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Saiba quanto vale seu cartão de crédito roubado na dark web

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Unidade de Cibersegurança
Reprodução/Unidade de Cibersegurança

Uma pesquisa da empresa de cibersegurança NordVPN revelou o preço médio dos cartões de créditos roubados de brasileiros, cujos dados são vendidos na dark web.

O relatório acende um alerta vermelho, pois houve um crescimento significativo de 26% no valor médio. Isso torna o país um dos mercados emergentes mais buscados por cibercriminosos em busca de informações sensíveis das vítimas que circulam na camada oculta da internet.

Quanto vale um cartão de crédito roubado na dark web?

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Segundo a análise, foram considerados 50.705 registros de cartões de crédito que estavam listados em marketplaces da dark web. O levantamento foi feito com base em dados coletados em maio deste ano.

O que os especialistas descobriram foi que o preço médio no Brasil chegou a US$ 10,70 (cerca de R$ 56,81), o que representa um aumento de 26% em relação ao valor observado em 2023, período em que as informações de um cartão brasileiro custavam US$ 8,47 (R$ 44,97) no mercado clandestino.

Embora, à primeira vista, o preço médio no país possa parecer “barato” e chegar perto da média mundial, que está em torno de US$ 8 (R$ 42,47) com variáveis significativas, o aumento pode apresentar uma tensão clássica entre oferta e demanda.

Isso porque, enquanto lugares com preços mais altos são frutos de ofertas menores, locais com valores mais baixos podem significar uma maior probabilidade de vazamento de informações sigilosas na dark web.

A título de comparação, a pesquisa identificou que os cartões de crédito mais caros do mercado clandestino são os dos japoneses, com um valor médio de US$ 22,80 (cerca de R$ 121,05). Já os mais baratos estão no Congo, Barbados e Geórgia, vendidos na dark web por apenas US$ 1 (R$ 5,31).

Cadeia industrial

O estudo organizado pela NordVPN ainda revelou como o carding funciona nos mercados clandestinos, comparando o processo a um tipo de cadeia industrial. Logo, o que ocorre na dark web envolve três agentes:

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  1. Os harvesters, os cibercriminosos que roubam os dados dos cartões de créditos;
  2. Os validators, aqueles que validam os cartões em massa com bots;
  3. Os cash-outers, quem transforma os cartões validados em lucro por meio de gift cards, retiradas, vendas de bens e conversões para criptomoedas.

Um ponto que a pesquisa destaca ainda é que, durante o processo de validação dos cartões roubados, há tentativas de cobrança para testar quais dados realmente funcionam, que descarta assim aqueles que não estão ativos.

A análise também observou que 87% dos cartões permanecem disponíveis para uso por um período de mais de 12 meses, o que acaba aumentando o valor comercial dos dados. Isso porque cartões desse tipo são mais fáceis de revender na dark web, já que os criminosos conseguem aproveitar o tempo de validade para monetização antes que sejam percebidos.

Vale destacar que, em 2025, a pesquisa identificou que Estados Unidos, Singapura, Espanha, Reino Unido e Kuwait estão entre os países que mais tiveram dados de cartões roubados circulando pela dark web.

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Como proteger os dados do seu cartão de crédito

Diante de tantas ameaças no ambiente online e o surgimento de golpes cada vez mais sofisticados, falar de segurança digital nunca foi tão urgente quanto agora. Por isso, é importante saber como proteger o seu cartão de crédito de possíveis vazamentos.

Uma prática simples e bastante efetiva é monitorar com frequência os seus extratos bancários, ativando alertas em tempo real para observar qualquer tipo de movimentação suspeita na conta.

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Apostar em senhas fortes e diferentes também é uma medida fundamental para evitar que seus dados sejam roubados por cibercriminosos. Além disso, vale evitar armazenar seus cartões em navegadores para o caso do seu computador ou celular for comprometido por um malware.

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Fonte: NordVPN