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Um robô poderia marcar a opção "não sou um robô"?

Por| 12 de Julho de 2019 às 22h00

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Um robô poderia marcar a opção "não sou um robô"?
Um robô poderia marcar a opção "não sou um robô"?

A opção “não sou um robô” pode parecer simples demais, uma espécie de “checagem psicológica”. Será que realmente funciona? Algo realmente acontece? Sim, algo realmente acontece, e a resposta rápida aqui é: sim, um robô é (teoricamente) é capaz de marcar essa opção. Mas não é algo são simples assim.

Fator humano

Imagine que há uma sequência de contas simples, uma atrás da outra. Uma sequência grande, porém, com milhares de operações. Em quem você confia mais para fazer essas operações: em um computador ou em você mesmo? Independentemente da sua habilidade com matemática ou da potência do computador, sabemos que este não errará nenhuma das operações. Já nós... bom, somos humanos.

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Máquinas não erram. São projetadas para executar qualquer função, eficiência e ausência de erros. Já nós, humanos, estamos sempre sujeitos a erros. Mais do que isso, fazemos as coisas com uma dose de ineficiência, desde rolar a página procurando informações até no jeito que usamos o mouse. Não levamos o ponteiro do ponto A ao ponto B do jeito mais “rápido, prático e eficiente”. Já um computador, sim (se ele usasse um mouse, claro).

E é aí que os reCaptchas entram em ação. O recurso avalia o comportamento do usuário ao marcar a caixa de seleção. Se é um comportamento muito “perfeitinho”, pode ser um robô. Mas se existe uma certa dose de imprecisão de qualquer natureza, algo bastante humano, então deve se tratar de um humano. 

No parágrafo acima você já vê uma possível forma de burlar esse sistema, não?

Robô vs robô

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Não é apenas teoricamente possível “bater” uma verificação desse tipo, como isso já foi feito:

Então por que essa verificação ainda é utilizada? Simples: a sua ideia não é “capturar robôs”, mas sim evitar fraudes. Por exemplo, um programa que experimente várias senhas diferentes para invadir uma conta. Ou um ataque distribuído (DDoS). Softwares que, em geral, executam a mesma operação repetidas vezes até lograr sucesso. Um comportamento típico de máquina, vale dizer.

No caso do CAPTCHA, programas mais sofisticados que usem inteligência artificial, machine learning e deep learning são capazes de “vencer” um CAPTCHA, por exemplo. Este texto de Adam Geitgey mostra um passo a passo bastante detalhado sobre o processo, por sinal.

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Ou seja, essas verificações não são infalíveis, servido para propósitos específicos. Não chegam a verificar se trata-se de um robô ou não, mas sim criam uma camada extra contra outros tipos de ataques. Mas sim, são ferramentas que estão longe de serem infalíveis.

Fontes: Matt UnsworthAdam Geitgey