É melhor tirar fotos com ou sem flash no celular? Veja cada caso
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

A dúvida sobre quando usar o flash do celular é mais comum do que parece. Com a evolução das câmeras mobile, muitos usuários se perguntam se ainda vale a pena recorrer àquela luz branca intensa que, por anos, foi sinônimo de fotografias noturnas.
- 5 celulares que tiram as melhores fotos em 2025
- Qual é o melhor celular para fotos de cada marca no Brasil em 2025?
A resposta, porém, não é tão simples — e depende muito das condições de iluminação, da distância do objeto e do efeito desejado na imagem. Entender como o flash atua e quando ele realmente faz diferença pode transformar completamente o resultado das suas fotos.
Quando o flash é seu aliado?
O flash ainda tem utilidade, especialmente em ambientes com pouca luz. Em locais internos mal iluminados, ele ajuda a realçar detalhes que ficariam apagados ou borrados. Quando o ambiente é escuro e o objeto está próximo (a até dois metros de distância), o flash atua como uma luz direta, compensando a falta de iluminação ambiente.
Em retratos, o uso do flash pode ser vantajoso para eliminar sombras indesejadas no rosto, principalmente se o celular estiver configurado no modo retrato com HDR ativo. Além disso, ele pode congelar o movimento, evitando que pessoas ou objetos saiam tremidos em fotos tiradas à noite ou em lugares com pouca claridade.
Outra situação em que o flash ajuda é na fotografia de produtos ou objetos pequenos. Ao servir como luz de preenchimento, ele destaca texturas e contornos, deixando a imagem mais nítida e equilibrada.
Quando o flash atrapalha a foto?
Apesar das suas vantagens, o flash do celular pode facilmente comprometer uma boa foto se for usado em situações inadequadas. Em primeiro lugar, ele tende a gerar iluminação dura, que estoura pontos brancos e elimina as nuances de sombra — algo que prejudica retratos e fotos com tons de pele.
Outro problema é o reflexo, comum em superfícies brilhantes como óculos, janelas e até pele oleosa. Além disso, o alcance do flash é limitado, o que significa que ele só ilumina bem o que está muito perto.
Fotografar um grupo de pessoas ou uma paisagem à noite com flash, por exemplo, resultará em um primeiro plano excessivamente claro e um fundo totalmente escuro.
Por isso, em ambientes de pouca luz, costuma ser melhor apostar em recursos como o modo noturno, presente na maioria dos smartphones modernos. Esse modo combina várias exposições da cena para criar uma imagem mais clara e detalhada, sem depender da luz artificial do flash.
Alternativas e dicas práticas
Para obter resultados naturais, prefira aproveitar a iluminação ambiente como luz de janelas, abajures ou postes de rua, ajustando o foco e a exposição manualmente.
Em retratos, apontar o flash para uma parede próxima (usando um acessório difusor ou uma capinha translúcida) ajuda a suavizar a luz.
Já para quem fotografa à noite, uma boa dica é usar fontes externas de iluminação, como ring lights ou lanternas ajustadas lateralmente, que criam um efeito mais suave e equilibrado.
No fim das contas, o flash deve ser usado como um recurso pontual — não como padrão. Ele ainda tem seu valor, mas o segredo para boas fotos no celular está em entender a luz do ambiente e explorá-la a seu favor.
Leia mais no Canaltech: