tipo de app são Netflix, Skype, Facebook e Paciência.

Apps Windows (ou Apps Universais)

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É aqui onde a coisa fica mais confusa, especialmente porque esse termo já foi utilizado para se referir aos apps da Windows Store.

Contudo, o termo Apps Windows (ou Apps Universais) vem sendo utilizado desde meados de 2015 para se referir a todos os apps multiplataforma no ecossistema Windows. Ou seja, são aqueles apps que funcionam tanto no Windows 10 para desktop quando no Windows 10 Mobile.

Todos os apps que se encaixam nessa terminologia foram desenvolvidos com base na Universal Windows Platform (UWP), cujo principal objetivo é oferecer uma experiência de uso unificada aos usuários em todos os dispositivos Windows. É o que a Microsoft batizou de Continuum na Build realizada em abril de 2015.

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O app do Facebook para Windows 10 é um dos principais exemplos de app universal - ele funciona tanto no Windows 10 para desktop quanto para mobile (Imagem: Captura de tela / Sergio Oliveira)

Para botar os pingos nos "i"s, é importante montar um esquema para simplificar a compreensão disso tudo:

  • Apps desktop: são aqueles que só funcionarão na versão desktop do Windows;
  • Apps da Windows Store: são aqueles que vão rodar no Windows 8, 8.1 e 10 e podem funcionar em outras plataformas;
  • Apps Windows (ou Apps Universais): funcionarão em todas as versões do Windows a partir do Windows 8.

Apps Windows Phone

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Como se não fosse suficiente esse conjunto imenso de nomenclaturas, há algum tempo a Microsoft resolveu complicar ainda mais as coisas e subdividiu a Windows Store lançando a Windows Phone Store.

Apesar da loja ter sido abandonada no fim do ano passado e tudo agora ser concentrado em um único lugar (a Windows Store), ainda há dispositivos e apps cujo funcionamento só ocorre no Windows Phone - portanto, eles não são "universais" como um App Windows.

A falta de atualização e interesse dos desenvolvedores na plataforma móvel da Microsoft está levando a companhia a desativar vários Apps Windows Phone. Já fazem parte dessa lista Pinterest, NBC, American Airlines e outros. Apenas alguns poucos, como WhatsApp, Flipboard, Viber e Facebook, ainda resistem.

Como pôde ser visto, a modernização e surgimento de novas plataformas fizeram surgir uma série de novos apps cujo entendimento permanece numa verdadeira zona cinzenta do intelecto popular. São vários termos que, a priori, podem parecer a mesma coisa, mas que numa análise mais aprofundada nos revelam diferenças bastante sutis. Mesmo com toda essa explicação, algo não ficou claro para você e ainda causa confusão? Então expresse sua dúvida na caixa de comentários aqui embaixo.