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Polícia apreende suspeito do golpe Rei do Pix que promete "multiplicar" dinheiro

Por| Editado por Claudio Yuge | 06 de Julho de 2022 às 14h20

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Joel santana Joelfotos/Pixabay
Joel santana Joelfotos/Pixabay

A Polícia Civil do Distrito Federal realizou nesta terça-feira (05) uma operação contra um jovem de 22 anos, acusado de aplicar o golpe do chamado “Rei do Pix”. Na fraude, criminosos usam o WhatsApp ou as redes sociais para oferecer valores altos em troca de transferências feitas por meio do sistema, multiplicando os valores que são mandados como forma de limpar o dinheiro de contas e cartões furtados.

Os trabalhos da operação Pix Premiado aconteceram em Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal, e envolveram mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. Ele seria membro de um grupo que realiza a fraude por meio das redes sociais há pelo menos quatro anos, com ganhos de cerca de R$ 2 mil por mês.

Ele estaria desempregado desde que completou o ensino médio e parece ter optado pelos golpes online como uma forma de ganhar algum dinheiro; as autoridades não informaram se ele também foi preso durante os trabalhos. O alvo também tem passagens pela polícia por extorsão, receptação, porte de arma, posse de drogas, estelionato e extorsão mediante sequestro.

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Segundo a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal, o chamado golpe do Rei do Pix vem se tornando comum nos últimos anos, sendo divulgado livremente por meio das redes sociais pelos seus operadores. A fraude também atende pelo nome Pix Premiado — que também batiza a operação — ou por alcunhas como “Urubu do Pix”.

A fraude é ventilada como oportunidade de investimento, com ganhos altos. A promessa, por exemplo, é de um retorno de R$ 500 com o envio de apenas R$ 50, com os valores aumentando quanto mais dinheiro o usuário mandar. Um exemplo rápido encontrado no Twitter, por exemplo, traz tabelas em que o envio de R$ 430 pode garantir uma devolução de R$ 3.550.

Como dito, o esquema funciona de forma semelhante à lavagem de dinheiro, com os criminosos recebendo valores legítimos das pessoas, ainda que menores, enquanto pulverizam montantes disponíveis em cartões de crédito e contas bancárias furtadas em outros golpes. Não há garantia de recebimento e os valores ainda podem ser bloqueados após o recebimento pelas instituições bancárias originais, sem recuperação do que foi “investido”.

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A promessa de dinheiro fácil em um momento de crise econômica e produtos caros nas prateleiras, entretanto, soa atrativa. Entretanto, os usuários não devem seguir adiante com propostas desse tipo, a polícia alerta, ainda, que os participantes, de vítimas, podem se tornar cúmplices de crime caso seja provado que elas sabiam que o esquema era criminoso quando entraram nele.

Fonte: Metrópoles