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Seu smartphone é mais sujo do que o banheiro do escritório; saiba como limpá-lo

Por| 01 de Março de 2019 às 22h45

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Seu smartphone é mais sujo do que o banheiro do escritório; saiba como limpá-lo
Seu smartphone é mais sujo do que o banheiro do escritório; saiba como limpá-lo

É isso mesmo que você leu: seu smartphone tem mais bactérias do que o banheiro que todo mundo usa na empresa onde você trabalha. E, bem, certamente você não lava as mãos sempre que colocá-las no aparelho, como fazemos após ir ao banheiro, certo? Ainda: você encosta o smartphone em seu rosto, mas jamais encostaria o rosto num vaso sanitário, não é mesmo?

Bom, se você está achando um exagero tremendo as colocações acima, confira o que dizem os seguintes estudos: em 2011, a London School of Hygiene & Tropical Medicine descobriu que matéria fecal pode ser encontrada em 1 a cada 6 smartphones em uso, e em 2009 outro estudo conduzido em universidades da Nigéria afirmou, ao analisar bactérias removidas de smartphones de voluntários, que os celulares se tornaram verdadeiros reservatórios de patógenos ao tocar rostos, orelhas, lábios e mãos de diferentes usuários, com diferentes condições de saúde.

Ainda, pesquisadores da Universidade do Arizona descobriram, em outro estudo, que a típica mesa de trabalho, que costuma acomodar o smartphone por cerca de 40 horas por semana, tem centenas de vezes mais bactérias do que o banheiro da empresa, com todos esses microorganismos sendo levados ao seu celular simplesmente porque você o deixou ali em cima. Para piorar, há estudos ainda mais preocupantes que descobriram patógenos perigosos em smartphones, como Streptococcus, MRSA (que é altamente resistente à maioria dos antibióticos) e até mesmo E. coli.

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Por que smartphones são tão sujos?

Conforme explica o professor de microbiologia da Universidade do Arizona, Charles Gerba, hoje em dia nós "tocamos mais superfícies do que em qualquer geração da história, de caixas eletrônicos a terminais de atendimento automático, então você está pegando germes dos outros o tempo todo em suas mãos e dedos, colocando-os em seu celular e trazendo-os para perto de seu nariz, boca e olhos".

E, bem, esses germes podem fazer com que qualquer pessoa fique doente ao entrar em em contato com o smartphone contaminado. Centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos estimam que 80% de todas as infecções são transmitidas justamente pelas mãos — e os smartphones se tornaram praticamente uma extensão delas.

"Você pega um micróbio em sua mão e aí usa o telefone. E depois, mesmo se lavar as mãos, os germes ainda estão lá no aparelho", alerta Gerba. Em média, os norte-americanos verificam seus celulares uma vez a cada 12 minutos, encostando seus smartphones em seus rostos cerca de 80 vezes por dia, de acordo com a Asurion— e certamente aqui no Brasil os números são parecidos.

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Mas, calma, que você não precisa andar por aí com lenços umedecidos antibacterianos e limpar as mãos e tudo o que você tocar o tempo todo. "Todos os celulares terão bactérias porque os seguramos, e as bactérias normais que estão sendo transferidas das bochechas e dos ouvidos não são nada para se preocupar", assegura Susan Whittier, diretora de microbiologia clínica do Centro Médico da Universidade de Columbia. No entanto, "se você está tossindo em seu telefone, esses vírus podem viver em sua superfície por horas e podem ser transferidos a outras pessoas", alerta.

Como manter seu smartphone devidamente limpo

Além da limpeza básica com o objetivo de não deixar a sujeira acumulada em seu dispositivo estragar seu funcionamento, que normalmente é feita com panos de microfibra e soluções especiais para displays, há maneiras de limpar seu smartphone com segurança pensando no acúmulo de microorganismos ali.

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Se o seu aparelho tiver uma boa certificação contra água, como é o caso dos Pixel 3 XL, iPhone XS, Galaxy S9 e tantos outros, você pode fazer uma solução de limpeza com álcool isopropílico e água destilada, passando a mistura no aparelho com um pano de microfibra e usando cotonetes de algodão para fazer a solução entrar nas reentrâncias da carcaça — sempre usando uma luva de limpeza. Já para dar aquela "limpadinha" rápida ao longo do dia, basta borrifar a solução usando um frasco de spray, pois ela evapora rapidamente.

Já se o seu smartphone não for à prova d'água, há lenços de limpeza antibacterianos específicos para dispositivos eletrônicos à venda no comércio geral — a própria Xiaomi recentemente lançou os Xiaomi Screen Cleaning Wipes, por exemplo. Mas se você quiser uma solução mais tecnológica, existem aparelhos como o PhoneSoap no mercado internacional, que usa luz UV para matar 99,9% dos germes de smartphones, segundo a fabricante. Ele custa cerca de US$ 60 e basta que você deixe o celular "descansando" ali por 10 minutos para que o PhoneSoap não somente faça essa limpeza, como ainda carregue a bateria do aprelho.

Gerba recomenda que as pessoas higienizem seus smartphones, com o método que puderem, diariamente — mas ele mesmo diz que limpa o seu celular duas vezes por dia, por precaução.

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Fonte: USA Today