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Polícia prende suspeito de vazar dados de mais de 220 milhões de brasileiros

Por| Editado por Jones Oliveira | 19 de Março de 2021 às 12h40

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Polícia prende suspeito de vazar dados de mais de 220 milhões de brasileiros
Polícia prende suspeito de vazar dados de mais de 220 milhões de brasileiros

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (19) um dos acusados de envolvimento no vazamento dos dados pessoais de 223 milhões de brasileiros, identificado por pesquisadores em segurança digital em meados de janeiro. Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como VandaTheGod, foi encontrado em Uberlândia (MG) como parte de uma operação que envolveu cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro deles em Petrolina (PE).

De acordo com a Polícia Federal, o homem de 24 anos seria o responsável pela obtenção e comercialização do volume de dados, que incluía nomes completos, endereços, CPFs e outras informações pessoais e de crédito pertencentes a cidadãos brasileiros, além de informações relacionadas a pessoas jurídicas. Até mesmo indivíduos já falecidos faziam parte do banco comprometido, que teve uma amostra publicada gratuitamente e poderia ser adquirido na íntegra com criptomoedas.

De acordo com a investigação, políticos e autoridades estariam entre os principais alvos dos criminosos com o comprometimento dos dados, assim como buscavam ganhos financeiros com a venda das informações a terceiros. A PF, entretanto, não comentou sobre a possível origem do banco de dados — em postagem em uma rede social, VadatheGod afirmou que o volume veio de "uma empresa privada que está ligada ao governo" e negou a suspeita original de que a base seria do bureau de crédito Serasa Experian, que já havia negado o vazamento.

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O acusado foi alvo de um mandado de prisão preventiva e presta depoimento à Polícia Federal. Além dele, as autoridades também investigam a participação de um segundo suspeito, conhecido como JustBR, que estaria divulgando a posse do volume vazado e vendendo as informações dos cidadãos por meio das redes sociais. Computadores, discos rígidos e outros dispositivos eletrônicos ou de armazenamento também foram apreendidos nos trabalhos realizados nesta sexta.

As ordens judiciais, parte de uma operação batizada de Deepwater, foram expedidas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação sobre o megavazamento começou ainda em janeiro, quando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) iniciou um inquérito sobre o caso, em parceria com a Diretoria de Inteligência Policial da Polícia Federal.

VandaTheGod também é acusado de envolvimento em outros crimes, como a invasão aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2019, que expôs informações internas de servidores e ministros durante as eleições municipais de 2020. Além disso, ele é investigado pela Polícia Civil por estelionato e invasão de dispositivo.

Fonte: G1, Folha de S. Paulo