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Microsoft faz alerta sobre quatro famílias de ransomware para Mac

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Janeiro de 2023 às 10h00

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Pixabay/Firmbee
Pixabay/Firmbee
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A Microsoft liberou nesta semana um relatório detalhando o comportamento de quatro famílias de ransomware, que atuam contra o sistema operacional macOS. O estudo lança luz sobre os métodos de infecção e comprometimento de arquivos, assim como as maneiras usadas pelas pragas para estabelecer persistência nos computadores e usar recursos legítimos para realizar as tarefas de travamento de arquivos.

No holofote estão os ransomwares KeRanger, FileCoder, MacRansom e EvilQuest. As pragas são conhecidas e já atuam há alguns anos contra usuários finais e também corporativos, mas o funcionamento delas nem sempre é amplamente divulgado devido à baixa penetração de ataques contra o macOS. Para a Microsoft, entretanto, o relatório também demonstra o alto nível das ferramentas e a superfície de ataque ampla utilizada pelos cibercriminosos.

Há um uso comum de ferramentas do sistema operacional como a busca ou recursos de linha de comando para listagem de diretórios a serem travados pelos criminosos. Interfaces de gerenciamento de arquivos também aparecem como possíveis elementos da cadeia de infecção.

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Todos os ransomwares analisados, com exceção do FileCoder, são capazes de detectar se estão rodando em uma máquina virtual, interrompendo o funcionamento e apagando seus rastros caso detectem sinais assim, de forma a manter as amostras protegidas de análise. O KeRanger, também, usa execução tardia para agir, permanecendo dormente por até três dias antes de iniciar a leitura e travamento dos arquivos, de preferência em um momento de computador em repouso, sem estar sendo usado.

O KeRanger utiliza um método convencional de criptografia em formato AES para garantir o travamento dos arquivos, enquanto a encriptação simétrica, mais avançada, é a escolha dos malwares MacRansom e EvilQuest. O FileCoder, mais uma vez, foge do usual aqui, usando um compactador para zipar todos os dados do sistema operacional com senha, impedindo a recuperação, mas facilitando uma eventual devolução em caso de pagamento.

Agentes de execução e filas de kernel são usadas para garantir permanência mesmo após a reinicialização do sistema operacional em todas as pragas analisadas. Além disso, no caso do EvilQuest, também estão à disposição dos bandidos ferramentas que permitem o roubo de credenciais ou dados, o desligamento de softwares de segurança para maiores ofensivas e o controle remoto a partir de códigos enviados pelos bandidos. Ele também pode rodar a partir da memória, não deixando rastros de sua atuação no disco rígido dos computadores.

Apesar da variação de métodos, os quatro ransomwares sempre chegam aos sistemas a partir do download de softwares comprometidos. Além disso, algumas campanhas de infecção também aconteceram através de droppers, com o vírus sendo baixado a partir de outro malware, focado na intrusão inicial e com uso posterior de novas ferramentas de ataque.

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Sendo assim, a recomendação aos usuários é o uso de ferramentas de segurança e monitoramento, além do cuidado no recebimento de e-mails ou arquivos anexados. Manter o computador sempre atualizado, assim como seus aplicativos, também ajuda a manter a máquina protegida.

Fonte: Microsoft