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Você tem medo de ser espionado pelo parceiro? Quase metade dos brasileiros têm

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Divulgação/Kaspersky
Divulgação/Kaspersky

Existem vários tipos de relacionamentos amorosos, e nem todos eles são saudáveis, com parceiros podendo tentar invadir a privacidade de seus pares, através de táticas de stalking virtual, por questões de insegurança — ser espionado pelo seu par, de acordo com o estudo Stalking online em Relacionamentos, da Kaspersky, preocupa 44% dos brasileiros.

O estudo foi realizado a pedido da Kaspersky pela empresa de pesquisa Sapio de forma online em setembro de 2021 e abrangeu um universo de 21 mil participantes de 21 países, incluindo o Brasil. A motivação da empresa na realização deste estudo e sua posterior divulgação também está relacionada com o segundo aniversário da Coalizão Contra o Stalkerware — entidade que visa combater esta ameaça digital na qual a Kaspersky é cofundadora.

A preocupação dos 44% de brasileiros citados na pesquisa, é principalmente voltada ao stalkerware, software que, após implementado em um smartphone, é capaz de espiar a vida privada de outra pessoa sem o consentimento delas. Eles normalmente se instalam nos celulares de forma que não podem ser identificados pelas vítimas do monitoramento impróprio, e conseguem ter acesso ao microfone e câmera dos aparelhos, muitas vezes — além dos arquivos e conversas armazenadas no dispositivo

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A ameaça do stalkerware é grave, mas a Kaspersky afirma que é possível identificá-la através de alguns sinais no celular, que compartilhamos a seguir:

  • Bateria acaba rapidamente.
  • Superaquecimento do dispositivo.
  • Equipamento reinicia sozinho.
  • Plano de dados (4G) termina rápido (ou um consumo exagerado dos dados, caso seja ilimitado ou muito alto)
  • Suspeita que alguém acessou o celular recentemente.
  • App acessando o rastreamento GPS, mensagem de texto, gravações de chamadas ou outras atividades pessoais. Para verificar isso, revise as permissões dos programas instalados.
  • No histórico do navegador: presença de sites desconhecidos ou ausência do histórico.

"Com o crescimento da violência doméstica na pandemia e a relação direta entre a perseguição digital e abusos físicos e psicológicos, acreditamos que é importante conhecer os sinais que podem indicar o monitoramento sem consentimento e, assim, poder atuar preventivamente”, afirma Fábio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

Como se proteger de alguém te espionando

Embora a pesquisa revele que a maioria dos brasileiros (70%) não acredita que seja aceitável monitorar seu parceiro sem o seu consentimento, há aqueles que pensam que certas razões justificam a vigilância secreta, como infidelidade, questões de segurança ou suspeita de atividades criminosas — o que pode levar a instalação do stalkerware ou outros tipos de violações de privacidade.

Nesse contexto, é importante que as pessoas adotem medidas de segurança em seus dispositivos móveis para evitar que situações de risco, como a do stalkerware, ocorram. Algumas das principais formas de precaução são as seguintes:

  • Tenha uma senha (de preferência forte) para desbloquear o dispositivo. Altere-a com certa frequência.
  • Não revele a senha para ninguém, nem familiar ou amigos.
  • Reveja a lista de apps instalados e remova aqueles que não são mais usados.
  • Desabilite a opção “instalação de apps de terceiros” nos dispositivos Android.
  • Esteja sempre com o celular próximo.
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