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Sabe quanto valem os seus dados na publicidade? Preço aumentou 1.800% em 20 anos

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Agosto de 2021 às 16h02

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Um levantamento publicado pela Miq, uma empresa especializada em marketing, quantificou algo que muita gente já estava cansado de saber. De acordo com os dados divulgados pela agência, cada usuário costuma render, em média, US$ 35 (R$ 188,57 na cotação atual) em publicidade apenas para o Google, com o valor dos dados utilizados para exibir estes comerciais tendo um aumento de 1.800% ao longo dos últimos 20 anos.

As informações, coletadas por meio de aplicativos, acesso a sites, localização, preferências e basicamente qualquer tipo de tarefa conectada se tornaram ouro para as companhias, mas algumas valem mais do que outras. De acordo com o levantamento, as empresas estão mais dispostas a pagar 66% mais por informações sobre jovens, entre 18 e 24 anos de idade, do que por adultos acima dos 25.

O mesmo também vale para algumas demografias diferentes. Enquanto as informações sobre homens são ligeiramente mais valiosas do que as pertencentes a mulheres, com apenas 5% de diferença, há um interesse maior por dados que pertençam a indivíduos do Oriente Médio e negros. Segundo a Miq, os valores médios dos dados destes usuários, individualmente, são de US$ 0,61 (R$ 3,29) e US$ 0,57 (R$ 3,07), em comparação com US$ 0,19 (R$ 1,02) para os brancos.

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A preocupação com o uso de informações, entretanto, não acompanhou uma preocupação maior dos usuários, muito pelo contrário. De acordo com o levantamento, em 2018, 47% dos britânicos se preocupava com a utilização de seus dados pelas empresas, enquanto no ano passado, esse número caiu quase pela metade, para 24%. Ao mesmo tempo, aumentou a consciência sobre o valor, com 36% dos entrevistados afirmando que venderiam suas telemetrias caso existisse uma oferta financeira para isso.

Facebook e Instagram lideram o ranking de aplicativos que mais coletam os dados dos usuários, com 86% de todas as informações disponíveis, e também das redes que mais realizam o compartilhamento dessas informações com terceiros. Nesse ranking, os números são de 79% e 57%, com o LinkedIn aparecendo na terceira colocação, com 50%. A empresa de e-commerce Klarna aparece com a medalha de bronze em coleta de informações (64%), seguida do Uber (57%) e eBay (50%).

Empresas de olho, criminosos também

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A pesquisa publicada pela Miq também trouxe o outro lado dessa moeda. Enquanto o levantamento aponta que, até 2025, a humanidade estará produzindo um total de 463 bilhões de gigabytes de informação, os números de hoje já mostram que dados pessoais são comprometidos em 80% dos ataques às grandes corporações. Um volume maior, então, acaba representando cada vez mais exposição e pinta um cenário negativo para quem ainda privilegia a própria privacidade.

Felizmente, há um aspecto importante que pode fazer com que as empresas prestem mais atenção na segurança. Na mesma medida em que os dados se tornam mais importantes e caros, também aumenta o prejuízo em caso de vazamento. Hoje, o valor médio é de US$ 148 (R$ 797,39) por usuário comprometido, com a média de gastos com contenção, no Reino Unido, também aparecendo acima da global, com US$ 3,8 milhões (quase R$ 20,5 milhões). A expectativa é que esses números também se multipliquem ao longo dos próximos anos.

Fonte: Miq