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Procuradoria dos EUA processa Mark Zuckerberg por escândalo Cambridge Analytica

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Anthony Quintano/Flickr/CC-2.0
Anthony Quintano/Flickr/CC-2.0

O CEO do Meta (antiga Facebook), Mark Zuckerberg, está sendo processado pela procuradoria de Washington D.C., nos EUA, devido ao uso de dados de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica para apoio a campanha pela presidência de Donald Trump de 2016. A ação afirma que Zuckerberg teve importante papel em decisões internas que possibilitaram que a situação envolvendo a segurança de informações na rede social ocorresse.

No processo, a procuradoria afirma que Zuckerberg esteve pessoalmente envolvido na decisão do Facebook em permitir o acesso de dados de usuários por terceiros, o que por sua vez levou ao incidente da Cambridge Analytica.

Essa é a segunda vez que a procuradoria de Washington D.C. tenta transformar Zuckerberg em réu. A primeira, em 2021, não foi para frente por um juiz ter entendido que a acusação demorou muito a ser apresentada.

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Agora, o cenário, segundo a procuradoria, é outro, com o processo acusando Zuckerberg com base em centenas de milhares de documentos sobre o caso que antes não estavam disponíveis — incluindo depoimentos de funcionários do Facebook na época.

Entendendo a questão de segurança de dados do Facebook

A situação pela qual Zuckerberg é processado pela procuradoria de Washington D.C. veio a tona em março de 2018, após os jornais The New York Times e The Guardian publicarem extensas reportagens sobre a utilização de dados de usuários do Facebook pela consultoria Cambridge Analytica na campanha de Donald Trump pela presidência dos EUA em 2016.

A empresa, na época, tinha como presidente Steve Bannon, principal assessor de Trump. As informações foram obtidas a partir do teste de personalidade digital This isYour Digital Life, que para ser acessado exigia as informações dos perfis dos interessados — que recebiam pequenas quantias após participar da “brincadeira” desenvolvida por Aleksandr Kogan, pesquisador da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

A situação fica mais grave, porém, por políticas do Facebook na época permitirem o teste, a partir de seus participantes, também obtivesse informações dos amigos desses usuários. A Cambridge Analytica teria comprado esses dados de Kogan, e assim utilizado-os na campanha de Trump.

Por conta da situação, questionamentos sobre a segurança de dados de usuários do Facebook foram levantados, com Zuckerberg vindo a público pouco depois reconhecendo que a empresa havia cometido erros — resultando em mudanças no tratamento de informações das redes sociais do Meta nos últimos anos, além de inúmeros processos em diferentes esferas por conta do ocorrido.

Fonte: abcNews