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Uber é acusada de usar sistemas falhos de checagem de motoristas nos EUA

Por| 31 de Agosto de 2018 às 07h55

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A Uber está sendo acusada, nos Estados Unidos, de utilizar um sistema falho e menos aprofundado de checagem de antecedentes criminais. As denúncias atingem não apenas a empresa de transportes, mas também sua principal rival no mercado americano, a Lyft, e estão relacionadas à utilização do Checkr, um sistema pago de verificação de bancos de dados criminais.

O problema é que a plataforma não usa impressões digitais para fazer essa checagem, apenas documentos, imagens e outros dados. Com isso, não apenas o processo é mais demorado e passível de duplicidades, como não permite a verificação no banco de dados do FBI, que permite o acesso apenas por meio de biometria. Por conta disso, pelo menos 25 motoristas com antecedentes criminais teriam sido aceitos nas plataformas.

Na visão do procurador geral de San Francisco, George Gascón, as verificações feitas pela Uber e pela Lyft sem a utilização de impressões digitais são “completamente inúteis”. Mais do que isso, a verificação é exigência fundamental para a operação das empresas em muitas das cidades em que atuam (no Brasil inclusive, apesar de a nota negativa não se relacionar a este canto do mundo), o que pode causar problemas regulatórios para ambas.

O motivo, conforme aponta reportagem do CNET, seria uma redução nos custos. Enquanto o Live Scan é a solução mais adotada no mercado americano, justamente por levar em conta as impressões digitais, ele também envolve maiores gastos e custos logísticos, que podem chegar a até US$ 50 por checagem. Enquanto isso, o Checkr tem valores variáveis de acordo com o estado, com preços mínimos de US$ 0,75 e máximos de US$ 20.

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Ou seja, fazendo as contas, no caso da Uber, apenas as checagens de seus cerca de 750 mil motoristas pelo Live Scan custariam à empresa US$ 37,5 milhões. É uma bela soma, mas pouco comparado ao faturamento total de US$ 37 bilhões registrado em 2017, e menos ainda quando se leva em conta que é a segurança dos passageiros que está em jogo quando se fala na checagem taxada pelas autoridades como ineficiente.

Os 25 casos citados teriam ocorrido ao longo dos últimos três anos. Os crimes cometidos pelos motoristas aceitos não foram divulgados, enquanto as companhias não informaram se tomaram atitudes contra eles após a revelação dessa informação. A Uber confirmou ser cliente da Checkr, enquanto a Lyft não comentou o assunto.

Nos EUA, o uso do Live Scan é obrigatório para empresas e cooperativas de táxi, mas são os próprios trabalhadores que pagam pelos custos das checagens. A notícia de que Uber e Lyft estariam economizando nesse aspecto, claro, gerou reações inflamadas de companhias do setor.

Fonte: CNET