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6 séries sobre serial killers para se manter na onda de Mindhunter

Por| 16 de Novembro de 2017 às 13h40

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6 séries sobre serial killers para se manter na onda de Mindhunter
6 séries sobre serial killers para se manter na onda de Mindhunter

Séries policiais têm como premissa perseguições, tiros, violência, muito sangue, entre outros quesitos. Adrenalina é uma palavra sempre relacionada a programas desse gênero.

Pois a Netflix mudou o conceito ao lançar Mindhunter, uma série toda dedicada aos serial killers em que não há uma perseguição nem tiros e tem, principalmente, zero de sangue.

Na série de dez episódios, o espectador é levado a conhecer como o FBI criou os protocolos de identificação de assassinos seriais, seus perfis e métodos.

A base para a série é o livro Mindhunter (editora Intrínseca, R$ 22,90 na Amazon), escrito por John Douglas e Mark Olshaker.

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Douglas foi agente especial do FBI e criador dos métodos de análise e investigação sobre serial killers, numa época em que esses criminosos não eram chamados assim. Foi o responsável por fundar a Unidade de Apoio de Investigação e o Programa de Criação de Perfis do FBI.

A história começa na virada da década de 1970 para 1980, quando Douglas elaborou os protocolos que até hoje são válidos e ajudam na caçada aos assassinos. Ele teve de enfrentar resistência interna do comando da organização e de seus colegas ao tentar levar psicologia e análise comportamental a um processo que se restringia à coleta de provas físicas e de fatos.

O seriado foca na história de Holden Ford (Jonathan Groff), o agente que teve a ideia de entrevistar os assassinos seriais para montar perfis psicológicos. Ele tem como parceiro Bill Tench, personagem inspirado em Robert K. Ressler, que foi agente da Unidade de Ciência do Comportamento do FBI. Eles começam a viajar pelo país para entrevistar nomes como Richard Speck, Jerry Brudos e Edmund Kemper, todos assassinos inspirados na realidade.

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Vai se juntar a eles a doutora Wendy Carr (Anna Torv), psicóloga chamada para comandar o trabalho da dupla.

Mindhunter se ancora no trabalho dos dois agentes e nas suas relações com os criminosos. A violência está presente nos diálogos e nas cenas descritas pelos assassinos e agentes. É uma série que privilegia o roteiro e a interpretação, sem pirotecnia.

Detalhe para o ator Cameron Britton, que interpreta Ed Kemper, uma figura de mais de 2 metros de altura e 140 kg, que simplesmente domina as cenas em que atua.

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Brutal sem ser explícita, Mindhunter foi produzida pelo diretor David Fincher (Clube da Luta) e pela atriz Charlize Teron (Atômica e Mad Max: Estrada da Fúria). Uma segunda temporada já está em fase de pesquisa.

Quem ficou interessado em mergulhar no universo dos serial killers tem à disposição seis outras boas séries. O Canaltech fez a lista para você e deixou um bônus no final.

Criminal Minds

Esta talvez seja a mãe e o pai de todas as séries sobre serial killers, independentemente da data de estreia. Afinal, Criminal Minds vive de contar histórias, a cada episódio, de assassinos em série e todas as suas variações, perfis e preferências.

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Série longeva — a 13ª temporada estreou neste ano —, Criminal Minds aplica muitos dos conceitos criados por John Douglas, como criação de perfis, entrevistas com os assassinos e métodos relacionados a características sociais.

A Unidade de Análise Comportamental do FBI é designada exclusivamente para investigar casos que envolvem os serial killers nos Estados Unidos. A cada episódio, um caso a ser solucionado apresenta as técnicas, como os perfis são elaborados e quais as diferentes formas de abordagem.

O elenco mudou muito desde a estreia, em 2005 — somente três atores originais permanecem na série: A.J. Cook (Jennifer Jareau), Matthew Gray Guber (Spencer Reid) e Kirsten Vangness (Penelope Garcia).

Dois dos personagens da série foram inspirados em John Douglas: Jason Gideon, especialista em análise comportamental, vivido por Mandy Patinkin (de Homeland)e presente nas duas primeiras temporadas, e David Rossi (Joe Mantegna), que o substituiu e ainda faz parte do elenco.

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Mesmo com as mudanças, Criminal Minds consegue manter o interesse em suas tramas episódicas, assim como nas histórias pessoais que atravessam as temporadas.

No Brasil, a série é exibida pelo canal AXN. Na Netflix, estão disponíveis as temporadas 10 a 12.

Hannibal

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Quem assistiu a O Silêncio dos Inocentes certamente não consegue esquecer a imagem de Anthony Hopkins com a máscara que o deixava com jeito de ser o mais perigoso assassino do mundo.

Ao mesmo tempo, ao ouvi-lo conversar com a agente do FBI Clarice Starling, só enxergamos um homem doce, inteligente e amante das melhores coisas da vida, como boa comida e um excelente vinho.

Pois é. Por trás desse olhar quase carente se esconde um homem insano, cínico e charmoso, algo entre o monstro da máscara e o bon vivant da gastronomia.

Hannibal Lecter é um dos grandes personagens da literatura policial, criado por Thomas Harris para uma série de livros que começou com Dragão Vermelho. Ele é um psiquiatra sedutor, que utiliza de meios convincentes para alcançar seus objetivos: preparar uma boa refeição regada a carne humana.

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A série Hannibal mostra os acontecimentos antes de O Silêncio dos Inocentes, no momento em que Lecter começa a tratar Will Graham, professor e agente do FBI especialista em recriar cenas de crimes. O psiquiatra agora é interpretado por Mads Dittmann Mikkelsen (Dr. Estranho e Star Wars: Rogue One)

Com cenas que retratavam o drama de Graham, encarregado de achar um assassino sem saber que ele estava à sua frente, a série foi muito elogiada pela crítica por seu andamento, fotografia e roteiro.

Mas enfrentou resistência da audiência e acabou na terceira temporada. Entretanto, há rumores de que ela pode voltar para um quarta temporada.

No Brasil, era exibida pelo canal AXN.

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The Fall

Para você ter uma ideia da força de The Fall, a série foi eleita a mais viciante pelos assinantes da Netflix em 2016. Sem ritmos alucinantes, efeitos especiais e grandes astros, The Fall é daqueles shows que pegam de jeito e não deixam você largar a TV.

A história aparentemente é simples. Um serial killer mata mulheres bonitas e bem-sucedidas em Belfast (Irlanda do Norte), e uma agente inglesa, especialista nesse tipo de crime, é chamada para encontrar o assassino.

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O que confere charme e estranheza, e, por isso, gera o vício, é a composição dos personagens. Stella Gibson (Gillian Anderson, de Arquivo X), a detetive, é autoritária, com certa compulsão por sexo e obsessiva. Mulher em um ambiente majoritariamente masculino, independente, ela impõe respeito ao desafiar seus pares.

Já o assassino Paul Spector (Jamie Dornan) é um pai amoroso e dedicado à família, sem comportamentos abusivos ou olhares assustadores. Detalhe: é um psicólogo especialista em tratar traumas.

A Netflix tem as três temporadas disponíveis. Uma quarta ainda está em discussão pelos produtores e atores.

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The Following

Jogo de gato e rato, a série mistura uma caçada a um serial killer com rituais, seitas e uma premissa no mínimo original: Joe Carroll usa a tecnologia para criar uma rede de serial killers e se inspira nos escritos de Edgar Allan Poe.

Kevin Bacon faz Ryan Hardy, o agente do FBI que investiga o caso depois de ter abandonado a carreira. O tal serial killer fugiu da cadeia enquanto estava no corredor da morte. Seus seguidores, que agem de forma cega e sem questionamento, promovem mortes sangrentas e chocantes.

A série teve três temporadas, todas elas disponíveis na Netflix.

Bates Motel

Norman Bates ficou famoso porque Alfred Hitchcock deu vida à sua história no cinema. No filme Psicose, o personagem mostrou toda sua força como o dono do motel com dupla personalidade, filho de uma mãe superprotetora. Ambos viviam uma relação conturbada, sem limites morais.

A série volta no tempo para mostrar como Norman e sua mãe, Norma (Vera Farmiga), chegam a White Pine Bay, uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos, e compram o motel de beira de estrada. Ele é um garoto de 17 anos, mas que já vive os famosos apagões que o levam a cometer crimes. Os alvos são as pessoas que se intrometem na vida da sua mãe e representam alguma ameaça à unidade familiar, espécie de ninho confortável e seguro para ele.

Interpretado de forma brilhante por Freddie Highmore, que incorpora trejeitos e caras do personagem consagrado por Anthony Perkins no filme de Hitchcock, Norman é um garoto aparentemente normal, mas que vai, aos poucos, mostrando sua personalidade controladora e obsessiva.

A série avança até homenagear o filme, com participação de Rihanna no papel que fora de Janet Leigh.

Foram lançadas cinco temporadas, de 2013 a 2017, quando foi encerrada. A Netflix tem quatro temporadas disponíveis e o filme Psicose.

Dica extra: o livro que inspirou o filme e a série foi lançado no Brasil pela editora Darkside. Na Saraiva, ele sai por R$ 34,90. Escrito por Robert Bloch, o volume tem tom jornalístico e obrigou Hitchcock a comprar todos os exemplares que conseguiu antes da estreia do filme. Ele não queria que ninguém soubesse qual seria o final do filme.

Dexter

Raramente um personagem serial killer tem a torcida do espectador. Não é o caso de Dexter, o analista de sangue da polícia de Miami e que também é um assassino em série.

Se fosse possível, ele seria um serial killer do bem. Por meio de um código criado por seu pai, Dexter somente ataca bandidos que conseguem enganar a polícia e escapar da Justiça.

Ele desmembra suas vítimas, ensaca e joga no mar. Como troféu, ele guarda uma gota de sangue prensada em duas lâminas de vidro.

Esse código é a resposta que o pai inventou para controlar o espírito violento de Dexter, interpretado por Michael C. Hall. Sem demonstrar emoções e vontade do convívio social, ele tenta construir uma vida normal, mas a fachada nem sempre dá certo.

O justiceiro tenta formar família, criar relacionamentos afetivos e sociais, mas sempre de um jeito frio, sem emoção envolvida.

Dexter teve oito temporadas e foi exibida pelo canal FX.

Bônus

Está interessado em conhecer mais sobre o universo dos serial killers? Além do livro de John Douglas, vale conhecer Arquivos Serial Killers, box que reúne duas obras de Ilana Casoy.

Em Louco ou Cruel, a autora investiga os arquivos do FBI para traçar um perfil dos mais famosos assassinos em série do mundo. Já em Made in Brazil, ela trata dos assassinos brasileiros, um trabalho que levou cinco anos de pesquisa.

O livro pode ser encontrado na Amazon por R$ 38,90.