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Zoom vai pagar US$ 85 milhões por compartilhamento de dados sem consentimento
Depois de ser adotado por milhões de pessoas em todo o mundo durante a pandemia como a plataforma preferida para reuniões virtuais, o Zoom se viu envolvido em muitas polêmicas sobre privacidade. A empresa era acusada de compartilhar dados pessoais de usuários com Facebook, Google e LinkedIn.
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A companhia nega ter agido de má-fé, mas foi acionada na Justiça estadunidense: 14 reclamações apresentadas entre março e maio de 2020 se tornaram um processo coletivo. O pedido alega que o Zoom enganou os usuários sobre criptografia e compartilhamento de dados dos usuários sem consentimento, bem como tinha controles frágeis de segurança e privacidade.
A plataforma, então, concordou em fazer um acordo de US$ 85 milhões (R$ 437 milhões na cotação atual). Além disso, aceitou melhorar suas práticas de segurança. Um porta-voz diz que a empresa está orgulhosa dos avanços que fez. "A privacidade e a segurança de nossos usuários são as principais prioridades do Zoom, e levamos a sério a confiança que nossos usuários depositam em nós", destaca.
O documento preliminar do acordo ficou pronto no fim de semana e aguarda aprovação da juíza distrital Lucy Koh em San Jose, na Califórnia. O texto diz que será estabelecido um "fundo de caixa irreversível para pagar reivindicações válidas, custos de serviço e administração, pagamentos de serviços a representantes de classe e honorários advocatícios e custas judiciais".
Usuários que pagaram por contas no Zoom podem receber 15% do valor da assinatura principal durante o período de abril a outubro de 2020 ou US$ 25 (R$ 128,50), o que for mais alto. Já quem usou uma conta gratuita pode reivindicar US$ 15 (R$ 77,10).
Alterações na plataforma
Além do montante em dinheiro, a empresa vai incluir notificações para facilitar que os usuários saibam quem pode ver, gravar e compartilhar as informações e o conteúdo. Assim, eles serão alertados quando o criador ou um participante de uma reunião usar apps de terceiros durante o encontro virtual.

A plataforma não vai reintegrar o kit de desenvolvimento de software (SDK) do Facebook para iOS na plataforma por um ano, bem como vai solicitar que a rede social apague dados de usuários americanos obtidos com o SDK. Os demandantes pedem, ainda, que a companhia pague os honorários advocatícios, em torno de US$ 21,25 milhões (R$ 109 milhões). Se o acordo for aprovado, todos os danos causados pelo Zoom, apresentados na ação, ficam negados.
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