Polícia do Rio lidera maior operação da história contra roubo e venda de celular
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

Em continuidade à Operação Rastreio, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu mais de 700 suspeitos e devolveu 2,8 mil celulares aos donos nesta semana para derrubar uma rede criminosa especializada no desbloqueio de aparelhos para comercialização.
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Segundo a Polícia, a operação é um marco na história do país no combate ao furto e receptação de celulares. As autoridades ainda conseguiram recuperar dez mil aparelhos em meio a 132 mandados de busca e apreensão em 11 estados, sendo eles Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.
Além de contar com o apoio de Polícias Civis locais, a ação também ocorre com auxílio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a partir da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).
Operação histórica contra roubo de celulares
Datada de maio deste ano, a Operação Rastreio começou com a prisão de Alan Gonçalves, apontado nas investigações como uma referência no desbloqueio de celulares.
Foi descoberto que o criminoso fazia a ação de maneira remota e até ministrava cursos online, onde ensinava a remover o IMEI do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição, um código único que serve como identificação do dispositivo para rastreá-lo e bloqueá-lo em possível caso de furto ou perda.
A prisão de Gonçalves foi o ponto de partida para a Polícia Civil dar continuidade às buscas em todo o país, desvendando uma rede criminosa investigada por tentativas de acessar dados bancários das vítimas para transações financeiras. Tudo a partir do desbloqueio dos aparelhos furtados.
A polícia ainda identificou que há suspeitos de reintroduzirem os celulares roubados no mercado de forma clandestina, comercializando-os desbloqueados em lojas e quiosques para manter a aparência de legitimidade.
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Fonte: Agência Brasil