Hackers transformam robôs em máquinas violentas em teste de segurança
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |
Especialistas de segurança chineses acenderam um alerta vermelho para a possibilidade de robôs humanoides serem “sequestrados” por cibercriminosos com apenas um comando de voz.
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Em uma demonstração na GEEKCon, uma competição de hacking com testes de segurança que acontece em Xangai, na China, desenvolvedores mostraram como falhas no sistema de máquinas inteligentes podem ser usadas por criminosos para causar danos físicos reais. Tudo em uma questão de minutos.
A performance mostrou que comandos de voz ou conexões sem fio conseguem transformar androides em máquinas violentas, com a possibilidade de um robô comprometido infectar outro androide sem que ele esteja conectado a uma rede.
Diante desse cenário, os especialistas levantaram preocupações em relação à regulamentação e a implementação de robôs em espaços públicos e industriais, sugerindo o aumento no perigo que tais máquinas possam provocar, caso sejam acessadas por mãos criminosas.
Robôs se tornam ameaças
Formando uma espécie de rede perigosa, os robôs podem ser transformados em armas a partir de vulnerabilidades em seus sistemas de controle, que são baseados em inteligência artificial (IA), segundo o grupo de pesquisa DARKNAVY.
Durante um teste de segurança, a equipe mostrou como um robô humanoide, que está disponível para aquisição no mercado, pode ser sequestrado por um simples comando de voz, tornando-se uma ameaça rapidamente.
Para demonstrar esse ponto, os especialistas chineses usaram um modelo Unitree projetado para gerenciar interações e autonomia. A partir de uma vulnerabilidade do sistema, os pesquisadores conseguiram contornar as medidas de segurança, obtendo controle total da máquina usando a conexão com a internet.
Mas o problema não acabou por aí: o teste demonstrou como o robô comprometido podia usar uma conexão sem fio de curto alcance para transmitir o comando corrompido para outra máquina, transformando-a em uma arma também. O processo se repetiu com outros androides, provando como uma única violação de segurança poderia se espalhar rapidamente para outros robôs.
Perigo físico
A grande preocupação dos especialistas durante a realização dos testes foi a implicação perigosa da ação no mundo real. Para mostrar a hipótese na prática, o grupo gerou um comando violento, fazendo com que o robô avançasse em direção a um manequim para atacá-lo.
A ilustração apontou, então, para o potencial nocivo do comprometimento de robôs, que abre espaço para danos físicos contra seres humanos na vida real. Além disso, o experimento mostra como a crença de que manter robôs desconectados seria o suficiente para evitar riscos de segurança não está totalmente correta, já que o avanço da tecnologia pode ser usado de maneira maliciosa por cibercriminosos.
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Fonte: Interesting Engineering