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"Nova" quadrilha de ransomware realiza mais de 12 ataques em duas semanas

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Abril de 2022 às 21h20

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Reprodução/Pixabay (TheDigitalArtist)
Reprodução/Pixabay (TheDigitalArtist)

O mundo do ransomware tem um novo agente em plena atividade, o Black Basta, quadrilha responsável por pelo menos 12 ataques contra empresas de todo o mundo ao longo das últimas duas semanas. O foco dos criminosos está no travamento de sistemas e no roubo de dados, com movimento acelerado em prol de ganhos financeiros e pouco tempo para que as organizações atingidas negociem e paguem resgates.

Enquanto os detalhes sobre as origens do grupo ainda são desconhecidos, indícios apontam para o Black Basta como uma nova “marca” de organizações de ransomware já conhecidas. A hipótese mais provável é de envolvimento com o bando Conti, devido ao uso de interfaces similares em sites de resgate e meios de pagamento, além de textos publicados em fóruns da dark web, onde os responsáveis buscam afiliados e interessados.

Seria, apontam os especialistas do MalwareHunterTeam, uma forma de evadir o escrutínio das autoridades e seguir realizando ataques. Enquanto o Conti permanece no foco das autoridades, como Black Basta, o grupo teria realizado ataques contra a Associação Dental Americana e a fornecedora alemã de turbinas Deutsche Windtechnik; estes seriam apenas os alvos cujos dados foram vazados, indicando uma recusa em atender as demandas financeiras dos bandidos, com resgates que podem chegar a US$ 2 milhões.

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O ransomware usa serviços do Windows para realizar o travamento dos arquivos, bem como deletar rastros que poderiam indicar as origens da contaminação. Enquanto os dados são encriptados com uma extensão .basta, o wallpaper é modificado para exibir um alerta sobre o ataque, acompanhado de uma nota que contém o link do site para negociação de valores e um número de identificação único para a companhia atingida, que deve ser usado em todo o processo.

A partir do ataque, as empresas têm sete dias para realizar o primeiro contato, senão, amostras dos dados vazados começam a ser publicadas periodicamente no site do Black Basta na dark web. Com o passar do tempo, e em caso de negociação sem resultados, todo o volume furtado é disponibilizado; caso contrário, os criminosos prometem não apenas retirar as informações do ar, mas entregar relatórios com a linha do tempo do comprometimento e o vetor de ataque usado.

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Enquanto especialistas em segurança recomendam atenção quanto ao risco de ataques pelo grupo Black Basta, as dicas de proteção permanecem as mesmas dos ataques do Conti. Elas envolvem a atualização de sistemas e o uso de plataformas de proteção de endpoints, assim como um monitoramento da rede em busca de intrusões, a segmentação de servidores para evitar movimentação lateral e campanhas de conscientização contra ataques de phishing para os colaboradores.

Fonte: Bleeping Computer, MalwareHunterTeam (Twitter)