Selo da vergonha: Apps que drenam energia terão aviso na Play Store
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

O Google vai começar a sinalizar aplicativos na Play Store que apresentam um consumo excessivo de bateria em dispositivos Android.
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Em anúncio, a empresa revelou que a medida faz parte de uma série de “novas métricas” planejadas para oferecer mais informações detalhadas sobre os recursos de um aplicativo no aparelho. O objetivo é melhorar a experiência dos usuários para que eles saibam exatamente como um aplicativo pode “sugar” a performance da bateria.
O prazo para que os desenvolvedores adequem seus aplicativos às exigências do Google, chamadas originalmente de “excessive partial wake locks” (bloqueios de ativação parcial excessivos, em tradução livre), é até 1 de março de 2026.
Como a sinalização será feita
Com a nova diretriz, o Google pretende deixar bem claro quais aplicativos da Play Store ultrapassam um “limite de comportamento inadequado” no quesito consumo de bateria. Na prática, a sinalização será exibida na própria página do app na loja oficial da empresa, com um aviso em destaque que alerta o usuário para um maior consumo em segundo plano daquele programa.
Nos bastidores, o monitoramento consiste na análise do tempo em que o aplicativo executa tarefas em segundo plano, enquanto a tela está desligada. Para separar o joio do trigo, então, o Google vai se basear em uma janela de 28 dias para medir apenas “bloqueios de ativação não isentos”, ou seja, aqueles que não são mantidos pelo sistema ou estão relacionados à reprodução de áudio ou transferência de dados.
O limite para que um aplicativo esteja dentro dos novos padrões da empresa é de 5%. Caso um app ultrapasse essa porcentagem, ele receberá automaticamente um sinal de alerta na Play Store.
Uma questão de cibersegurança
Em tempos em que a cibersegurança se torna cada vez mais imprescindível para manter a integridade dos usuários no meio online, o Google chegou a ser questionado a respeito da possibilidade da métrica de detectar spyware, malware e outros softwares maliciosos no Android, mas a empresa afirmou que o recurso não foi criado para cumprir essa função.
A corporação afirmou que o objetivo é “aprimorar a performance da bateria e a qualidade técnica” em seus dispositivos, independentemente de ser um app malicioso ou não.
Apesar disso, é seguro dizer que a nova sinalização do Google também pode ser um lembrete para os usuários da possibilidade de malwares e outros tipos de vírus estarem à espreita em lojas de aplicativos.
Isso porque o consumo excessivo de bateria é um sinal comum de que o dispositivo pode ter sido infectado por um vírus. Como o software malicioso precisa estar constantemente executando processos em segundo plano para concluir a transferência de dados, a atividade exige uma alta fonte de energia do aparelho, fazendo com que ele descarregue com maior rapidez.
Embora a maior parte do problema venha por meio de lojas não oficiais, o cibercrime sempre encontra maneiras sofisticadas de enganar os usuários todos os dias. Logo, essa realidade abre espaço para que a vítima caia em golpes, sem nem ao menos perceber, apenas por confiar em uma empresa legítima que é usada por hackers em esquemas fraudulentos.
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Fonte: Bleeding Computer.