Vai comprar celular novo? 7 coisas das quais você deve fugir
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |

Escolher um celular novo pode parecer simples, mas a ficha técnica esconde armadilhas que, a longo prazo, pesam mais do que o preço ou o visual do aparelho. Muita gente compra modelos com especificações que já estão ultrapassadas ou que nunca entregam o que prometem.
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Para evitar arrependimentos, separamos sete pontos que você deve analisar com atenção. Fugir deles pode garantir que seu próximo celular dure mais e ofereça uma experiência melhor no dia a dia.
- Câmera macro de baixa resolução;
- Celular com conexão limitada ao 4G;
- Chipset lançado há muito tempo;
- Android muito antigo;
- Celular com Android Go;
- Marca sem representação no Brasil;
- Apenas 4 GB de RAM.
1. Câmera macro de baixa resolução
A macro é um clássico das fichas técnicas “enganosas”. Ela está ali para dar a impressão de que o celular tem mais câmeras e recursos, mas a verdade é que sua utilidade é bem limitada.
Com definição tão baixa, muitas vezes de 2 MP ou 5 MP, as fotos perdem nitidez e ficam cheias de ruído, especialmente em ambientes internos ou com pouca luz.
Outro ponto é que, na prática, muitos celulares já conseguem fazer fotos aproximadas usando a câmera ultrawide, que funciona de forma híbrida. Assim, dá para tirar fotos com mais detalhes e sem perder a qualidade.
Então, se vir um modelo que destaque a macro, especialmente de baixa resolução, como um grande atrativo, saiba que é mais marketing do que benefício real. Dê preferência a um conjunto de câmeras que invista na qualidade da principal e, se possível, em uma ultrawide ou teleobjetiva de boa resolução.
2. Celular com conexão limitada ao 4G
Embora o 4G ainda funcione bem, comprar um celular novo que não tenha suporte ao 5G é investir em algo que já nasce limitado ou está fadado à obsolescência em pouco tempo. A tecnologia 5G já está disponível em boa parte das capitais e deve se expandir ainda mais nos próximos anos, com conexões mais rápidas e estáveis.
Mesmo que você não tenha plano 5G no momento, ter essa compatibilidade garante mais longevidade ao aparelho. Além disso, modelos só com 4G tendem a perder valor de revenda mais rápido.
Outro detalhe é que, no futuro, as operadoras podem priorizar a rede 5G, deixando o 4G mais congestionado. Nesse cenário, seu celular acabaria ficando para trás em velocidade e estabilidade.
3. Chipset lançado há muito tempo
O chipset é o cérebro do celular e, assim como qualquer tecnologia, ele evolui rapidamente. Usar um chip lançado há três, quatro ou mais anos significa abrir mão de ganhos em velocidade, eficiência energética e suporte a recursos mais modernos.
Com um chip antigo, o aparelho até pode dar conta de redes sociais e apps de mensagens, mas vai sofrer para rodar jogos mais pesados, editar fotos e vídeos ou lidar com atualizações futuras. Além disso, chips antigos costumam consumir mais bateria, e encurta a autonomia no dia a dia.
Antes de comprar, vale pesquisar o ano de lançamento do processador e compará-lo com modelos mais recentes da mesma categoria. Muitas vezes, a diferença de desempenho e durabilidade compensa pagar um pouco mais.
4. Android muito antigo
Se o celular chega às lojas em 2025 com Android 13 ou 14, é sinal de que ele já nasceu com software velho. Isso significa menos tempo de atualizações e maior risco de ficar vulnerável a falhas de segurança em pouco tempo.
Além da segurança, você também perde recursos e melhorias que chegam nas versões mais recentes do Android, como ajustes de interface, otimizações de desempenho e compatibilidade com novos aplicativos. Em pouco tempo, seu aparelho pode parecer ultrapassado mesmo se estiver fisicamente em bom estado.
Por isso, sempre verifique a versão do Android de fábrica e também a promessa de atualizações. Alguns fabricantes oferecem dois, três ou até mais anos de suporte. Algumas marcas já chegaram a média de 5 a 7 updates, então vale a pena investir em longevidade.
5. Celular com Android Go
O Android Go foi criado pelo Google para rodar em celulares de entrada, com hardware mais simples. Ele é mais leve e consome menos recursos, mas isso também significa abrir mão de vários recursos e ter um desempenho limitado desde o início.
Para quem só usa o celular para mensagens e navegação leve, ele até cumpre o papel. Mas, para quem quer um aparelho que dure alguns anos ou rode aplicativos mais pesados, o Android Go rapidamente se torna um gargalo. Apps demoram mais para abrir, jogos são restritos e o multitarefa é quase inexistente.
Se o objetivo é ter um celular versátil, vale investir em um modelo com Android completo, mesmo que seja com menos RAM ou especificações básicas. A experiência no dia a dia será muito melhor e mais duradoura.
6. Marca sem representação no Brasil
Comprar um celular de uma marca que não atua oficialmente no Brasil pode parecer vantajoso no preço, mas é um risco considerável. Sem representação oficial, não há garantia válida no país, assistência técnica autorizada ou peças originais facilmente disponíveis.
Em caso de defeito, a solução muitas vezes é recorrer a oficinas não autorizadas, o que pode comprometer ainda mais o aparelho. Além disso, esses modelos costumam receber atualizações de software com menos frequência ou, em alguns casos, nem chegam a receber.
Outro ponto é que, se precisar vender no futuro, a revenda de marcas desconhecidas no Brasil é muito mais difícil. O que parecia uma economia na compra pode acabar custando mais caro a longo prazo.
7. Apenas 4 GB de RAM
Hoje, 4 GB de RAM já é pouco para garantir uma experiência fluida no Android. Com cada vez mais recursos e aplicativos consumindo memória, essa quantidade limita o desempenho mesmo em tarefas simples, como alternar entre apps ou abrir várias abas no navegador.
Com o tempo, a tendência é que a situação piore, já que os aplicativos ficam mais pesados a cada atualização. Isso significa que um celular com apenas 4 GB de RAM pode começar a apresentar travamentos e lentidão bem antes do esperado.
Se possível, procure modelos com pelo menos 6 GB de RAM, mesmo para as versões mais básicas. Essa diferença garante mais fôlego para o aparelho e ajuda a mantê-lo utilizável por mais tempo, sem a necessidade de trocar de celular tão cedo.
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