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Mercado de celulares encolheu em 6,93% no Brasil, aponta IDC

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech

O mercado de celulares teve uma redução de 6,93% no Brasil em 2022, de acordo com os relatórios mais recentes da agência IDC Brasil. Entre os motivos apontados para a queda estão os impactos econômicos pós-pandemia, entre outros.

No total, foram comercializados 42.606.344 aparelhos, que incluem 40.681.302 smartphones e 1.925.042 feature phones. Todos os números foram divulgados por meio do estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Annual 2022.

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Além disso, também foi constatado que o preço médio dos aparelhos ficou em R$ 1.887, um aumento próximo a 5% em comparação com o ano de 2021. Por sua vez, os feature phones tiveram um ticket médio de R$ 161.

Contudo, este acréscimo de valor não impediu uma queda na receita por parte das marcas, justamente por conta do número abaixo de vendas.

De acordo com a analista de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Brasil Andreia Chopra, as consequências econômicas da crise sanitária ficaram mais acentuadas no ano passado, e quem pretendia trocar de aparelho precisou mudar os planos. Nem mesmo a reabertura das lojas físicas foi suficiente para recuperar os números do setor.

Apenas no último trimestre de 2022, a queda calculada foi de 14,41% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram 9.674.240 celulares vendidos, que representaram uma receita de R$ 16,8 bilhões para as empresas — um decréscimo de 21,49% em comparação com os três meses finais do ano anterior.

Ainda no final do ano passado, os smartphones mais vendidos foram os mais acessíveis, em que 25% ficaram na faixa dos R$ 1.000 a R$ 1.200. Neste sentido, Chopra aponta que os fabricantes aumentaram a disponibilidade de modelos neste patamar, esperando o aumento da demanda nas compras de fim de ano.

2023 apresenta desafios no mercado de celulares

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As projeções para este ano apontam que as marcas terão muitos desafios a superar, especialmente no primeiro semestre. A princípio, as vendas devem ficar em patamar semelhante a 2022, isso se não forem mais baixas.

Contudo, já é possível ver uma movimentação de aumento nas vendas de aparelhos 5G. A analista afirma que o suporte para a última geração de conectividade é um fator cada vez mais relevante na escolha do consumidor, em diferentes faixas de preço.

A crise de abastecimento dos chips, que tanto prejudicou as marcas no passado, não deve ser uma questão em 2023 — afinal, a situação já vinha sendo normalizada desde o segundo semestre de 2022, e a retração do mercado faz com que a oferta de componentes não seja um problema.